quarta-feira, 31 de março de 2021

LIVE DA SEMANA DE MOBILIZAÇÃO NACIONAL PARA A BUSCA E DEFESA DA CRIANÇA DESAPARECIDA



"A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro  realizou uma live no dia 30 de março em razão da Semana da Mobilização Nacional para a Busca e Defesa da Criança Desaparecida - 25 a 31 de março  -."




    A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro  realizou uma live no dia 30 de março em razão da Semana da Mobilização Nacional para a Busca e Defesa da Criança Desaparecida - 25 a 31 de março -, instituída pela lei federal 12393/2011. O encontro  marcou a primeira ação do recém-criado Comitê de Pessoas Desaparecidas. Entre os participantes da reunião, mediada por Márcio Carvalho - coordenador da Superintendência de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas -  , estavam Jovita Belfort - superintendente de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas - , Luciene Pimenta Torres - representante do Mães Virtuosas - Luiz Henrique  - gerente do SOS Crianças Desaparecidas - e o  Doutor Rodrigo Azambuja - Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro -. 




    No decorrer do encontro, Luciene Torres expôs a complexidade de uma investigação, envolvendo o desaparecimento de uma criança. Ela viveu esta experiência em 2009, quando sua filha, Luciane, desapareceu em Nova Iguaçu, aos 9 anos de idade. Justamente este episódio e a vivência de outros casos de desaparecimento de crianças que chegaram ao conhecimento do Mães Virtuosas, levou-a à conclusão de  que a Polícia Civil e a Polícia Militar não têm cultura para buscar desaparecidos. Daí a proposta de incluir as Guardas Municipais nos trabalhos de busca e localização das crianças desaparecidas. A Guarda Municipal do Rio de Janeiro, por exemplo, possui um centro  operacional de grande utilidade, que, conforme expõe o site da instituição, ajuda em casos de crianças perdidas. 




    O pedido de uma delegacia especializada para a região da Baixada Fluminense, comporta 60% dos casos de desaparecimento de pessoas no estado, também estava na pauta. Atualmente A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) tem responsabilidade acerca das investigações, por meio do setor de desaparecidos. Porém  é uma delegacia de homicídios, fato que à primeira vista causa choque nos familiares, principalmente nas mães, pois um simples telefonema do órgão já é automaticamente associado ao encontro de um corpo, quando na realidade o objetivo é localizar a criança com vida. 





    Jovita Belfort despediu-se do grupo, em suas considerações finais,  com um discurso que retratou o sofrimento das mães de crianças desaparecidas de maneira muito profunda. Afirmou que estas mães, inclusive ela, "enterram um filho todas as noites." As palavras  mostram o peso do sofrimento que faz parte do cotidiano desta guerreira, que fez da própria dor um motivo para seguir em frente, auxiliando outras mães que se encontram em situação semelhante. 






segunda-feira, 29 de março de 2021

CARTILHA ENSINA COMO PROCEDER EM CASO DE DESAPARECIMENTO



"Intitulado "Alguém Desapareceu, O que Faço Agora?", o manual  busca, por meio de informações básicas, direcionar as famílias de pessoas desaparecidas, de modo que as chances localização aumentem, viabilizando o retorno do ente querido ao lar".



    A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), apoiou a  inciativa da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que editou e publicou uma cartilha para orientar os cidadãos acerca dos procedimentos a serem tomados, caso ocorra o desaparecimento de um familiar, seja adulto ou criança. Intitulado "Alguém Desapareceu, O que Faço Agora?", o manual  busca, por meio de informações básicas, direcionar as famílias de pessoas desaparecidas, de modo que as chances de localização aumentem, viabilizando o retorno do ente querido ao lar.





    É importante ressaltar que a publicação não fica apenas restrita às medidas que devem ser tomadas quando alguém próximo desaparece. Também apresenta esclarecimentos sobre a Lei da Busca Imediata, que em muitos casos de desaparecimento infantil não é seguida pelas autoridades competentes, conforme já foi mostrado no @ccdesap em postagem intitulada "Lei da Busca Imediata". Vários casos tiveram o Registro de Ocorrência (R.O.) elaborado posteriormente, atrasando as investigações em um momento no qual as ações realizadas em um curto espaço de tempo são indispensáveis para um posterior êxito. 






    A importância da Defensoria Pública, neste contexto, é outro ponto destacado. É citada a relação da instituição com os casos de desaparecimento, no que diz respeito à assistência jurídica gratuita e ao acompanhamento das investigações, de maneira que os familiares tenham acesso ao estágio no qual se encontram os trabalhos de busca e localização da pessoa com paradeiro ignorado. As assistências social e psicossocial, municipal ou estadual, também ficam ao encargo da entidade, assim como a função de assistente de acusação, representando os familiares, caso venha à tona a proposta de uma ação criminal. 




    A criação da cartilha não é propriamente uma medida preventiva. A questão não é evitar o desaparecimento, mas, sim, fazer com que as atitudes corretas, por parte dos familiares e das autoridades competentes, sejam tomadas, de maneira que os trabalhos de busca e localização sejam iniciados o quanto antes, apresentando maior agilidade. Tendo como referência 2020, foi registrado o desaparecimento de 200 pessoas por mês. Considerando-se as crianças, que são parte deste contexto, atualmente, estão em aberto 585 no estado. 


  

sexta-feira, 26 de março de 2021

DESAPARECIDOS EM CAMPO NO CAMPEONATO CARIOCA


 


    Campeonato Carioca tem ação ligada às pessoas desaparecidas em clássico Botafogo x Flamengo disputado na última quarta-feira, 24 de março. Ambos os times adentraram o gramado do Engenhão incompletos para expor o quanto um ente querido desaparecido faz falta aos familiares. Jogadores adversários  carregaram juntos uma faixa que trazia a mensagem: " Sentiu a nossa falta? Imagine se fosse alguém da sua família". A iniciativa social denominada  Desaparecidos em Campo é obra do movimento Futebol sem Barreiras. A campanha é voltada para a localização de crianças e adultos desaparecidos.



    A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) contou com parcerias para colocar este projeto em prática. O trabalho em equipe teve as participações da Sportsview -  parceira da FERJ e criadora do Futebol sem Barreiras - da Leiaute Propaganda e da Cura e Cultura. Assim como os próprios clubes participantes do torneio, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Record TV e o programa Desaparecidos também apoiam a causa.




    Vale destacar que várias iniciativas envolvendo futebol e desaparecidos, principalmente em relação às crianças, tiveram êxito. Em 2020, a Roma foi responsável pelo retorno de vários menores ao meio familiar através da publicação de fotos de crianças desaparecidas vinculadas às imagens dos reforços contratados pelo clube. O trabalho resultou na campanha Football Cares, abraçada por mais de 200 equipes do mundo inteiro, incluindo times brasileiros. No Dia Internacional da Criança Desaparecida , 25 de maio, os clubes exibiram vídeos e fotos de crianças desaparecidas no Twitter.





    Em termos de Brasil, em 2016,  fotos de crianças desaparecidas foram expostas nas arquibancadas durante jogos da seleção brasileira de futebol.  A iniciativa viabilizou o retorno de um menino aos braços da mãe. Fato semelhante aconteceu em um Fla x Flu. Em 2017, os rivais se uniram pelo projeto Escalação Solidária. Uma garota foi localizada e devolvida à família. Mais de 8 milhões de pessoas tomaram conhecimento da ação realizada no Dia das Crianças, 12 de outubro.  Palmeiras, Atlético MG e Coritiba   também se destacaram no engajamento por crianças desaparecidas. Criaram suas próprias campanhas sobre o tema, alcançando milhões de pessoas. Só no Facebook, estes 3 clubes somam juntos quase 8 milhões de seguidores.







quarta-feira, 24 de março de 2021

ONDE ESTÁ ANA CLARA CORREA XAVIER?

  


 

"As informações sobre o caso estão sendo divulgadas nas redes sociais da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). Até então não há informações publicadas acerca de pistas que levem ao paradeiro de Ana Clara. Também são omitidas as circunstâncias do  desaparecimento".


 Menina de 13 anos desapareceu em  6 / 2 / 2021, na região do Estácio, no Rio de Janeiro. O desaparecimento já foi abordado pelo @cdesap na postagem "CRIANÇA DESAPARECIDA: ANA CLARA CORREA XAVIER", publicada em fevereiro deste ano, período em que o desaparecimento não havia completado 15 dias. 






    As informações sobre o caso estão sendo divulgadas nas redes sociais da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). Até então não há indícios acerca de pistas que levem ao paradeiro de Ana Clara. Também são omitidas as circunstâncias do  desaparecimento. Sobre as investigações, o andamento dos trabalhos de busca e localização é ignorado. A úncia referência é o número do R.O,  018- 00406/2021. 




    Ana Clara Correa Xavier é, até o momento ,  mais um nome na lista de crianças desaparecidas referente ao Rio de janeiro.  Os números preocupam, entre 2019 e 2020  foram registrados 3.764 casos, mas há uma compensação em relação ao índice, devido à quantidade significativa de casos resolvidos. A prova disto é que  84% crianças desaparecidas foram localizadas com vida e retornaram ao convívio da família. 




      Embora as causas do desaparecimento de Ana Clara Correa Xavier estejam ocultas,várias possibilidades podem ser cogitadas. Encontro com algum contato na internet, conflitos familiares e exploração sexual infantil  podem motivar o desaparecimento de um menor. Inclui-se também neste contexto a utilização de menores em rituais. A Ministra Damares Alves - Ministério da Mullher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) - afirmou que abrirá investigações sobre o assunto, através de uma ação conjunta com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).





segunda-feira, 22 de março de 2021

CRIANÇAS DESAPARECIDAS ENCONTRADAS APÓS SEREM ABUSADAS NO LITORAL DO PARANÁ

    






 "Meninas de 8 e 9 anos desapareceram no quintal de casa. A ocorrência foi em 11/3/2021, no balneário Xangrilá, Pontal do Paraná. A mãe foi cuidar do outro filho, portador da síndrome de down, e  não encontrou as menores, quando retornou".




 Meninas de 8 e 9 anos desapareceram no quintal de casa. A ocorrência foi em 11/3/2021, no balneário Xangrilá, Pontal do Paraná. A mãe foi cuidar do outro filho, portador da síndrome de down, e  não encontrou as menores, quando retornou. Buscas pela região, por parte de familiares e  vizinhos, não tiveram êxito. A suspeita de terem caído em um rio foi cogitada e o Corpo de Bombeiros acionado, após a família comunicar à Polícia Militar os desaparecimentos. Horas depois, a mãe foi avisada de que as filhas foram localizadas com vida, próximas de casa, perto da farmácia.  










     As meninas, que não foram identificadas, assim como a mãe, relataram que um homem se aproximou delas e ameaçou matá-las. Em seguida o estranho colocou o órgão sexual para fora, descrito por uma das crianças como " um negócio nojento", e esfregou nas irmãs. O abuso das menores deixou a região em alerta. Inclusive é válido ressaltar que as crianças foram sequestradas no quintal de casa. A família não deixava que elas fossem à rua sozinhas. 




     Há  casos de grande repercussão que envolvem o sumiço de crianças dentro de casa, assim como ocorreu com as irmãs de Pontal do Paraná em março de 2021. Carlos Ramires em 1973 - Rio de Janeiro  /RJ -, Ana Paula Padilha dos Santos  em 2003 - Rio da Várzea /PR  - , Samuel Victor da Silva Gomes Carvalho em 2019 - Rondonópolis / MT - e Fabíola Tormes em 2020 - Palhoça / SC . Apenas as ocorrências de 1973, 2020 e 2021 tiveram os sequestros comprovados. As demais contam com a possibilidade de sequestro, mas também não está descartada a hipótese de que, por alguma razão, as crianças tenham saído de casa sozinhas.



    Outro ponto que deve ser destacado, considerando os casos abordados, é que em apenas 2 as crianças foram localizadas : Fabíola Tormes e as irmãs de Pontal do Paraná. Ambas as ocorrências, segundo as  investigações policiais trouxeram à tona, estavam relacionadas a motivações sexuais. O fato corrobora uma ligação direta entre o desaparecimento infantil e a pedofilia, expondo que  a pornografia infantil, por mais absurda e anormal que seja,  encontra espaço entre determinados grupos, que adotam atitudes extremistas, desumanas, visando molestar crianças.





    

sexta-feira, 19 de março de 2021

CRIANÇA DESAPARECIDA: REBECA FERNANDES MONTEIRO

 

  





  "Rebeca Fernandes Monteiro, 12 anos, desaparecida desde o dia 4/2/2021, em Nova Iguaçu / RJ, permanece com o paradeiro ignorado.  O desaparecimento ocorreu na Baixada Fluminense, região com maior número de desaparecidos, 60% dos casos, do Rio de Janeiro".




  Rebeca Fernandes Monteiro, 12 anos, desaparecida desde o dia 4/2/2021, em Nova Iguaçu / RJ, permanece com o paradeiro ignorado. O desaparecimento ocorreu na Baixada Fluminense, região com maior número de desaparecidos, 60% dos casos, do Rio de Janeiro.

   


    O caso Rebeca Fernandes Monteiro já foi publicado no @ccdesap no início do mês. A postagem MENINA DE 12 ANOS DESAPARECE NA BAIXADA FLUMINENSE expôs o caso, destacando a necessidade de algum tipo de ação preventiva capaz de, pelo menos, reduzir o número de desaparecimentos na Baixada, principalmente em relação aos  casos que envolvem crianças. 




    O site do SOS Crianças Desaparecidas, entidade ligada à Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) e ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, divulgou informações sobre o caso, incluindo características importantes que podem levar ao reconhecimento da menor. O cabelo preto encaracolado foi citado, assim como um piercing que Rebeca usa no nariz, do lado direito.

 



    Além de Rebeca outros casos de crianças desaparecidas, na Baixada Fluminense, ganharam notoriedade. A postagem DESAPARECIMENTO INFANTIL NA BAIXADA FLUMINENSE citou os desaparecimentos de Luciane Torres da Silva,  ocorrido em 2009, e dos meninos de Belford Roxo - Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique Ribeiro Barros -, avistados pela última vez em dezembro de 2020. Todos estes casos estão sem solução. 


 



quarta-feira, 17 de março de 2021

ALERTA PRI SERÁ ASSINADO PELO GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO

  


  

"Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, assinará  amanhã, dia 18/3/2021, a regulamentação da Lei 9182/2021, implantando no estado um sistema semelhante ao Alerta Amber americano. Na versão fluminense, os alertas sobre crianças desaparecidas serão divulgados através das operadoras de celular via SMS ou por meio do Whatsapp".



     Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, assinará  amanhã, dia 18/3/2021, a regulamentação da Lei 9182/2021, implantando no estado um sistema semelhante ao Alerta Amber americano. Na versão fluminense, os alertas sobre crianças desaparecidas serão divulgados através das operadoras de celular via SMS ou por meio do Whatsapp.  Uma atitude que visa reduzir as ocorrências de desaparecimento infantil, principalmente na Baixada Fluminense, região na qual o índice de casos é o maior. Lembrando que aproximadamente 2.500 crianças desaparecem por ano no Rio de Janeiro.





      O Alerta Amber Fluminense foi rebatizado. Ganhou o nome de Alerta Pri. Trata-se de uma homenagem à Priscila Belfort, que desapareceu aos 28 anos, na Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio, quando se dirigia ao trabalho. Desde o dia 9 / 1 / 2004, o  paradeiro de Priscila é ignorado.  O caso não foi concluído. Permanece sem solução e até hoje chegam à família relatos sobre supostos avistamentos de Priscila. Em outubro de 2020 foi levantada a possibilidade de uma mulher fotografada em Cotia / SP, ser a filha de Jovita Belfort, atualmente líder da Coordenadoria de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas do Governo do Estado do Rio , porém era mais um alarme falso. 



    O novo sistema enviará ao público informações como a foto,  o nome, a idade, a data de desaparecimento e o local em que a criança foi avistada pela última vez. O deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL), autor do projeto de lei que deu origem ao Alerta Pri,  esclareceu em vídeo que a versão fluminense do Alerta Amber tem distinções em relação à base original. Ele declarou: "Vai funcionar da mesma forma com algumas pequenas mudanças. Não vai ser um alerta. Vai ser um SMS".  

  



    Vale destacar que o  repasse às operadoras de informações referentes às crianças desaparecidas,  ficará sob a responsabilidade de Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). A partir dos dados enviados às empresas, serão levadas ao público as notificações dos casos, aumentando significativamente a chance de localizar um menor desaparecido. Considerando as 40 mil crianças que desaparecem por ano no Brasil, a iniciativa do Alerta Pri deve colaborar para uma redução neste número, começando pelo Rio de Janeiro e futuramente se estendendo a outros pontos do país, através de adesões  ao sistema, conforme ocorreu nos Estados Unidos. 




segunda-feira, 15 de março de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: ESPÍRITO SANTO, SÃO PAULO, PEDOFILIA OU MORTE?

 



  "A polícia cogita todas as possibilidades, embora a linha principal seja o envolvimento do tráfico, conforme já declarou o delegado Uriel Alcântara. Isto indica que os investigadores estão dando um peso maior à versão que aponta o envolvimento das crianças no roubo de uma gaiola que pertencia a familiares de um traficante da região".




    As imagens divulgadas, há 3 dias, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) colocam em dúvida a eficácia dos trabalhos de investigação da polícia, a partir do momento em que anteriormente o material examinado estava nas mãos dos investigadores e não foi encontrado vestígio algum dos 3 meninos desaparecidos - Lucas Matheus, 8 anos, Alexandre da Silva, 10 anos, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11 anos -, através dos registros das câmeras de segurança. 



 Segundo nota da polícia, a descoberta não  alterou significativamente os rumos das investigações, mas é certo que a constatação do trabalho do MPRJ, a captura de imagens dos menores, pode levar ao mesmo procedimento em relação a outras câmeras de segurança da rua Malópia, que devem trazer  mais detalhes à tona  sobre o real destino dos meninos naquele 27/12/2020, dia em que desapareceram.  

        



     A polícia cogita todas as possibilidades, embora a linha principal seja o envolvimento do tráfico, conforme já declarou o delegado Uriel Alcântara. Isto indica que os investigadores estão dando um peso maior à versão que aponta o envolvimento das crianças no roubo de uma gaiola que pertencia a familiares de um traficante da região. Também existem denúncias que contém relatos de avistamento das crianças em outros estados, São Paulo e Espírito Santo, além do suposto ataque de um pedófilo e da triste possibilidade de morte das crianças.




    Renato Lombardi, comentarista de segurança da Rede Record, fez críticas à atuação dos investigadores. Afirmou que até agora a "polícia investigou mal". Também acrescentou que a obtenção mais rápida das imagens favoreceria o reconhecimento dos garotos por parte das pessoas residentes na região  em que ocorreu o desaparecimento, pois os fatos seriam recentes e as lembranças das testemunhas mais claras. O comentário foi encerrado com a frase: "Não existe crime perfeito. Existe crime mal investigado". 




sexta-feira, 12 de março de 2021

FILMAGENS MOSTRAM OS MENINOS DE BELFORD ROXO

        


"Câmeras de segurança registraram a passagem dos meninos Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique, respectivamente 8 , 10 e 11 anos. As imagens comprovam que os garotos desapareceram após caminharem pela rua Malopa, acesso à feira da Areia Branca, local em que algumas testemunhas afirmam ter avistado as crianças".




    Câmeras de segurança registraram a passagem dos meninos Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique, respectivamente 8 , 10 e 11 anos. As imagens comprovam que os garotos desapareceram após caminharem pela rua Malopa, acesso à feira da Areia Branca, local em que algumas testemunhas afirmam ter avistado as crianças. Portanto existe a comprovação de que eles chegaram ao destino, restringindo a ocorrência do desaparecimento a uma área, de forma que a polícia já trabalha com um espaço limitado, em relação ao panorama anterior, para investigar o desparecimento. 



    Estas imagens são fruto de ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que fez uma varredura das câmeras de segurança da região em que os menores desapareceram, em um  laboratório. Daí a revelação do paradeiro dos menores, pouco antes do instante em que desapareceram, trazendo à tona uma pista que torna muito mais evidente a possibilidade de os garotos terem sido sequestrados na feira da Areia Branca. A polícia, que detinha o material e não localizou as imagens, já trabalha com esta hipótese como a mais viável, embora não veja progresso relevante na descoberta, considerando  que " não há alteração significativa na atual investigação", conforme nota publicada em 11/3/2021.



    A questão da investigação não sofrer uma reviravolta e praticamente permanecer no estágio atual, mesmo com a descoberta das imagens, é resultante da falta de indícios em relação ao destino dos meninos. Os investigadores afirmam que eles sumiram na feira da Areia Branca, mas não sabem para onde foram levados e ignoram quem os raptou . Falta outro elemento que esclareça o que aconteceu posteriormente. Já chegou aos familiares a versão de que os garotos tentaram roubar uma gaiola de passarinho e foram alvejados por traficantes. Porém , até então, a história não passa de uma suposição, pois não foi comprovada.




    A polícia cogita a possibilidade do envolvimento de traficantes neste caso, reforçando a possibilidade a partir das ações de um protesto feito em frente à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), ocasião em que ocorreu a queima de um ônibus, atitude característica do tráfico. A partir desta linha várias diligências já foram realizadas, inclusive na comunidade Castelar, ocorrendo troca de tiros e a morte de traficantes. Os trabalhos de busca não tiveram êxito. Nem o envolvimento direto de autoridades como o Governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro, a Ministra Damares Alves e o empenho de entidades como a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) viabilizaram a localização das crianças desaparecidas, cujo paradeiro é ignorado há quase 3 meses.   

  



quarta-feira, 10 de março de 2021

CRIANÇA DESAPARECIDA NO PR : LUIZ FELIPE DOS SANTOS MACHADO

    



 "Em 2018, 1 ano após o desaparecimento, a polícia afirmou não ter pistas sobre o que aconteceu ao menino. Não havia suspeitos ou presos, embora seja certo que a criança foi sequestrada".



    O desaparecimento de Luiz Felipe dos Santos Machado é um dos casos ainda não resolvidos pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (SICRIDE). Desde o dia 27/6/2017, o paradeiro da criança, à época tinha apenas 2 anos e 9 meses, é ignorado. Ele, que vivia com os pais e mais 2 irmãs, foi avistado pela última vez, brincando na porta de casa, em Telêmaco Borba, no Paraná. 




    Em 2018, 1 ano após o desaparecimento, a polícia afirmou não ter pistas sobre o que aconteceu ao menino. Não havia suspeitos ou presos, embora seja certo que a criança foi sequestrada. O delegado Nilson Rodrigues da Silva disse ao G1 não existir uma linha de investigação a ser seguida. Mesmo assim, os trabalhos investigativos permaneciam em andamento.



    Em 2019, ao final do mês de janeiro, a esperança dos pais em reencontrar o filho, depois de momentos de muita preocupação, veio com a notícia de uma criança encontrada na cidade de Francisco Beltrão. Um menino tinha as mesmas características físicas de Luiz Felipe. Os pais, Lucimara Machado e Rodrigo Machado, foram ao local, mas o menor não era o filho.  



    A apreensão da mãe de Luiz Felipe aumenta a medida que o tempo passa. Ela tem ciência de que as dificuldades aumentam, a partir do momento em que o período sem informações se estende, de forma que as pistas iniciais se diluem e os trabalhos de busca e localização apresentam uma possibilidade de êxito menor. Lucimara declarou: "  Com esse tempo, 1 ano, as coisas vão se dificultando. Isso que a gente pede para Deus: O maior sonho do momento é ter nosso filho de volta".

    




    

segunda-feira, 8 de março de 2021

REDUÇÃO DO DESAPARECIMENTO INFANTIL NO PARANÁ EM 2020

   


 "É importante ressaltar que ainda no mês de janeiro de 2020, período em que a pandemia, aparentemente, não havia chegado ao Brasil,  o número de crianças desaparecidas foi maior em comparação com os demais meses do ano. Portanto a ligação entre a pandemia e a redução dos casos fica ainda mais evidente".





    A diminuição das ocorrências de desaparecimento infantil no Paraná é atribuída à quarentena, devido à pandemia de COVID - 19. O menor número de crianças nas ruas resultou em um registro quase 25% menor de casos em 2020. Porém em fevereiro de 2021, 27 crianças estavam desaparecidas no estado. Entre os casos, desaparecimentos conhecidos do público, como  as ocorrências de Stefani Vitória Rochinsk e dos meninos  João Rafael Kovalski e Brayan Raab Fonseca.     

       


    É importante ressaltar que ainda no mês de janeiro de 2020, período em que a pandemia, aparentemente, não havia chegado ao Brasil,  o número de crianças desaparecidas foi maior em comparação com os demais meses do ano. Portanto a ligação entre a pandemia e a redução dos casos fica ainda mais evidente. Infelizmente a boa notícia vem à tona em um ano atípico, que não traz um panorama dentro da normalidade da situação.

  



    No ano passado, o estado do Paraná registrou o desaparecimento de 169 crianças. Os casos envolvendo meninas foram a maioria, 86 ao todo. Também foi constatado que as crianças de 11 anos de idade sumiram com mais frequência. Foram contabilizados 53 casos de desaparecimento de menores  nesta faixa etária.






    Os desaparecimentos destas crianças, segundo o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas -  SICRIDE - não foram resultado de sequestro. As fugas e saídas repentinas, encontros com conhecidos de redes sociais e os conflitos familiares, este um problema extremamente sério, vinculado ao contexto social, foram as causas mais frequentes dentro do intervalo de tempo focado.