Adrienne Estephanie dos Santos desapareceu em 24 de abril de 2011. Na época, ela tinha 12 anos de idade. A menina foi avistada pela última vez, andando de bicicleta, em frente à casa na qual morava com a mãe, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, Pernambuco. Depois disto, não deu mais sinal de vida. Sumiu sem deixar vestígios. Após 4 anos de desaparecimento, não há informações sobre o paradeiro de Adrienne, atualmente, com 15 anos de idade.
O desaparecimento de Adrienne começou a ser construído pelo desejo da menina em ir à festa de Nossa Senhora dos Prazeres. Era Páscoa. Ela criou a expectativa de ir à diversão acompanhada pela mãe, mas diante da recusa desta, que estava cansada após uma jornada intensa de trabalho, a garota decidiu, provavelmente, seguir para os festejos sozinha. Pegou a bicicleta e partiu para um passeio, até então, sem volta, não disse às outras crianças para onde estava indo. Adriana achou que a filha estava brincando na porta de casa, conforme a própria menina disse a ela, mas a menor estava muito mais distante.
A questão é que Adrienne jamais chegou à festa. A mãe dela, Adriana, assim que constatou o desaparecimento da menina, foi procurá-la na comemoração, mas não a encontrou. Perguntou a várias pessoas se tinham visto a menina no local e recorreu a conhecidos. Ninguém viu Adrienne no evento. Tudo leva crer que ela foi abordada por alguém no caminho para a festa ou que seguiu para outro destino, quando saiu com a bicicleta de casa. As investigações policiais não foram capazes de esclarecer, até então, o que, de fato, ocorreu com a garota. As probabilidades, infelizmente, não levaram às pistas.
O desaparecimento de Adrienne Estephanie dos Santos faz parte de uma estatística preocupante no estado de Pernambuco. Um levantamento da Secretaria de Defesa Social, SDS, revela que o número de pessoas desaparecidas aumentou, significativamente, em um intervalo de 5 anos. Levando-se em conta o período de 2009 a 2013, os casos pularam de 1.158 para 2.343. Neste mesmo intervalo de tempo, foram registradas 8.467 ocorrências, sendo que 748 envolviam crianças de 1 a 12 anos. Outras 2397 eram ligadas a adolescentes entre 13 e 17 anos. A solução para frear o aumento alarmante destas ocorrências partiu do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente , DPCA. O órgão solicitou à SDS a criação de uma Delegacia Especializada, seguindo a tendência de estados como Rio, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Bahia.
*Próxima atualização, sexta às 9 da manhã.
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