sexta-feira, 30 de abril de 2021

KAMILLY RODRIGUES SALES: HOMEM É VÍTIMA OU SEQUESTRADOR?

   



"Kamilly Rodrigues Sales, 8 anos, desapareceu em 7/11/2011. A criança foi avistada pela última vez em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. Estava acompanhada pelo namorado da avó, Ricardo José das Neves, 44 anos. O homem levava a menina na garupa da moto. Ambos tem o paradeiro ignorado há quase 10 anos".

    

   Kamilly Rodrigues Sales, 8 anos, desapareceu em 7/11/2011. A criança foi avistada pela última vez em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. Estava acompanhada pelo namorado da avó, Ricardo José das Neves, 44 anos. O homem levava a menina na garupa da moto. Ambos tem o paradeiro ignorado há quase 10 anos. Domícia Damiana da Silva expôs a preocupação que sente em relação ao desaparecimento da neta ao site G1 em reportagem publicada em 2012. Ela disse: "Isso é uma horrível, sem saber onde ela está, o que está acontecendo, se está viva ou morta. É muito doloroso".



    A polícia considerou várias linhas de investigação, cogitando até as mortes de Kamilly e Ricardo. O sequestro também estava inserido no leque de opções, sendo que neste segmento o homem deixaria de ser uma das vítimas e se tornaria o algoz, o sequestrador. A probabilidade dele ter levado a menina para fora de Pernambuco, segundo a delegada Gleise Ângelo, que estava à frente do caso, era grande. Ainda mais que a polícia encontrou provas de que Ricardo ganhou na loteria. 





    A possível da morte de Ricardo foi  descartada após o relato de uma testemunha que o  avistou  em um ônibus, na semana seguinte ao desaparecimento de kamilly. A pessoa, que não embarcou no coletivo, ignorava a situação envolvendo o sumiço da criança. Conversou com o suspeito, mas não soube dizer em que ponto o homem desceu. O encontro foi na última parada da Conde da Boa Vista, segundo o texto publicado na página do S.O.S Crianças Desaparecidas em 2017. Confirmado este fato, a vertente que sinaliza para um possível sequestro ganha mais força.





    Baseado no depoimento da testemunha e no princípio de que as investigações só evoluem quando são apresentadas novas pistas, o desaparecimento de kamilly terá um impulso muito significativo, levando-se em conta os trabalhos de busca e localização, caso Ricardo seja encontrado. O ex-companheiro da avó da menina pode, sim, elucidar o caso, 10 anos depois, mesmo que seja em parte. É uma peça fundamental para o desfecho do caso, capaz de trazer à tona vários esclarecimentos pendentes acerca do paradeiro de kamilly Rodrigues Sales. 




quarta-feira, 28 de abril de 2021

CRIANÇAS DESAPARECIDAS DADAS COMO MORTAS SEM OS CORPOS LOCALIZADOS

     


"O passar do tempo aliado a um processo investigativo que corre baseado em pistas, que as famílias fornecem à polícia, levam à falta de resultado. O fato não é surpreendente, pois uma mãe, abalada pelo sumiço repentino do filho, está longe de ter condições de exercer a função de "investigadora"." 



    O fato de algumas crianças desaparecerem sem deixar rastros expõe erro no processo investigativo ou trata-se de um suposto sequestro considerado um crime "perfeito"? Vale destacar que as investigações já começam em desvantagem. As primeiras 72 horas são essenciais no que diz respeito a pistas, mas as apurações são iniciadas posteriormente. Esta demora  prejudica significativamente o processo, somando-se ao descaso dos órgãos competentes, conforme as declarações de vários familiares de crianças desaparecidas relatadas ao @ccdesap. Um ponto que atrasa ainda mais os trabalhos de apuração é o "mito das 24 horas", um desrespeito de autoridades  à Lei da Busca Imediata.





  O passar do tempo aliado a um processo investigativo que corre baseado em pistas, que as famílias fornecem à polícia, levam à falta de resultado. O fato não é surpreendente, pois uma mãe, abalada pelo sumiço repentino do filho, está longe de ter condições de exercer a função de "investigadora". As informações das famílias acabam se esgotando. Se a polícia não consegue seguir adiante,  através de dados obtidos por meio de relatos de pessoas próximas ao desaparecido, infelizmente, a investigação ficará parada e a tendência é que em seguida o caso seja fechado. Pior do que o fechamento do inquérito é a conclusão de uma  investigação que aponta para a suposta morte da criança desaparecida, mesmo sem a localização do corpo. O @ccdesap levantou 2 casos, no Rio e Janeiro e em Goiás, que retratam esta situação.




  Vitória Nunes Barcellos dos Santos desapareceu  em 9/1/2015, no Rio de Janeiro, bairro de Benfica, aos 3 anos.  O caso foi abordado pelo @ccdesap nas postagens "O Desaparecimento de Vitória" (2015),  "CasoVitória Nunes Barcellos dos Santos" (2020) e "Vitória Nunes Barcellos dos Santos: Investigações Encerradas" (2021). A criança  foi dada como morta pela polícia. As investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) concluíram que a menina caiu em um rio e se afogou. O fato é que nada comprova este desfecho. A delegada Hellen Souto  comunicou o encerramento do caso, apontando a suposta morte de Vitória. Ela afirmou que dificilmente erra em uma investigação, segundo declaração de Flávia Cristina Nunes Barcellos, mãe da criança.  Flávia também expôs ao @ccdesap como se sentiu: " Isso me deixou destruída. Como uma profissional afirma uma coisa sem ter provas? Foi desumano o que ela fez. Até hoje buscamos por nós mesmos resposta". 




 Em Aparecida de Goiânia, Goiás, Murilo Soares,  desaparecido em 22/4/2005, aos 12 anos, também foi dado como morto. A mãe, Maria das Graças Soares,  recebeu a certidão de óbito do menino em 2019, mesmo sem a comprovação da morte. "Eu nunca desisti do meu filho", disse ela à reportagem do site G1. Murilo estava em um carro, acompanhando um amigo da família, Paulo Sérgio Pereira Rodrigues, 21 anos. O adulto tinha passagem por homicídio. Segundo testemunhas, o veículo dirigido por Paulo Sérgio  foi parado por  policiais da ROTAM. O motorista e o menor foram levados pelos PMs em uma viatura. A partir daí, não foram mais vistos. O automóvel de Paulo Sérgio foi encontrado queimado no dia seguinte. Não havia corpos. Os 8 policiais envolvidos foram presos, mas depois soltos por falta de provas. O inquérito foi arquivado. O Ministério Público de Goiás (MPGO) se pronunciou sobre o caso em nota. Considerou a reabertura das investigações, desde que sejam apresentados novos elementos.




segunda-feira, 26 de abril de 2021

CRIANÇA DESAPARECIDA: DOUGLAS RAFAEL DA SILVA LIMA BRAZ

     



"Douglas Rafael da Silva Lima Braz, 10 anos, desapareceu em 7/9/2018. Foi avistado pela última vez em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense". 


    Douglas Rafael da Silva Lima Braz, 10 anos, desapareceu em 7/9/2018. Foi avistado pela última vez em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense. A região é o epicentro de casos de desaparecimento no estado do Rio de Janeiro, contabilizando 60% das ocorrências registradas oficialmente.




        A mãe de Douglas, Andreia da Silva, relatou ao  @ccdesap, que o menino tinha o costume de frequentar uma lan house perto de casa. No dia do desaparecimento, ele manteve o hábito. Foi ao local, porém não retornou ao lar. Seguiu para o centro de Belford Roxo. Andreia só tomou conhecimento da situação à noite, pois imaginava que o filho estivesse próximo de casa, brincando com os colegas. Impossibilitada de procurar o garoto, devido a uma operação policial, residia em Bom Pastor, ela saiu em busca de Douglas no dia seguinte. 



    Andreia contou ao @ccdesap que a última pessoa a avistar seu filho foi um colega. O garoto disse que esteve com ele por volta das 17 horas do dia anterior. Douglas afirmou que iria ao shopping. Na delegacia, cogitaram puxar as imagens do circuito interno de segurança do local, mas nada foi feito. A mãe falou sobre a  situação:  " Todas as vezes em que eu chego à delegacia, eles não me respondem nada. Eles não falam nada. Disseram para mim que iriam "puxar" as câmeras. Não me deram resposta".  




   Ela também citou  os testemunhos de  avistamentos do filho desaparecido na Central do Brasil, em Belford Roxo e até em Santos. Andreia disse: "Fiquei ouvindo boatos que o Douglas estava em Belford Roxo, que viram o Douglas em Santos. Eu fui parar em Santos. Não achei meu filho. Então desde quando meu filho desapareceu, a minha rotina é essa. Só não estou indo, agora, procurar ele no Rio, por causa dessa pandemia. Eu tenho problema de bronquite e asma e a condição também. Eu queria pedir a quem puder, divulgue a foto do meu filho. Quanto mais divulgação é muito melhor pra mim. Eu só tenho a agradecer".




    

sexta-feira, 23 de abril de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: IMAGENS SÃO A ÚLTIMA PISTA

     







 "A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha, atualmente, com uma linha de investigação. Considera que o tráfico tem envolvimento direto no desaparecimento das crianças e cogita a morte dos meninos". 


    No dia 27/4/2021, o desaparecimento dos 3 meninos de Belford Roxo - Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique Ribeiro Soares - completará 4 meses. Conforme já foi exposto, os meninos foram jogar futebol em um campo próximo ao condomínio onde moram e não retornaram. O indício mais concreto da localização dos desaparecidos são as imagens de câmeras de segurança, localizadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro ( MPRJ), através de uma análise em laboratório. 




    A Defensoria Pública do Rio de Janeiro alega que a falta de informações acerca do processo investigativo, os familiares não sabem em que estágio estão os trabalhos de busca e localização, acontece, porque a polícia está demorando a transmitir ao órgão os dados referentes às apurações. Nem a criação de uma força tarefa composta por membros da DHBF, agentes da Subsecretaria de Inteligência e integrantes da DDPA trouxe resultados.



       A Defensoria Pública enviou ofício à Polícia Civil, endereçado à DHBF, pedindo esclarecimentos acerca das investigações, segundo matéria do UOL veiculada em 20/4/2021. Também foi requisitada uma reunião com a força tarefa que está à frente do caso.  Esta atitude tem a ver com a transparência nas investigações, vinculada à ciência em relação ao que está sendo realizado e ao que virá a ser feito, dentro do processo investigativo, de maneira que as partes interessadas, principalmente as famílias, tenham conhecimento do estágio no qual estão os trabalhos de apuração efetuados pelas autoridades competentes.




   A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha, atualmente, com uma linha de investigação. Considera que o tráfico tem envolvimento direto no desaparecimento das crianças e cogita a morte dos meninos. A possibilidade já havia sido levantada antes, conforme foi publicado na postagem do @ccdesap " MENINOS DE BELFORD ROXO: INVESTIGAÇÕES APONTAM PARA O TRÁFICO". Sobre a situação, a defensora pública Gislane kepe declarou ao site UOL: "Não há nada de concreto até o momento, mas o importante é que as diligências não pararam. Tenho grande expectativa que a polícia vai resolver o caso".

   



quarta-feira, 21 de abril de 2021

GISELA ANDRADE DE JESUS : COMO ESTÁ O CASO EM 2021?

 


"Até hoje não sei quem levou a minha filha. Notícias quase não tenho. Procurar ligar ou ir à delegacia é um descaso total, não só comigo como também com as outras famílias. É horrível conviver com este descaso e você não saber o que aconteceu com nossos filhos".


    O @ccdesap já fez uma postagem sobre o desaparecimento de Gisela Andrade de Jesus em novembro de 2015, "CRIANÇA DESAPARECIDA: GISELA ANDRADE DE JESUS".   A menina desapareceu, aos 8 anos, em 25/2/2010, quando seguia para casa no Parque da Maré. Ela retornava da Escola Municipal Bahia. O sumiço aconteceu no Rio de Janeiro, em um posto de gasolina na Avenida Brasil. Que desfecho teve esta ocorrência? 




  A mãe de Gisela, Lenivanda Souza Andrade, aceitou falar com o @ccdesap e contar a história do desaparecimento da filha , desde o dia em que a criança sumiu, passando pelo martírio da incerteza constante acerca da integridade física da criança, até o descaso das investigações. Que o relato de Lenivanda seja mais uma referência do quanto sofrem as mães que tem um filho arrebatado de suas vidas. Trata-se do drama do desaparecimento infantil.


 Lenivanda  fez questão de ressaltar  algumas características que podem ajudar na identificação de Gisela, hoje com 19 anos. Citou os cabelos castanhos cacheados, a pele branca e um sinal avermelhado na testa. Terminada a descrição, ela falou abertamente sobre o desaparecimento e o andamento das investigações: "Até hoje não sei quem levou a minha filha. Notícias quase não tenho. Procurar ligar ou ir à delegacia é um descaso total, não só comigo como também com as outras famílias. É horrível conviver com este descaso e você não saber o que aconteceu com nossos filhos".



    Ela também falou sobre o que disseram  as crianças que acompanhavam Gisela, últimas pessoas a avistarem a menina, e comentou sobre uma busca policial da época que não teve êxito: " Suas amiguinhas de colégio contaram que ela disse que queria ir sozinha para casa e foi a última vez que a viram. Procurando pistas, a polícia percorreu o percurso de 1km que Gisela faria e o entorno. Foram solicitadas às empresas da região imagens gravadas pelas câmeras de segurança, para saber de alguma pista sobre o desaparecimento".  





segunda-feira, 19 de abril de 2021

AS SUBNOTIFICAÇÕES NO UNIVERSO DOS DESAPARECIDOS

  





"Trazendo o contexto das subnotificações para uma abordagem mais específica, focando o desaparecimento de crianças, a estimativa oficial é  que 40 mil menores desaparecem por ano no Brasil,  os dados se tornam mais alarmantes e as preocupações se intensificam com a existência de um maior número de casos. O quadro é muito mais difícil do que parece".

    Entre  2018 e 2019, o Brasil registrou oficialmente 157.182 mil desaparecimentos.  Os dados foram publicados no 14º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Porém estes números são estimativas.  Indícios apontam que a quantidade de  desaparecimentos no país é maior. Muitas pessoas não fazem o Registro de Ocorrência (R.O.) quando um familiar some. Portanto os dados oficiais, referências para ações de combate ao desaparecimento de pessoas, não condizem com  a realidade. 



    Estas informações oficiais expõem a realidade em parte e refletem diretamente nas  medidas preventivas colocadas em prática. Elas são planejadas para atender um número menor de cidadãos, pois o problema é exposto em parte. Considerando que dentro do contexto conhecido deste universo já existem  dificuldades significativas para corresponder às expectativas de localização de alguém desaparecido, em um cenário ampliado, mais próximo da situação verdadeira, a limitação ficará ainda maior.



*Estatísticas das principais causas de desaparecimento expostas no site do MPRJ, atualizado em 6/4/2021.


 Segundo Ivanise Esperidião da Silva - Mães da Sé - declarou à reportagem do UOLestima-se que 200 mil pessoas desaparecem anualmente no Brasil. A informação é baseada em  uma pesquisa da Universidade de Brasília, solicitada pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos, realizada no final da década de 90. O trabalho, que integra a Rede Virtual de Bibliotecas, tem quase 30 anos. É certo que estes números aumentaram, acompanhando o crescimento da população. Haja vista que entre 2007 e 2016, somente entre os casos contabilizados, foram registrados , em média, 69 mil desaparecimentos por ano. Acrescente a esta marca as ocorrências ignoradas. 




     Trazendo o contexto das subnotificações para uma abordagem mais específica, focando o desaparecimento de crianças, a estimativa oficial é  que 40 mil menores desaparecem por ano no Brasil,  os dados se tornam mais alarmantes e as preocupações se intensificam com a existência de um maior número de casos. O quadro é muito mais difícil do que parece. Basta dizer que os recursos até então adotados, têm sido insuficientes para atender à demanda de casos registrados. Daí a necessidade de modernizar os instrumentos de combate ao desaparecimento de pessoas já existentes ou criar novos artifícios que venham, ao menos, influenciar positivamente no processo investigativo destas ocorrências das quais as autoridades estão cientes.
        




sexta-feira, 16 de abril de 2021

LUCAS FERNANDES SILVA: INVESTIGAÇÕES ENCERRADAS

    




 "Lúcia chegou a ouvir de um inspetor de plantão que seu filho já estava morto, embora mais fatos, além dos já citados, indicassem a possibilidade de Lucas estar vivo". 



     Lucas Fernandes  Silva desapareceu, aos 16 anos, no dia 27/ 6 /2015. Após um dia normal, trabalhou na oficina com o pai, fez compras no shopping, seguiu para a casa da namorada. Era aniversário da sogra. No decorrer da festa, ele saiu para comprar balas. Tudo leva a crer que o jovem seguiu para um bar próximo. Como estava fechado, tomou outro rumo. A partir daí, não foi mais visto. Há 6 anos, o paradeiro de Lucas é ignorado. As manifestações de familiares e amigos pela volta do adolescente não tiveram o resultado esperado. O desaparecimento aconteceu em São João de Meriti, Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.





    Lúcia Helena Fernandes disse ao @ccdesap que passou o dia 27/6/2015 com dor de cabeça e enjoada. Acredita que o mal-estar foi um "pressentimento de mãe". Ela deixou o filho seguir na frente para a casa da namorada. Iria encontrá-lo depois. Quando chegou ao local, veio notícia: Lucas havia saído e ainda não tinha retornado. A espera durou a noite inteira. Às 5 da manhã o pai foi à rua em busca do filho. Sem êxito, a família recorreu à delegacia. O sábado que seria de festa tornou-se uma data que gera comoção em toda a família até hoje. Os pais e  os 3 irmãos sofrem com a ausência imposta de um ente querido. Sobre a situação, Lúcia diz: "Fica um ponto de interrogação. Muito dolorido isso".




     O caso fica ainda mais intrincado com o relato do  avistamento de Lucas  na Central do Brasil. Moradores de rua asseguram que ele esteve no local. Também chegou ao conhecimento da família o suposto embarque do menor em um ônibus no dia em que desapareceu.  Lúcia, mãe de Lucas, declarou ao @ccdesap que levou todos estes dados à polícia. Foi passado a ela que as investigações evoluíam na medida em que a família fornecesse pistas. Porém nada era apurado. Em uma determinada oportunidade, nem sabiam onde o inquérito estava guardado.  





   Lúcia chegou a ouvir de um inspetor de plantão que seu filho já estava morto, embora mais fatos, além dos já citados, indicassem a possibilidade de Lucas estar vivo. Um paciente com o mesmo nome do adolescente foi internado no hospital Moacir do Carmo. Fato semelhante aconteceu no Instituto Padre Severino, 1 mês após o desaparecimento. Um interno foi registrado com o nome de Lucas Fernandes  Silva. Ainda existe a imagem de um jovem, muito parecido com ele, no Shopping Grande Rio. A liberação deste vídeo dependia de um ofício da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que estava à frente do caso. Porém o documento nunca foi emitido, mesmo com o pedido da mãe de Lucas.  




    

quarta-feira, 14 de abril de 2021

CASO VITÓRIA NUNES BARCELLOS DOS SANTOS: INVESTIGAÇÕES ENCERRADAS

 


"A falta de pistas novas que indicassem uma suposta localização de Vitória impediram o avanço das investigações. Diante deste entrave, resultante da ausência de dados ligados à ocorrência, a DDPA deu o caso como resolvido". 




    Vitória Nunes Barcellos dos Santos, 3 anos, desapareceu em frente a uma igreja evangélica, próxima à UPP Mandela, no bairro de Benfica, Rio de Janeiro. A mãe, Flávia Cristina Nunes Barcellos, deixou Vitória na porta do templo, saiu para dar água à filha mais nova, e ao retornar não encontrou a menina. O desaparecimento aconteceu em 9/1/2015. Desde então a criança não foi mais avistada. 





     A situação ficou ainda mais preocupante, porque a Vitória estava em meio a um tratamento para constatar se ela era portadora autismo. Inclusive fazia uso de remédio controlado. Isto gera mais incerteza, dentro de um cenário imprevisível, ainda mais com a falta de respostas com o decorrer do tempo, inclusive por parte da polícia, no que diz respeito ao processo investigativo.



Em 2019, foi produzida pelo Núcleo de Envelhecimento da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) uma progressão digital de Vitória. Ela é retratada aos 8 anos. O recurso visa  diminuir a dificuldade de um futuro reconhecimento. As modificações físicas são bastante significativas para uma criança de 3 anos, considerando uma passagem de tempo de 6 anos. Portanto é mais um obstáculo para a identificação da criança, dentro do processo de busca e localização.




    A falta de pistas novas, que indicassem uma suposta localização de Vitória, impediram o avanço das investigações. Deste modo, a DDPA deu o caso como resolvido. Flávia, mãe da menina, declarou ao @ccdesap o que achou da atitude: "Teve uma vez em que fui à delegacia e a delegada Hellen afirmou que minha filha estava morta. Mesmo sem ter o corpo, sem procurar, deu o caso por encerrado. Ela disse que dificilmente, em anos de trabalho, errou. Isso me deixou destruída. Como uma profissional afirma uma coisa sem ter provas? Foi desumano que ela fez. Até hoje buscamos por nós mesmos resposta".





segunda-feira, 12 de abril de 2021

CASO LUCIANE TORRES DA SILVA: INVESTIGAÇÕES ENCERRADAS

     



"Luciene Pimenta Torres - Coordenadora do Instituto Mães Virtuosas do Brasil e mãe de Luciane - expôs ao @ccdesap falhas no inquérito que apurou o desaparecimento de sua filha".





    Luciane Torres da Silva desapareceu em 30/8/2009 em Nova Iguaçu, km 32, aos 9 anos de idade. Ela foi à padaria e não retornou para casa. O caso  já foi abordado aqui no @ccdesap nas publicações Caso Luciane Torres da Silva (2015) e Luciane Torres da Silva: Desaparecida há mais de 10 anos  e citado em outras, relacionadas ao desaparecimento infantil no Rio de Janeiro, inclusive na área da Baixada Fluminense. As investigações sobre o desaparecimento de Luciane, atualmente com 21 anos, estão paradas. Somente o surgimento de uma nova pista pode reabrir o caso, recomeçando o processo investigativo, através de decisão do Ministério Publico de Nova Iguaçu.




    Luciene Pimenta Torres - Coordenadora do Instituto Mães Virtuosas do Brasil e mãe de Luciane - expôs ao @ccdesap falhas no inquérito que apurou o desaparecimento de sua filha. As 4 testemunhas que avistaram a menina junto com o sequestrador, descrito como um homem branco de olhos azuis, não foram ouvidas pela polícia. Uma delas afirmou que viu  Luciane acompanhada pelo criminoso na Serra do Mendanha. A criança bem arrumada contrastava com o adulto mal vestido. Ela chorava e dizia que o estranho não era seu pai, conforme o suspeito afirmava às pessoas ao redor, enquanto levava a garota para destino ignorado.





    O homem foi localizado e preso. Posteriormente foi solto. A polícia alegou que a vida dele precisava ser preservada. A reação imediata de Luciene, diante da prioridade que as autoridades deram ao suspeito, foi perguntar ao delegado que estava à frente do caso, Dr. Henrique Viana, quem estava preservando a vida de sua filha desaparecida. Outro fato polêmico em relação ao suspeito foi relativa ao inquérito. A foto do homem claro foi trocada, sem explicação alguma, pelo retrato de um negro, que nada tinha a ver com o caso.



  Chegou ao conhecimento de Luciene a versão de que Luciane teria sido repassada pelo sequestrador. Esta possibilidade é um indício de que a criança está viva. Um fato que reforça a tese é que nada foi encontrado nas buscas com cães farejadores que o Corpo de Bombeiros fez na Serra do Mendanha. A pergunta que fica no ar depois de 12 anos de desaparecimento é: para quem o sequestrador levou Luciane? 

   



sexta-feira, 9 de abril de 2021

JOÃO VICTOR DA ROSA COSTA ABREU DESAPARECE EM MARICÁ / RJ

 



"O Rio de Janeiro contabilizou mais um desaparecimento infantil em 1/4/2021. O menor João Victor da Costa Abreu, 17 anos, está desaparecido". 



 O Rio de Janeiro contabilizou mais um desaparecimento infantil em 1/4/2021. O menor João Victor da Costa Abreu, 17 anos, está desaparecido. Foi avistado pela última vez em Maricá, município do Rio de Janeiro, Região dos Lagos. A situação fica ainda mais preocupante, pois o garoto faz uso de medicação controlada. 

  


    Outros casos de desaparecimento, além da ocorrência envolvendo João Victor, tiveram como cenário a região dos Lagos. O @ccdesap abordou os casos na postagem " Jovens Desaparecidos na Região dos Lagos".  O caso mais antigo, entre os citados, ocorreu em 2017. Neste ano de 2021, já foram registrados mais 3 casos,  incluindo o sumiço de João Victor da Rosa Costa Abreu.



    Qualquer informação a respeito de João Victor da Rosa Costa Abreu e também dos outros menores desaparecidos na região - Wesley Souza Gonçalves, Luiz Guilherme da Silva Casagrande e Luiz Carlos C. Herbstb -  devem ser repassadas imediatamente ao programa SOS Crianças Desaparecidas, ligado à Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), órgão ligado ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. 



    No  âmbito estadual, o  Rio de Janeiro possuía, em 30/3/2021, 585 casos de crianças desaparecidas em aberto, contando as ocorrências de 1996 até março de 2021. A informação foi passada pelo gerente do SOS Crianças Desaparecidas, Luiz Henrique. Cerca de 4.000 pessoas desaparecem por ano no estado. A média chegou a alcançar 6.000 desaparecidos. Jovita Belfort - Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas  -  passou estes dados na live da FIA pela Semana de Mobilização Nacional para a  Busca e Defesa da Criança Desaparecida.  O Alerta Pri será mais uma medida posta em prática para reduzir ainda mais estes índices.