sexta-feira, 23 de julho de 2021

BAIXADA FLUMINENSE: JOVEM LOCALIZADO E CASOS EM ABERTO

 





"A notícia da localização de  Wanderson Junio de Paiva Xavier, 16 anos, com certeza trouxe alívio aos familiares do menor. Felizmente o desaparecimento do jovem foi elucidado com êxito e rapidez, tomando um rumo diferente de outros casos de desaparecimento infantil ocorridos na Baixada Fluminense..."


    A notícia da localização de  Wanderson Junio de Paiva Xavier, 16 anos, com certeza trouxe alívio aos familiares do menor. Felizmente o desaparecimento do jovem foi elucidado com êxito e rapidez, tomando um rumo diferente de outros casos de desaparecimento infantil ocorridos na Baixada Fluminense, que permanecem em aberto há anos. Algumas ocorrências aconteceram há mais de uma década.








    Atualmente o foco está voltado para os meninos de Belford Roxo. Lucas Mateus da Silva, Alexandre da Silva e Fernando Henrique Ribeiro Soares, respectivamente 8, 10 e 11 anos, estão desaparecidos há mais de 6 meses. A ocorrência mais recente na região envolve a menina Rebeca Fernandes Monteiro, 12 anos, desaparecida em fevereiro deste ano, avistada pela última vez em Nova Iguaçu. Casos mais antigos também fazem parte desta lista e já tiveram as investigações encerradas. Douglas Rafael da Silva Lima Braz, 10 anos, desapareceu em 2018, em Belford Roxo. Lucas Fernandes Silva, 16 anos, desapareceu em 2015, em São João de Meriti e Luciane Torres da Silva, 9 anos, desaparecida no ano de 2009, em Nova Iguaçu.



   A Baixada Fluminense  possui o maior número de desaparecidos no Rio de Janeiro. Obviamente a resolução de um caso na região é de grande importância, porém não apaga a falta de respostas nos processos investigativos ligados   a ocorrências anteriores, envolvendo crianças, que permanecem em aberto. Pelo contrário, aumenta ainda mais as cobranças pela solução de desaparecimentos infantis que sem a devida apuração, tiveram as investigações encerradas pela polícia. A situação gera vários questionamentos acerca dos trabalhos realizados pelas autoridades competentes.  





    O final feliz do caso de Wanderson ganha ainda mais relevância, quando o horizonte de desaparecidos é ampliado, considerando  o elevado número de pessoas desaparecidas no estado do Rio de Janeiro, atualmente, 27 mil pessoas, segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sendo 29% deste grupo composto por crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos. A constatação  fica ainda mais evidente, tomando por referência o número de desaparecidos por ano no Brasil. Em 2019 foram cerca de 79 mil registros de desaparecimento. Os números indicam que 40 mil casos não tiveram solução. As crianças e adolescentes compõem 40% deste universo. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020. Daí a conclusão de que os êxitos, neste cenário, são uma batalha vencida dentro de uma guerra que está longe de terminar. Basta dizer que ainda existem muitos casos de desaparecimento, inclusive de crianças, subnotificados.

    



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