O aparente final feliz de um caso de desaparecimento infantil é o primeiro dia da nova existência dos envolvidos no caso. Os efeitos da ocorrência acarretam em traumas que devem ser tratados com auxílio médico e psicológico. Há setores específicos para prestar este tipo de atendimento. Delegacias especializadas, como a DDPA do Rio de Janeiro, e entidades como a Mães da Sé, por exemplo, disponibilizam atendimento psiquiátrico às mães e aos demais membros das famílias atingidas pelo desaparecimento infantil.
O aparente final feliz de um caso de desaparecimento infantil é o primeiro dia da nova existência dos envolvidos no caso. Os efeitos da ocorrência acarretam em traumas que devem ser tratados com auxílio médico e psicológico. Há setores específicos para prestar este tipo de atendimento. Delegacias especializadas, como a DDPA do Rio de Janeiro, e entidades como a Mães da Sé, por exemplo, disponibilizam atendimento psiquiátrico às mães e aos demais membros das famílias atingidas pelo desaparecimento infantil. Vale destacar que no caso da Mães da Sé, o auxílio psicológico se estende ao período posterior ao desaparecimento. As crianças que retornaram ao lar, após um período distante, e suas mães são o foco deste trabalho.
A questão é possibilitar que o decorrer da vida destas pessoas flua, normalmente, dentro do cenário que o quadro apresenta, tentando, ao menos, amenizar os danos causados pelo período de desaparecimento, sem prejudicar a qualidade de vida dos familiares, principalmente da mãe, e da criança que retornou ao lar. O objetivo é impedir que o fato isolado do desaparecimento atinja maiores proporções, desencadeando em outras consequências nocivas ao núcleo familiar. Além do providencial auxílio psicológico, também será muito bem-vindo, caso sejam disponibilizados, os serviços de advogados e assistentes sociais. Estes profissionais, em suas respectivas áreas de atuação, seriam importantes para a reorganização familiar, através de auxílio jurídico e acompanhamento familiar, buscando equilibrar, ainda mais, o processo de reestruturação familiar em andamento.
É importante ressaltar que as reações de cada indivíduo aos auxílios específicos, oferecidos após a solução do caso de desaparecimento, são variadas. Cada pessoa e cada ocorrência têm a sua particularidade. Um acontecimento sempre difere do outro, assim como a forma de cada um dos envolvidos absorverem o impacto de uma perda repentina, mesmo que temporária. Diante desta realidade, o progresso resultante do trabalho realizado vai depender, essencialmente, da receptividade dos envolvidos, destacando-se as figuras da mãe, a referência familiar, e do filho, vítima de desaparecimento que retornou ao lar. A reorganização, baseada no acompanhamento familiar, em termos emocionais e no contexto material, têm o seu êxito ligado ao comprometimento das pessoas que foram atingidas pelo drama do desaparecimento infantil com elas mesmas e com quem as cerca. A resposta positiva à assistência prestada tem como consequência natural a recuperação, mesmo que parcial, da qualidade de vida familiar.
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