sexta-feira, 30 de julho de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: POLÍCIA FAZ BUSCA PELOS CORPOS

    


"Uma testemunha apresentou-se ao 39ºBPM, na manhã de quarta-feira, dia 28, denunciando o irmão por envolvimento no sumiço dos meninos. Segundo o relato, as crianças foram espancadas e mortas".


     Uma testemunha apresentou-se ao 39ºBPM, na manhã de quarta-feira, dia 28, denunciando o irmão por envolvimento no sumiço dos meninos. Segundo o relato, as crianças foram espancadas e mortas. Os corpos foram deixados em um local conhecido como Ponte de Ferro 38, bairro Amapá, divisa entre Belford Roxo e Caxias. O irmão da testemunha teria levado os cadáveres de carro.



    O motivo da morte dos meninos, segundo a testemunha, foi o roubo de uma gaiola de passarinho. Ela relata que a ordem para o assassinato foi dada por José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha, que tem prisão decretada por tráfico. Esta passagem corrobora a versão com a qual a polícia trabalhava, considerando o envolvimento do tráfico no desaparecimento dos menores.




    A localização dos corpos de Lucas Matheus, 8 anos, Alexandre da Silva, 10 anos, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11 anos, colocará fim  em uma busca de 7 meses. Eles desapareceram em 27/12/2021, quando saíram para jogar futebol em uma quadra próxima ao condomínio em que moravam, no bairro Castelar, em Belford Roxo. 



    A polícia, que ainda não se pronunciou oficialmente, está direcionando o caso para a conclusão, depois de muitas cobranças e críticas sobre o andamento das investigações. Vale destacar que o processo investigativo foi muito tumultuado, contando com várias incursões em comunidades, troca de tiros e pistas falsas. Paralelamente a isto, protestos em frente à DHBF e  até o espancamento de um suspeito, que não tinha envolvimento com o caso, aconteceram. Mesmo diante destas turbulências, um cenário desfavorável,  a polícia trouxe respostas aos familiares das vítimas e à sociedade. É lamentável que as apurações dos fatos apontem para um final triste.






quarta-feira, 28 de julho de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: 7 MESES DESAPARECIDOS

   



"Desaparecidos desde o dia 27/12/2020, os meninos foram avistados pela última vez na rua Malópia. Câmeras de segurança registraram a passagem dos menores. O local é próximo à feira da Areia Branca. A polícia ainda não tem respostas sobre o paradeiro das crianças". 


     Desaparecidos desde o dia 27/12/2020, os meninos foram avistados pela última vez na rua Malópia. Câmeras de segurança registraram a passagem dos menores. O local é próximo à feira da Areia Branca. A polícia ainda não tem respostas sobre o paradeiro das crianças. Várias prisões já foram efetuadas, mas não levaram à localização de Lucas Matheus, 8 anos, Alexandre da Silva, 10 anos, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11 anos.



   No dia 20/7 a polícia prendeu o traficante, Erick Faria de Paula, o Rabicó, suspeito de envolvimento no sumiço dos 3 garotos, mas não obteve respostas sobre o que realmente aconteceu. Antes, no final de maio, outras prisões foram realizadas, mas também não trouxeram novas informações à polícia. O paradeiro das crianças permanece ignorado há 7 meses.





     No início de julho, a Polícia Militar, representantes do Ministério Público, integrantes da Defensoria Pública,  membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o delegado Ariel Alcântara, fizeram uma reunião com os familiares das crianças desaparecidas, que cobravam das autoridades uma resposta. Sílvia Regina da Silva, avó dos meninos Lucas e Alexandre, declarou ao G1: " A polícia sempre fala que tá investigando, que a investigação não parou. Mas a gente não tem mais nada de concreto. Só sabe disso, que continua a investigação. Só isso que a gente sabe. Mais nada a gente sabe".



 No último dia 26, a Delegacia de Homicídios(DHBF), que está à frente do caso, realizou buscas na comunidade Castelar. O objetivo era obter alguma informação sobre uma provável localização dos meninos desaparecidos. Cães farejadores do Corpo de  Bombeiros ajudaram na operação. Drogas, armas, munições, material de contabilidade do tráfico foram apreendidos e um carro roubado recuperado. Porém nenhum vestígio dos 3 meninos foi encontrado.  





segunda-feira, 26 de julho de 2021

CRIANÇA DESAPARECIDA EM ALAGOAS: MARIA CLARA GOMES DA SILVA

    


"Maria Clara Gomes da Silva, 5 anos, desapareceu na tarde do dia 19/7/2021. A menina, moradora do bairro  Vergel do Lago, em Maceió, saiu de casa e não foi mais avistada. O único vestígio da criança foi um par de chinelos encontrado nos arredores da residência da criança".


     Maria Clara Gomes da Silva, 5 anos, desapareceu na tarde do dia 19/7/2021. A menina, moradora do bairro Vergel do Lago, em Maceió, saiu de casa e não foi mais avistada. O único vestígio da criança foi um par de chinelos encontrado nos arredores da residência da criança.



    A polícia está trabalhando na análise de imagens de algumas câmeras de segurança da orla Lagunar. Existe a possibilidade de que uma menina que está de carona na bicicleta de um homem seja Maria Clara. A informação não foi confirmada.



    O delegado Nivaldo Aleixo está à frente das investigações. A polícia considera duas linhas a serem seguidas no processo investigativo, mas mantem a apuração dos fatos sob sigilo. O objetivo é preservar os trabalhos, de maneira que as buscas por Maria Clara não sejam prejudicadas. Até um helicóptero já foi utilizado para tentar localizar a crianças, mas os esforços foram em vão.  


    O secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar, compareceu ao local do desaparecimento de Maria Clara. Ele colocou toda a estrutura da polícia à disposição e prestou solidariedade aos familiares, que estão desesperados. As autoridades policiais pedem que qualquer informação sobre o paradeiro de Maria Clara seja repassada aos números (82)3315-4973. Outra opção para contato é o número 181. As pessoas que ligarem não serão identificadas, tendo a identidade mantida sob sigilo.  





sexta-feira, 23 de julho de 2021

BAIXADA FLUMINENSE: JOVEM LOCALIZADO E CASOS EM ABERTO

 





"A notícia da localização de  Wanderson Junio de Paiva Xavier, 16 anos, com certeza trouxe alívio aos familiares do menor. Felizmente o desaparecimento do jovem foi elucidado com êxito e rapidez, tomando um rumo diferente de outros casos de desaparecimento infantil ocorridos na Baixada Fluminense..."


    A notícia da localização de  Wanderson Junio de Paiva Xavier, 16 anos, com certeza trouxe alívio aos familiares do menor. Felizmente o desaparecimento do jovem foi elucidado com êxito e rapidez, tomando um rumo diferente de outros casos de desaparecimento infantil ocorridos na Baixada Fluminense, que permanecem em aberto há anos. Algumas ocorrências aconteceram há mais de uma década.








    Atualmente o foco está voltado para os meninos de Belford Roxo. Lucas Mateus da Silva, Alexandre da Silva e Fernando Henrique Ribeiro Soares, respectivamente 8, 10 e 11 anos, estão desaparecidos há mais de 6 meses. A ocorrência mais recente na região envolve a menina Rebeca Fernandes Monteiro, 12 anos, desaparecida em fevereiro deste ano, avistada pela última vez em Nova Iguaçu. Casos mais antigos também fazem parte desta lista e já tiveram as investigações encerradas. Douglas Rafael da Silva Lima Braz, 10 anos, desapareceu em 2018, em Belford Roxo. Lucas Fernandes Silva, 16 anos, desapareceu em 2015, em São João de Meriti e Luciane Torres da Silva, 9 anos, desaparecida no ano de 2009, em Nova Iguaçu.



   A Baixada Fluminense  possui o maior número de desaparecidos no Rio de Janeiro. Obviamente a resolução de um caso na região é de grande importância, porém não apaga a falta de respostas nos processos investigativos ligados   a ocorrências anteriores, envolvendo crianças, que permanecem em aberto. Pelo contrário, aumenta ainda mais as cobranças pela solução de desaparecimentos infantis que sem a devida apuração, tiveram as investigações encerradas pela polícia. A situação gera vários questionamentos acerca dos trabalhos realizados pelas autoridades competentes.  





    O final feliz do caso de Wanderson ganha ainda mais relevância, quando o horizonte de desaparecidos é ampliado, considerando  o elevado número de pessoas desaparecidas no estado do Rio de Janeiro, atualmente, 27 mil pessoas, segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sendo 29% deste grupo composto por crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos. A constatação  fica ainda mais evidente, tomando por referência o número de desaparecidos por ano no Brasil. Em 2019 foram cerca de 79 mil registros de desaparecimento. Os números indicam que 40 mil casos não tiveram solução. As crianças e adolescentes compõem 40% deste universo. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020. Daí a conclusão de que os êxitos, neste cenário, são uma batalha vencida dentro de uma guerra que está longe de terminar. Basta dizer que ainda existem muitos casos de desaparecimento, inclusive de crianças, subnotificados.

    



quarta-feira, 21 de julho de 2021

WANDERSON JUNIO PEREIRA DE PAIVA XAVIER: MENOR DESAPARECIDO NA BAIXADA FLUMINENSE



 

"Wanderson Junio Pereira de Paiva Xavier, 16 anos, desapareceu em Duque de Caxias. Foi avistado pela última vez no dia 7/7/2021. A partir daí não há informações sobre o paradeiro do jovem".



Wanderson Junio Pereira de Paiva Xavier, 16 anos, desapareceu em Duque de Caxias. Foi avistado pela última vez no dia 7/7/2021. A partir daí não há informações sobre o paradeiro do jovem. O desaparecimento foi divulgado nas redes sociais da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). A instituição destaca na postagem a importância do compartilhamento do cartaz que exibe a foto e os dados do adolescente desaparecido. 



    A região concentra o maior número de desaparecidos no estado do Rio de Janeiro. Soma 60% dos casos, incluindo crianças. Já foram abordados aqui no @ccdesap vários desaparecimentos infantis na área.  O sumiço de Wanderson é o mais recente em uma lista que contem vários menores com o paradeiro ignorado. Luciane Torres da Silva,  Lucas Fernandes Silva, Douglas Rafael da Silva Lima Braz, os 3 meninos de Belford Roxo e Rebeca Fernandes Monteiro são alguns exemplos. 




    O @ccdesap não teve acesso às informações acerca do andamento das investigações do desaparecimento de Wanderson. A preocupação fica por conta das apurações do caso tomarem o mesmo rumo dos processos investigativos ligados a ocorrências anteriores. Muitas das ocorrências citadas já foram dadas como encerradas e as investigações cessaram. Somente uma nova prova, fruto de investigações particulares da família de uma criança desaparecida, pode viabilizar a reabertura de um determinado caso.






    Qualquer informação sobre o paradeiro de Wanderson Junio Pereira de Paiva Xavier e das outras crianças citadas nesta postagem devem ser repassadas, imediatamente, ao SOS Crianças Desaparecidas pelo número (21)2286-8337. Também está disponível o contato via Whatsapp pelo número (21)98596-5296. O trabalho das autoridades para a solução de um caso é essencial, tanto quanto o engajamento da população, que aumenta significativamente as chances de uma criança desaparecida ser localizada com vida.  




segunda-feira, 19 de julho de 2021

PROJETO DESPERTA IGREJA! DESAPARECIMENTO TAMBÉM É PROBLEMA SEU

  



"O Instituto Mães Virtuosas do Brasil desenvolveu o projeto Desperta, Igreja! Desaparecimento também é Problema Seu. Trata-se de uma inciativa voltada para as igrejas. As mães participam dos cultos e levam ao conhecimento do público o drama dos desaparecidos".


O Instituto Mães Virtuosas do Brasil desenvolveu o projeto Desperta, Igreja! Desaparecimento também é Problema Seu. Trata-se de uma inciativa voltada para as igrejas. As mães participam dos cultos e levam ao conhecimento do público o drama dos desaparecidos. Contam as suas histórias, expõem que o problema tem uma dimensão muito maior do que os dados oficiais mostram e abordam as medidas preventivas que devem ser tomadas para evitar futuras ocorrências, principalmente casos envolvendo crianças. 




    A presidente do Instituto Mães Virtuosas do Brasil, Luciene Pimenta Torres, contou ao @ccdesap que o trabalho dentro das igrejas ganhou força com os convites recebidos para a exposição do tema desaparecidos aos cristãos.   Ela afirmou ao @ccdesap: " A gente vai nas igrejas, leva cartazes da FIA para distribuir, conta a nossa caminhada".



    Luciene também destacou a importância de prevenir o desaparecimento de crianças nas próprias igrejas. Inclusive o alerta é dado durante suas explanações. Vale destacar que a menina Vitória Nunes dos Santos Barcellos, 3 anos, desaparecida em 2015, sumiu na porta de uma igreja. A criança permanece com o paradeiro ignorado. A polícia já encerrou ocaso  e a menina foi dada como morta.



    O projeto Desperta, Igreja! Desaparecimento Também É Problema Seu, além de ser um instrumento de divulgação da causa dos desaparecidos, traz informações às mães, assim como acontecia nas ações de rua, canceladas, devido à pandemia. Sobre os novos dados que chegam, resultado da interação com o público, Luciene disse: " A gente sempre conhece alguém que tem alguém desaparecido na família. Sempre tem alguém. É incrível isso, incrível. Pessoas que não fizeram B.O. . É muito complicado. A gente encontra pessoas que estão com desaparecimento e no anonimato. Aí não conta nas estatísticas. Muito triste". 






sexta-feira, 16 de julho de 2021

MENINA DE 13 ANOS LOCALIZADA NO RJ

 





 "Gabrielle Hébia , 13 anos, desapareceu hoje de madrugada em Maricá.  A informação foi transmitida ao @ccdesap pelo Instituto Mães Virtuosas do Brasil e foi ratificada em publicação nas redes sociais da Fundação Para  Infância e Adolescência, (FIA), divulgando o desaparecimento da menor. Por volta das 16 horas, a notícia da localização da garota chegou ao conhecimento deste blog".




 Gabrielle Hébia , 13 anos, desapareceu hoje de madrugada em Maricá.  A informação foi transmitida ao @ccdesap pelo Instituto Mães Virtuosas do Brasil e foi ratificada em publicação nas redes sociais da Fundação Para  Infância e Adolescência,(FIA), divulgando o desaparecimento da menor. Por volta das 16 horas, a notícia da localização da garota chegou ao  conhecimento deste blog.




Não há maiores detalhes sobre  circunstâncias do desaparecimento de Gabrielle e nem esclarecimentos sobre a localização. Em situações como esta, o ideal é preservar a criança envolvida e a família. Trata-se do direito à privacidade.



    A relação da menina com os familiares não foi comentada, mas a criança, em determinados casos, deixa o lar , devido à desavenças. O representante da FIA, Luiz Henrique, declarou ao jornal O Dia: "Observamos que a questão é muito mais social do que de segurança pública. Não há um rapto. A estatística, ao longo dos 25 anos de programa,  mostra que na maioria dos casos foi identificado conflitos familiares, resultando em fuga".





    É importante ressaltar que a Região dos Lagos já teve mais 4 desaparecimentos de  adolescentes abordados aqui no @ccdesap. O primeiro ocorreu em 2017. Os outros 3 sumiços aconteceram em 2021. Até então, nenhum deles foi solucionado. A ocorrência de Gabrielle Hébia é a única envolvendo uma menina, entre os casos citados. Trata-se do quinto desaparecimento na área, sendo o terceiro desaparecimento em Maricá. Felizmente  ela foi localizada com vida. Um final feliz que o @ccdesap deseja a todas as famílias que têm uma criança desaparecida. 

    



quarta-feira, 14 de julho de 2021

EVENTO PELAS CRIANÇAS DESAPARECIDAS EM NOVA IGUAÇU / RJ

 


"O Instituto Mães Virtuosas do Brasil  anunciou um evento pela causa das crianças desaparecidas em Nova Iguaçu, município do Rio de Janeiro.  A ação social será no Jardim Paraíso, Km 32, no dia 18/7/2021, das 9:30 às 14 horas". 



    O Instituto Mães Virtuosas do Brasil  anunciou um evento pela causa das crianças desaparecidas em Nova Iguaçu, município do Rio de Janeiro.  A ação social será no Jardim Paraíso, Km 32, no dia 18/7/2021, das 9:30 às 14 horas. 




     O objetivo é expor à sociedade o que é a causa das crianças desaparecidas, de maneira que as  mães dos menores com paradeiros, até então, ignorados, contem suas histórias, desde a ausência dos filhos, passando pelas incertezas nos trabalhos de busca e localização, incluindo os problemas psicológicos,  além das consequências negativas no contexto familiar. 



    Este evento é uma grande oportunidade, pois as atividades de rua realizadas pelo Mães Virtuosas foram prejudicadas pela pandemia. Os encontros mensais feitos em frente à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro (CMRJ) foram suspensos, impedindo o contato direto com o público. Daí relevância do evento em Nova Iguaçu, que viabilizará, pelo menos em parte, o retorno desta interação com as pessoas, bastante significativa para a causa. 



    Luciene Pimenta Torres, presidente do Instituto Mães Virtuosas do Brasil, declarou ao @ccdesap que pretende incluir material impresso nas ações de rua. No contato mais recente, ela disse que está providenciando este conteúdo para o evento do próximo 18 de julho. Assuntos como a CPI das Crianças Desaparecidas,  o Alerta Pri e a proposta que visa tornar  o desaparecimento infantil um  crime são pontos relevantes que  as mães devem levar ao público, buscando apoio para a causa que defendem.



   

segunda-feira, 12 de julho de 2021

DESAPARECIMENTO DE CRIANÇAS TEM QUE SER CRIME!




 "Hoje eu digo a vocês. Primeiro passo, que é muito importante. Transformar o desaparecimento em crime, porque ele é um crime blindado, invisível. Ele é um crime. Eu posso afirmar a vocês". Ela também acrescentou: "Na delegacia, eles já sabem que não é um crime. É um fenômeno. Então eles, com todo o respeito, não tão nem aí".



    A terceira reunião da CPI das Crianças Desaparecidas, realizada no dia 1/7/2021,  na ALERJ, teve a participação marcante das mães que buscam uma resposta  sobre o desaparecimento de seus filhos. Entre os depoimentos colhidos pela comissão, destacou-se a explanação de Helena Elza de Figueiredo. Ela expôs como reagiu à situação de ter uma filha, de apenas 9 anos, arrebatada do meio familiar, sendo abusada e assassinada no ano de 2006. Falou sobre as consequências da ausência e comentou o descaso das autoridades, desde o registro do boletim de ocorrência, passando pelo processo investigativo, até a liberação do corpo da criança para o sepultamento. 



     O descaso das autoridades foi um ponto comum presente nos relatos de todas as mães. A Lei da Busca Imediata - 11259/05 -  não é cumprida, fato que retarda ainda mais o início das investigações, acarretando em uma perda de tempo relevante. Segundo o depoimento de Helena, esta desobediência à lei, por parte das autoridades, é uma rotina nas delegacias de todo o Brasil, porque o desaparecimento não é considerado crime. Trata-se de um fenômeno. Deste modo, a polícia não se vê obrigada a investigar o caso imediatamente. 




     Raptos são abordados como desaparecimentos. A prova disto é o caso de Luciane Torres da Silva. A menina tem o paradeiro ignorado desde agosto de 2009, quando tinha 9 anos de idade. Foi levada à força por um homem no momento em que seguia para uma padaria próxima de casa, no município de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Testemunhas avistaram na Serrinha, em Campo Grande,  o sequestrador, homem branco de olhos azuis, acompanhando a criança. Ele dizia ser pai garota, que estava chorando muito. Luciane, mesmo diante dos relatos que confirmam o rapto, é considerada desaparecida.  




    Trazendo  a situação para o cenário proposto por Helena, acerca de um novo ponto de vista a respeito dos casos de  desaparecimento, a atitude adotada pela polícia em relação à ocorrência de Luciane seria outra, a partir do momento em que o contexto incluísse um crime, não um fenômeno. O caso não seria relegado a segundo plano, como ocorreu na época, quando o delegado  priorizou o roubo de um carro,  conforme relatou Luciene Pimenta Torres, mãe da menor.  Por isto é necessário transformar o desaparecimento de crianças em crime. Uma declaração de Helena durante o depoimento na CPI deixa bem clara a urgência: "Hoje eu digo a vocês. Primeiro passo, que é muito importante. Transformar o desaparecimento em crime, porque ele é um crime blindado, invisível. Ele é um crime. Eu posso afirmar a vocês". Ela também acrescentou: "Na delegacia, eles já sabem que não é um crime. É um fenômeno. Então eles, com todo o respeito, não tão nem aí".






sexta-feira, 9 de julho de 2021

YANKA MIKAELLY: ADOLESCENTE DE 16 ANOS DESAPARECIDA NA PB

 



"Yanka Mikaelly, 16 anos, desapareceu em João Pessoa, na Paraíba, dia 5 de julho. Ela deixou a casa, no bairro de Paratibe, sem levar pertences. Carregou apenas o celular". 



     Yanka Mikaelly, 16 anos, desapareceu em João Pessoa, na Paraíba, dia 5 de julho. Ela deixou a casa, no bairro de Paratibe, sem levar pertences. Carregou apenas o celular. Conforme foi registrado pela câmera de segurança de um vizinho, a menina saiu `as 9:12, seguindo para local ignorado. Não há sinais de Yanka, a não ser a última visualização de uma rede social e um telefonema no qual ela disse aos familiares que não voltaria ao lar, conforme mostra uma reportagem do G1.





    Tudo indica que Yanka saiu de casa, devido a conflitos familiares. Trata-se de uma das principais causas de desaparecimento infantil no Brasil. Os pais proibiram adolescente  de utilizar o celular, segundo relato da família. Portanto o sumiço é uma  represália da menina. Infelizmente o ato impensado, fruto da impulsividade da jovem, pode colocar a vida dela em risco, a partir do momento em que a exposição na rua, diante das circunstâncias descritas, pode resultar em situações que, no mínimo, ameacem a sua integridade física.



    A família, desesperada, espera por respostas. Caso alguém tenha visto Yanka em algum lugar ou tenha informação a respeito do paradeiro da menor, avise o mais rápido possível pelo 181 ou 190. Os números (83)98727-0811 - contato Karolynne Bezerra, tia de Yanka - (83) 98617-8433 e (83)98835-4320 também estão abertos para quem trouxer aos familiares dados que levem à localização da menina.  



     O @ccdesap não teve acesso aos procedimentos da polícia em relação ao caso. O andamento das investigações, o surgimento de pistas que indiquem um possível paradeiro de Yanka ou ações, por meio de buscas, que levem à localização da menor desaparecida não foram trazidos a público.  O Boletim de Ocorrência foi registrado com o número 05411.2021.0.00.704. O caso também foi divulgado nas redes sociais. Perfis voltados para o tema "desaparecidos", como  o Instituto Mães Virtuosas do Brasil e o grupo União de Vítimas, abordaram o desaparecimento Yanka em suas respectivas páginas.