sábado, 31 de outubro de 2015

CASO LUCIANE TORRES DA SILVA

      
     
   

  Infelizmente, as únicas informações que Luciene recebeu em relação ao desaparecimento da filha, desde 2009, não tiveram como fonte a  polícia e nem trouxeram novidades sobre o paradeiro de Luciane. As pistas eram falsas, provenientes de trotes telefônicos.






    Luciane Torres da Silva tinha 9 anos, quando desapareceu em 30 de agosto de 2009, no município de Nova Iguaçu, KM 32, Rio de Janeiro. A menina saiu de casa para ir à padaria e não retornou. A família acredita na possibilidade de sequestro, pois testemunhas avistaram a menor acompanhada por um homem desconhecido. Ambos andavam em uma bicicleta. Ninguém sabe para onde foram. As investigações policiais chegaram a um suspeito, mas este foi liberado, posteriormente, devido à falta de provas que ligassem o suposto sequestrador ao caso.







     Em 1 de setembro de 2009, dias após o desaparecimento de Luciane, ocorreu um protesto, exigindo providências em relação ao sumiço da menina. Aproximadamente, 150 pessoas pararam a BR 465, antiga Rio -São Paulo. A pista chegou a ficar interditada por 30 minutos, nos 2 sentidos. Até um carro de som foi utilizado para apelar por um maior empenho da polícia no processo investigativo que apurava o que aconteceu à criança.






    Luciene Torres, mãe de Luciane, sofre com a falta de respostas sobre o paradeiro da filha. Até então, não há uma novidade sequer a respeito do caso. Em declaração ao site do jornal O Dia , Luciene expôs a sua insatisfação com a atuação da polícia e não poupou críticas aos trabalhos investigativos que buscavam esclarecer o desaparecimento de Luciane. Ela disse: "não investigaram mais nada. Quando o caso tem mais de 15 dias fica no esquecimento".






    Infelizmente, as únicas informações que Luciene recebeu em relação ao desaparecimento da filha, desde 2009, não tiveram como fonte a  polícia e nem trouxeram novidades sobre o paradeiro de Luciane. As pistas eram falsas, provenientes de trotes telefônicos.  Este tipo de atitude só acentuou a angústia de Luciene. O sofrimento chegou a tal ponto, que ela deixou Nova Iguaçu e se mudou para Campo Grande. Sentia-se mal, quando avistava a padaria em que a filha desapareceu.

          

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

CASO VITÓRIA CLAUDIANO NOGUEIRA

      








Vitória Claudiano tem  a altura próxima de 1,60 m, pele parda, cabelos castanhos, encaracolados, e olhos pretos. Também estão  publicados o telefone do Disque- Denúncia  - (21) 2253 - 1177 -  e o  whatsap - 996  -264 - 393 - , caso algum internauta tenha informações a respeito da jovem. 






    Vitória Claudiano Nogueira desapareceu  em  5 de junho de 2009, aos  11 anos. Ela foi entregar um cartão a uma amiga nas proximidades da Escola Municipal Tarsila do Amaral e não voltou para casa. A menina foi vista pela última vez no subúrbio carioca de Irajá, na rua Aníbal Porto, na direção do cemitério. Vale destacar que a criança não estava sozinha. Um homem de cabelos grisalhos, aparentando, aproximadamente, 60 anos, andava com a menor. Até hoje, 6 anos após o desaparecimento de Vitória, o paradeiro da menina permanece ignorado e a identidade do homem que a acompanhava é ignorada. Este caso de desaparecimento, infelizmente, permanece sem solução.







       O Disque - Denúncia do Rio de Janeiro expõe a foto de Vitória  em seu site - www.desaparecidosdd.org.br -  e destaca características físicas da garota desaparecida, atualmente com 18 anos, que podem ajudar a identificá-la.  Vitória Claudiano tem  a altura próxima de 1,60 m, pele parda, cabelos castanhos, encaracolados, e olhos pretos. Também estão  publicados o telefone do Disque- Denúncia  - (21) 2253 - 1177 -  e o  whatsap - 996  -264 - 393 - , caso algum internauta tenha informações a respeito da jovem. 






    As investigações sobre o caso de Vitória não evoluíram.  Desde o início dos trabalhos policiais as dificuldades para esclarecer o que ocorreu com  a menina no trajeto até a casa de uma amiga foram grandes. Basta citar que as câmeras de segurança de um estabelecimento da vizinhança, que, na época do desaparecimento, podiam ajudar na identificação do suspeito, tiveram as imagens editadas e não passaram por perícia. Uma lacuna como esta, sem dúvida, compromete o processo investigativo. 




   Recentemente, em um encontro das Mães do Brasil, em 28 de outubro,  na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, a mãe de Vitória, Rogéria da Cruz, comentou a respeito da angústia que passa com a falta de informações a respeito do paradeiro da filha. O quadro evidencia descaso e desrespeito com uma cidadã que convive, diariamente, desde junho de 2009, com o drama do desaparecimento infantil. Ela declarou ao site G1: "Eu não tive informações, não me informam nem em qual delegacia está o registro. Nenhum rastro, nada, nem uma ligação."

      


          

             

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O UBER E O ALERTA AMBER

         





      O UBER , empresa de transporte de passageiros, que trabalha, em todo o mundo, por meio de um aplicativo, deixou de lado, temporariamente, o choque com os taxistas e aderiu à causa das crianças desaparecidas, nos Estados Unidos, passando a integrar o grupo de participantes do  Alerta AMBER. 



     









      O UBER , empresa de transporte de passageiros, que trabalha, em todo o mundo, por meio de um aplicativo, deixou de lado, temporariamente, o choque com os taxistas e aderiu à causa das crianças desaparecidas, nos Estados Unidos, passando a integrar o grupo de participantes do  Alerta AMBER. Deste modo, a companhia emite, desde 15 de outubro deste ano, em 180 cidades, vários alertas para seus parceiros - motoristas que estiverem rodando nas proximidades de locais em que aconteceram sequestros de crianças,  poucos instantes depois da ocorrência. É uma forma de aproveitar a quantidade de carros do UBER espalhados pelas cidades, contando com a participação dos condutores como mais uma alternativa de agilizar as buscas a uma criança desaparecida, tornando maior  a possibilidade de localizar o paradeiro da vítima.







       A atitude, digna de aplausos, é uma parceria entre o UBER e o National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC), referência nos Estados Unidos, no que diz respeito ao desaparecimento infantil e aos abusos sexuais contra crianças. O reconhecimento  em relação aos trabalhos da entidade, que iniciou suas atividades em 1984,  inaugurada pelo então presidente Ronald Reagan, é tão grande, que o Congresso americano autorizou a instituição a executar 22 programas e serviços, voltados para o  auxílio de  policiais, famílias e profissionais  presentes no campo de atuação do NCMEC. Estas credenciais, sem dúvida, são um indício de que o êxito neste novo projeto envolvendo o UBER será mais um triunfo, consequência de uma série de ações planejadas,  que visam solucionar, o mais rápido possível, os casos de desaparecimento infantil ocorridos  em território americano.








  Um fator muito importante, que vale ser destacado, é que o   UBER está passando por um processo de crescimento em todo o mundo. Nos Estados Unidos esta tendência se confirma. No país mais desenvolvido do mundo o serviço de transportes de passageiros, atualmente, cobre mais de 70% da população.O dado é  relevante, a partir do momento em que os motoristas da companhia não irão restringir as informações do Alerta AMBER. Muito pelo contrário. Eles ajudarão a tornar público o sequestro ou rapto infantil focado no momento. Deste modo, o número de pessoas que  tomarão ciência do assunto será ainda maior, somando, significativamente, nas ações deste sistema, que abrangem o meio público e privado, tendo com base a participação efetiva das autoridades e dos veículos de comunicação - emissoras de rádio e TV e  internet - ,  além da utilização do espaço público.








  Seria muito importante que o UBER adotasse o mesmo procedimento no Brasil. Porém, um entrave que já inviabiliza uma ação semelhante a esta, levando-se em conta o alcance nacional, é o fato de o Alerta AMBER não existir por aqui, mesmo diante dos inúmeros apelos feitos pela população, inclusive os familiares de crianças desaparecidas. Nem o número alarmante de  40.000 crianças desaparecidas por ano, impulsiona a implantação deste sistema em território brasileiro. É certo que se isto ocorresse, o trabalho da polícia, principalmente das delegacias especializadas, que despontam em várias regiões do país,  seria bastante facilitado, a partir do momento em que as informações sobre o arrebatamento de uma criança fossem transmitidas em um curto espaço de tempo para uma quantidade considerável de pessoas.

     
             




sexta-feira, 23 de outubro de 2015

EMILI MIRANDA ANACLETO NÃO É A BABY DOE

 






Vale destacar que antes de chegar à identificação definitiva da criança morta, a polícia cogitou que mais 2 meninas, além de Emili, pudessem ser Baby Doe, um rosto visto por milhões de pessoas em todo o mundo, gerando grande comoção.




     O caso Emili Miranda Anacleto ainda não foi solucionado, mas teve mais uma página virada. Conforme foi abordado neste blog em postagem de 6 de agosto deste ano, havia uma suspeita de que a menina brasileira de 2 anos, desaparecida em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, fosse uma criança encontrada morta no Porto de Boston, Massachussets, Estados Unidos. Porém a hipótese levantada por internautas e levada em consideração pelas autoridades norte-americanas, felizmente, foi descartada.  Emili  não é a criança conhecida como Baby Doe, como já havia antecipado a polícia brasileira, antes da divulgação dos resultados dos testes de DNA, que nem foram realizados, pois a vítima foi identificada antes.
    





     Baby Doe é a pequena Bella Bond. Ela estava para completar 3 anos. A polícia dos EUA realizou buscas em Boston, visando encontrar mais pistas sobre o caso. Inclusive, há informações de que 2 pessoas, supostamente envolvidas,  estão prestando depoimento sobre a ocorrência. Outra dificuldade encontrada é que a causa da morte da menina não foi detectada, fato que torna ainda mais difícil a investigação, a partir do momento em que elementos obscuros não foram esclarecidos. Vale destacar que antes de chegar à identificação definitiva da criança morta, a polícia cogitou que mais 2 meninas, além de Emili, pudessem ser Baby Doe, um rosto visto por milhões de pessoas em todo o mundo, gerando grande comoção.




    


     A constatação, noticiada em setembro, de que Emili  não é Baby Doe foi ao encontro da  opinião de Josenilda Miranda, mãe da criança desaparecida. Ela afirmava não ver tanta semelhança entre Emili e a vítima americana.  Inclusive, Josenilda fez esta declaração, em julho deste ano, quando um agente americano veio ao Brasil para coletar  4 amostras de DNA, necessárias para fazer uma comparação com os genes do corpo encontrado em Boston. Também compartilhava desta opinião o DPPD de Santa Catarina, que entrou em contato com os americanos para relatar a semelhança entre Emili e Baby Doe, embora, segundo apontou, corretamente, o processo investigativo da polícia brasileira,  não houvesse ligação concreta entre os casos.

   




     Diante da boa notícia, resta à polícia dar andamento às investigações. Vale destacar que as buscas por Emili não pararam, mesmo diante da possibilidade da menina ser Baby Doe. Os trabalhos policiais continuaram, normalmente, através da distribuição de cartazes com a foto da menina em aeroportos e no estado de Santa Catarina. O fato da relação com Baby Doe estar descartada, faz a polícia centralizar as atenções apenas para a linha de investigação anterior, que considera a possibilidade de Emili estar viva sob os cuidados de algum parente, conforme destacou o delegado do DPPD, encarregado do caso, Wanderley Redondo. Enquanto a solução do desaparecimento de Emili  não vem à tona,  resta aos familiares conviverem com as incertezas e as expectativas decorrentes da situação que envolve o desaparecimento de um ente querido, principalmente, quando se trata de uma criança. 


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

CASO ADRIENNE ESTEPHANIE DOS SANTOS

      



    Adrienne Estephanie  dos Santos desapareceu em 24 de abril de 2011. Na época, ela tinha 12 anos de idade.  A menina foi avistada pela última vez, andando de bicicleta, em frente à casa na qual morava com a mãe, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, Pernambuco. Depois disto, não deu mais sinal de vida. Sumiu sem deixar vestígios. Após 4 anos de desaparecimento, não há informações sobre o paradeiro de Adrienne, atualmente, com 15 anos de idade.
     



     Adrienne Estephanie  dos Santos desapareceu em 24 de abril de 2011. Na época, ela tinha 12 anos de idade.  A menina foi avistada pela última vez, andando de bicicleta, em frente à casa na qual morava com a mãe, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, Pernambuco. Depois disto, não deu mais sinal de vida. Sumiu sem deixar vestígios. Após 4 anos de desaparecimento, não há informações sobre o paradeiro de Adrienne, atualmente, com 15 anos de idade.  A mãe da garota, Adriana Oliveira Silva,  "mata" a saudade olhando e cheirando as roupas da filha. Também guarda uma coleção de esmaltes, um caderno de poesias e várias fotos. Procura manter a serenidade, diante de uma situação atípica, na qual imperam as incertezas, através das orações.






         O desaparecimento de Adrienne começou a ser construído pelo desejo da menina em ir à festa de Nossa Senhora dos Prazeres. Era  Páscoa. Ela criou a expectativa de ir à diversão acompanhada pela mãe, mas diante da recusa desta, que estava cansada após uma jornada intensa de trabalho, a garota decidiu, provavelmente, seguir para os festejos sozinha. Pegou a bicicleta e partiu para um passeio, até então, sem volta, não disse às outras crianças para onde estava indo. Adriana achou que a filha estava brincando na porta de casa, conforme a própria menina disse a ela, mas a menor estava muito mais distante.






      A questão é que Adrienne jamais chegou à festa. A mãe dela, Adriana, assim que constatou o desaparecimento da menina,  foi  procurá-la na comemoração, mas não a encontrou. Perguntou a várias pessoas se tinham visto a menina no local e  recorreu a conhecidos. Ninguém viu Adrienne no evento. Tudo leva  crer que ela foi abordada por alguém no caminho para a festa ou que seguiu para outro destino, quando saiu com a bicicleta de casa. As investigações policiais  não foram capazes de esclarecer, até então, o que, de fato, ocorreu com a garota. As probabilidades,  infelizmente, não levaram às  pistas.






     O desaparecimento de  Adrienne Estephanie dos Santos faz parte de uma estatística preocupante no estado de Pernambuco. Um levantamento da Secretaria de Defesa Social, SDS, revela que o número de pessoas desaparecidas aumentou, significativamente, em um intervalo de 5 anos. Levando-se em conta o período de 2009 a 2013, os casos pularam de 1.158 para 2.343. Neste mesmo intervalo de tempo, foram registradas 8.467 ocorrências, sendo que 748 envolviam crianças de  1 a 12 anos. Outras 2397 eram ligadas a adolescentes entre 13 e 17 anos.  A solução para frear o aumento alarmante destas ocorrências partiu do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente , DPCA. O órgão  solicitou à SDS a criação de uma Delegacia Especializada, seguindo a tendência de estados como Rio, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Bahia.

*Próxima atualização, sexta às 9 da manhã.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O CASO KAMILLY RODRIGUES SALES








 No Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos são destacadas características físicas de Kamilly, que podem colaborar na identificação da garota futuramente. De acordo com o site do governo,  a menina desaparecida, hoje com 13 anos, tem o tipo físico forte, a cor da pele branca, pesa 35kg e tem , aproximadamente, 1, 45 cm de altura. Seus olhos são descritos como grandes e  castanhos. Os cabelos são encaracolados.







     Kamilly Rodrigues Sales desapareceu em  7 de junho de 2011, aos anos de idade em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, Pernambuco. A menina estava acompanhada pelo namorado da avó, Ricardo José das Neves de 44 anos. Ambos estavam em uma moto e não foram mais vistos. Tudo leva a crer, segundo as investigações policiais,  que Ricardo sequestrou a menina e partiu para outro estado. Indícios apontam que as 2 pessoas não estão mais em Pernambuco. Os paradeiros de Kamilly e do suposto sequestrador continuam ignorados, 4 anos após o desaparecimento, mesmo com a divulgação da mídia,  os auxílios do Disque-Denúncia e das redes sociais.

    



   A demora em obter uma resposta traz agonia à família. A incerteza não apenas sobre o paradeiro, mas também em relação à vida  da pessoa desaparecida, comum em todos os casos de desaparecimento, principalmente nos casos de desaparecimento infantil, por causa da vulnerabilidade maior das crianças, aparece mais uma vez. Trata-se do segmento natural do padrão de outras ocorrências, sem fugir à regra, no que diz respeito ao sofrimento dos familiares envolvidos no caso. Uma declaração da avó de Kamilly, Domícia Damiana da Silva, dada ao site G1 em 2012 externa a preocupação permanente que toma conta dos familiares mais próximos neste tipo de situação. Ela disse: "Isso é uma cena horrível, sem saber onde ela está, o que está acontecendo, se está viva, morta. é muto doloroso."



    No Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos são destacadas características físicas de Kamilly, que podem colaborar na identificação da garota futuramente. De acordo com o site do governo,  a menina desaparecida, hoje com 13 anos, tem o tipo físico forte, a cor da pele branca, pesa 35kg e tem , aproximadamente, 1, 45 cm de altura. Seus olhos são descritos como grandes e  castanhos. Os cabelos são encaracolados. Um fato que causa estranheza é uma observação na ficha de Kamilly, ressaltando que o caso não possui boletim de ocorrência. A notificação vai de encontro às recomendações que instruem os familiares de vítimas de desaparecimento a comparecerem a uma delegacia próxima para registrar a ocorrência. 






           Em abril de 2014, a mãe de Kamilly, Adriana Rodrigues, em entrevista ao jornal Diário de Pernambuco,  manifestou sua insatisfação em relação à falta de respostas em relação ao desaparecimento da filha.  Kamilly nem teve a oportunidade de conhecer a irmã caçula, Amanda,  que ainda não era nascida na época do desaparecimento. Adriana reconheceu que em determinadas situações bate um desânimo, mas declara que não perdeu a fé. Ela disse: "Eu sei que não posso perder a fé, mas as coisas vão acontecendo e eu não vejo resultado nenhum." Também afirmou que não esquece a filha desaparecida. "Eu não quero esquecer, nem vou esquecer. Mas por mais que você tente, sempre tem aquela lembrança. Queira ou não queira, ela é minha filha e eu sinto falta dela."




*Próxima atualização, quarta às 9 da manhã.



   



           





sábado, 17 de outubro de 2015

AS INVESTIGAÇÕES POLICIAIS E AS FAMÍLIAS DE CRIANÇAS DESAPARECIDAS

      


A participação familiar nas investigações, através de uma colaboração incondicional voltada para auxiliar na elucidação dos casos de desaparecimento, têm papel muito significativo nas atividades de apuração da polícia. Os familiares são fontes cuja a veracidade de suas informações, geralmente,  tem maior credibilidade, a partir do momento em que os depoimentos destes expõem o que há de mais próximo da realidade, dentro do círculo mais íntimo do desaparecido.




     É público e notório que a primeira atitude a ser tomada, quando constatado o desaparecimento de uma criança é registrar o fato em uma delegacia próxima ao lar. Deste modo, por meio da Lei da Busca Imediata -   Lei nº 11259 de 30 de dezembro de 2005, que gerou uma alteração no artigo 208 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - , as buscas pelo menor desaparecido começarão imediatamente. Vale destacar que não há mais a necessidade de aguardar 24 horas, uma margem de tempo muito importante na busca por pistas,  para a polícia dar início aos trabalhos investigativos, conforme ocorria anteriormente.








    O êxito no processo investigativo está ligado, diretamente, à agilidade na procura por indícios que levem  ao paradeiro da criança desaparecida. As primeiras 48 horas são fundamentais. Os vestígios ainda estão recentes. Para auxiliar no dinamismo da atividades policiais, possibilitando o retorno da criança desaparecida o mais breve possível, é essencial que sejam levados em conta elementos muito importantes, dentro deste contexto.Tratam-se das informações fornecidas pelos familiares mais próximos.


    


   A participação familiar nas investigações, através de uma colaboração incondicional voltada para auxiliar na elucidação dos casos de desaparecimento, têm papel muito significativo nas atividades de apuração da polícia. Os familiares são fontes cuja a veracidade de suas informações, geralmente,  tem maior credibilidade, a partir do momento em que os depoimentos destes expõem o que há de mais próximo da realidade, dentro do círculo mais íntimo do desaparecido. Portanto,  as chances de  esclarecer os acontecimentos que antecederam o sumiço e as causas que levaram a esta situação atípica, sem dúvida, aumentam.

     



     Vale ressaltar que alguns casos de desaparecimento infantil não são fruto de rapto ou sequestro da criança ou adolescente.  Em determinadas oportunidades, os desaparecidos saem de casa por conta própria, motivados a tomar esta atitude, devido a fatores como  os  conflitos familiares e maus tratos sofridos dentro de casa.  Esta situação deixa ainda mais evidente a necessidade do contato entre a polícia e os familiares do desaparecido, durante  o andamento das investigações. Dentro deste contexto, a família não só pode ser o fator de esclarecimento da ocorrência em foco, como também pode ser a causa. Este cenário comprova que a falta de estrutura dentro do ambiente familiar também é uma causa para estes sumiços repentinos, expondo que  além de ser um problema policial, os casos de desaparecimento infantil têm uma complexidade ainda maior, pois  também são, indiscutivelmente, uma questão  ligada à responsabilidade social. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A SOLUÇÃO DO DESAPARECIMENTO DE UMA CRIANÇA NÃO É O FINAL DA HISTÓRIA

     


   O aparente final feliz de um caso de desaparecimento infantil é o primeiro dia da nova existência dos envolvidos no caso. Os efeitos da ocorrência acarretam em traumas que devem ser tratados com auxílio médico e psicológico. Há setores específicos para prestar este tipo de atendimento. Delegacias especializadas, como a DDPA do Rio de Janeiro, e entidades como a  Mães da Sé, por exemplo, disponibilizam atendimento psiquiátrico  às mães e aos demais membros das famílias atingidas pelo desaparecimento infantil.




     O êxito nas investigações policiais, resultando no retorno de uma criança desaparecida ao lar não significa que as sequelas deixadas pelo desaparecimento repentino sejam apagadas, esquecidas, permitindo que a família volte ao cotidiano normal, conforme era no período anterior ao sumiço. É certo que a vida não será mais a mesma. A situação atípica, a perda de um filho, mesmo que  temporária,  pode gerar resultados devastadores no seio familiar. Separações, problemas de saúde, provenientes da forte pressão emocional, são elementos prejudiciais, infelizmente, em algumas oportunidades irreversíveis, que trazem à tona uma nova realidade composta por experiências jamais imaginadas pela criança que foi vítima de desaparecimento e seus familiares.

       


     O aparente final feliz de um caso de desaparecimento infantil é o primeiro dia da nova existência dos envolvidos no caso. Os efeitos da ocorrência acarretam em traumas que devem ser tratados com auxílio médico e psicológico. Há setores específicos para prestar este tipo de atendimento. Delegacias especializadas, como a DDPA do Rio de Janeiro, e entidades como a  Mães da Sé, por exemplo, disponibilizam atendimento psiquiátrico  às mães e aos demais membros das famílias atingidas pelo desaparecimento infantil. Vale destacar que no caso da Mães da Sé, o auxílio psicológico se estende ao período posterior ao desaparecimento.  As  crianças que retornaram ao lar, após um período distante, e suas mães são o foco deste trabalho.




   A questão é  possibilitar que o decorrer da vida destas pessoas flua, normalmente, dentro do cenário que o quadro apresenta, tentando, ao menos, amenizar os danos causados pelo período de desaparecimento, sem prejudicar a qualidade de vida dos familiares, principalmente da mãe, e da criança que retornou ao lar. O objetivo é impedir que o fato isolado do desaparecimento atinja maiores proporções, desencadeando em outras consequências nocivas ao núcleo familiar. Além do providencial auxílio psicológico, também será muito bem-vindo, caso sejam disponibilizados, os serviços de advogados e assistentes sociais. Estes profissionais, em suas respectivas áreas de atuação, seriam importantes para a reorganização familiar, através de auxílio jurídico e  acompanhamento familiar, buscando equilibrar, ainda mais, o processo de reestruturação familiar em andamento.

   



     É importante ressaltar que  as reações de cada indivíduo aos auxílios específicos, oferecidos após a solução do caso de desaparecimento, são variadas. Cada pessoa e cada ocorrência têm a sua particularidade. Um acontecimento sempre difere do outro, assim como a forma de cada um dos envolvidos absorverem o impacto de uma perda repentina, mesmo que temporária. Diante desta realidade,  o progresso resultante do trabalho realizado vai depender, essencialmente, da receptividade dos envolvidos, destacando-se as figuras da mãe, a referência familiar,  e do filho, vítima de desaparecimento que retornou ao lar. A reorganização, baseada no acompanhamento familiar, em termos emocionais e no contexto material,  têm o seu êxito ligado ao comprometimento das pessoas que foram atingidas pelo drama do desaparecimento infantil com elas mesmas e com quem as cerca. A resposta positiva à assistência prestada tem como consequência natural a recuperação, mesmo que parcial, da qualidade de vida familiar.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

FAMÍLIA SOFRE COM A AUSÊNCIA DE NATAN

     



        Vários rumores surgiram  a respeito do paradeiro de Natan. Dias após o desaparecimento do menino, testemunhas relataram  ter visto o desaparecido em diferentes regiões da cidade. O  Baixão do Tufí e a Praça do Mirante foram alguns dos locais em que , supostamente,o menino esteve, mas não foi possível comprovar a veracidade dos depoimentos. 


   
    Natan Moreira da Costa  desapareceu , aos 9 anos, em Altamira, no Pará. No dia  24 de setembro de 2015 fez um ano que  garoto sumiu sem deixar vestígios, estando com o paradeiro ignorado até hoje. Infelizmente, não há informações sobre o menino.  A polícia do Pará não consegue fechar o caso. A linha de investigação inexiste, assim como as pistas relacionadas ao caso. O desespero, diante de tamanha falta de elementos sobre a localização de Natan, toma conta da família. A declaração de Luzimar Moreira, mãe do menor, deixa evidente o sofrimento pelo qual passa quem está envolvido neste tipo de situação. Ela diz: "Depois de todo esse tempo, a dor é a mesma. Eu quero encontrar meu filho. Quem souber de alguma coisa, pelo amor de Deus, conta pra gente. Mostre onde  meu filho está."

     




Luzimar  Moreira, mãe de Natan,  pede pelo retorno do filho ao lar, 1 ano após o desaparecimento do menino, que hoje está com 10 anos  de idade.





   É importante relembrar  como ocorreu o desaparecimento do menino Natan Moreira.  Ele estava em sua residência, na avenida Perimetral, 1926,  acompanhado pela irmã mais velha, Nathália Moreira, 18 anos, que saiu  enquanto o garoto dormia. Ao acordar, por volta de 3 da manhã e constatar que estava sozinho,  Natan foi para a rua e pediu o celular de um vizinho. Depois disto, ficou andando pela região. Uma câmera de segurança da vizinhança gravou as imagens, que não trouxeram pistas mais concretas sobre o sumiço do menino.
     

    



     Vários rumores surgiram  a respeito do paradeiro de Natan. Dias após o desaparecimento do menino, testemunhas relataram  ter visto o desaparecido em diferentes regiões da cidade. O  Baixão do Tufí e a Praça do Mirante foram alguns dos locais em que , supostamente,o menino esteve, mas não foi possível comprovar a veracidade dos depoimentos. Informações desencontradas davam conta de que o garoto havia sido encontrado. Entre a população corria o boato de que ele havia morrido. Nem a entrada do Exército na busca pelo menor trouxe novos elementos. Até a hipótese do garoto estar em outros estados foi levada em conta. O telefonema de um caminhoneiro, avisando que avistou uma criança com as  mesmas características de Natan,  no Rio de Janeiro, reforçou esta possibilidade.
  
    





     Desesperado, vendo o tempo passar sem encontrar solução para o caso que envolvia seu filho, Paulo César da Costa , pai de Natan resolveu correr o Brasil em busca da criança. Passou por Governador Valadares, onde pediu auxílio  em uma delegacia, e  Rio de Janeiro, cidade na qual  uma criança semelhante ao menino desaparecido foi vista, acompanhada por um casal, na região da Central do Brasil. Nesta área, Paulo César panfletou, expôs fotos de Natan e deu entrevistas, divulgando o desaparecimento do filho, na esperança de obter alguma informação que o levasse ao menino. Infelizmente, o trabalho foi em vão.  O reencontro com o garoto não aconteceu. Paulo César foi embora do Rio sozinho, sem o filho.


*Próxima atualização, quinta-feira.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

PROJETO CAMINHO DE VOLTA








          O Caminho de Volta visa prestar atendimento às famílias de crianças e adolescentes desaparecidos, abrangendo o contexto geral que envolve um caso de  desaparecimento, no que diz respeito à  localização, à apuração dos variados  fatores que levaram ao sumiço, à assistência psicológica e à formação de bancos de dados e bancos de DNA. O projeto, iniciado em 2004, teve origem em uma parceria composta pela faculdade de Medicina da USP e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. 

           Outro ponto relevante que deve ser citado em relação ao Caminho de Volta é que o projeto objetiva a formação e capacitação de novos profissionais para dar continuidade à metodologia multidisciplinar dos trabalhos  dentro de São Paulo e fora das divisas do estado, permitindo que este tipo de atividade alcance mais áreas do Brasil. Haja vista que o SICRIDE - Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas - do Paraná foi a primeira delegacia especializada , fora de São Paulo, a adotar os métodos desenvolvidos pelo Caminho de Volta. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A FIA E O DESAPARECIMENTO INFANTIL

        




    A Fundação para a Infância e Adolescência, FIA, é um órgão ligado à Secretária de Estado e Assistência Social  dos Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se da referência do poder executivo fluminense para a realização de atividades relacionadas à proteção de crianças e adolescentes, tomando por base o  Sistema de Garantia de Direitos.


    A Fundação para a Infância e Adolescência, FIA, é um órgão ligado à Secretária de Estado e Assistência Social  dos Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se da referência do poder executivo fluminense para a realização de atividades relacionadas à proteção de crianças e adolescentes, tomando por base o  Sistema de Garantia de Direitos. Neste contexto, os focos de variados programas em que atua a instituição são direcionados para vertentes que envolvem crianças e adolescentes, no que diz respeito  ao trabalho na adolescência,  à situações de risco,  à violência e à reinserção familiar. Também são desenvolvidas ações como o História Viva e o SOS Crianças Desaparecidas.
     




    O SOS Crianças Desaparecidas está voltado para a identificação e localização de crianças e adolescentes com paradeiros ignorados. Através da divulgação dos casos de crianças desaparecidas cadastrados,  - segundo a FIA o processo de divulgação é o auxílio mais eficiente para alcançar êxito nas investigações policiais -  busca facilitar o caminho para a elucidação de desaparecimentos, visando trazer o menor desaparecido de volta ao convívio familiar o mais breve possível, dando fim às incertezas que cercam as pessoas atingidas pelo mal do desaparecimento infantil. 
    






    Antes de recorrer ao programa SOS Crianças Desaparecidas é preciso que os familiares do menor de paradeiro ignorado façam o registro de ocorrência em uma delegacia. Em seguida,  com o registro de ocorrência em mãos e devidamente identificados, portando carteira de identidade e comprovante de residência,  os responsáveis devem comparecer ao SOS Crianças Desaparecidas,   na rua Voluntários da Pátria, 120, em Botafogo. Também é preciso levar uma foto recente e  a carteira de identidade ou certidão de nascimento da criança ou adolescente a ser cadastrado.  
    




     Uma equipe técnica formada por psicólogos e assistentes sociais levanta as informações a respeito do desaparecido por meio de um questionário social.  A partir dos dados obtidos, será desenvolvido, perante autorização do notificante, o cartaz com a foto da criança ou adolescente desaparecido. O processo de divulgação também consiste em avisar à imprensa. Emissoras de rádio e TV, jornais e revistas colaboram com o SOS Crianças Desaparecidas. Portanto, o alerta sobre o desaparecimento  passa  atingir o Brasil inteiro, contando também com  a viralização da internet e uma parceria com a Rede Nacional de Identificação e Localização de crianças e Adolescentes Desaparecidos (REDESAP). Este método de trabalho já resultou na localização de 2865 crianças.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O PORTAL KIDS E AS CRIANÇAS DESAPARECIDAS

     




      A linha de atuação do Portal Kids se expandiu. O objetivo inicial, delineado pelos criadores do espaço, desde a fundação, em 16 de março de 1999,  era combater a  pornografia infantil na internet. Porém outras situações surgiram, necessitando do auxílio da entidade. Casos de  maus tratos contra crianças, exploração do trabalho infantil e variados abusos, além dos casos de crianças desaparecidas fizeram o Portal Kids agir além de seus limites iniciais. 





    Várias instituições prestam serviços voluntários, relevantes à causa das crianças desaparecidas. Entre eles, um exemplo que merece destaque é o Portal Kids, presidido pela jornalista Wal Ferrão.  Trata-se de  uma referência no combate ao desaparecimento infantil. Trabalha na divulgação de fotos das crianças desaparecidas, alerta os pais em relação a medidas preventivas para os filhos não serem vítimas de raptos ou sequestros, além de atuar na divulgação de eventos ligados ao desaparecimento infantil. Estas ações, muito importantes, são capazes de levantar ainda mais informações sobre os casos de desaparecimento e , principalmente, levar ao conhecimento dos brasileiros o drama das crianças desaparecidas, somando, no que diz respeito à colaboração, na tentativa de solucionar várias ocorrências.
      





     A linha de atuação do Portal Kids se expandiu. O objetivo inicial, delineado pelos criadores do espaço, desde a fundação, em 16 de março de 1999,  era combater a  pornografia infantil na internet. Porém outras situações surgiram, necessitando do auxílio da entidade. Casos de  maus tratos contra crianças, exploração do trabalho infantil e variados abusos, além dos casos de crianças desaparecidas fizeram o Portal Kids agir além de seus limites iniciais.  Deste modo, a instituição chegou aos dias de hoje priorizando a  elucidação e combate aos casos de desaparecimento de jovens e crianças, as parcerias com a sociedade civil, organizações governamentais e não governamentais e  a proteção às famílias atingidas pela violência, através do apoio  a projetos psicossociais e jurídicos. 
    





    Vale ressaltar que os projetos ligados à geração de trabalho e renda também foram lembrados pelo Portal Kids. O Mulheres Empreendedoras e o  Culinária para Festas são iniciativas que buscam levar, através da capacitação, alunas vítimas de violência ao mercado de trabalho. É importante  deixar claro que os conteúdos dos cursos não ficam restritos à profissionalização. O contexto humano também é levado em conta. Por isto é enfatizado, durante as aulas, que o trabalho em conjunto é essencial para o êxito. Há uma conscientização  das turmas sobre a importância da coletividade, tomando como base a máxima de que a união faz a força.
     






        Em relação às crianças desaparecidas, o projeto Mães do Brasil, apoiado pelo Criança Esperança,  foi o modo que o Portal Kids encontrou para, pelo menos, amenizar o sofrimento de várias famílias que sentem na própria pele as consequências do drama do desaparecimento infantil. Trata-se de um recurso para manter as pessoas atingidas pela perda de uma criança, principalmente as mães, de pé, com capacidade para ajudar na busca pelo filho desaparecido, sem desistir desta luta. Profissionais, advogados e assistentes sociais,  atuam na assistência direta às famílias, tendo como ponto de referência as mães. O Mães do Brasil também divulga fotos de crianças desaparecidas e foca as atenções no combate ao desaparecimento infantil, trazendo a público várias medidas preventivas, por meio de cartilhas, que possam  evitar ocorrências futuras. Até um coral, formado por mães de crianças desaparecidas, o Coral das Mães Cantoras, é utilizado para abordar o assunto através da música. Uma ideia inovadora, auxílio bastante providencial para a causa das crianças desaparecidas.