quarta-feira, 12 de agosto de 2015

DELEGACIA DE DESCOBERTA DE PARADEIROS / DDPA RJ


     


 "Os casos de desaparecimentos no Rio de Janeiro não estão mais ao encargo da divisão de homicídios. Desde 22 de setembro de 2014, data em que foi inaugurada,  a Delegacia de Descoberta de Paradeiros, a DDPA / RJ,  sediada na Cidade da Polícia,  no bairro do Jacarezinho, assumiu os casos de desaparecimentos na cidade. Trata-se de uma unidade especializada que trabalha 24 horas por dia, visando a localização de desaparecidos na capital fluminense."


   




           



     Os casos de desaparecimentos no Rio de Janeiro não estão mais ao encargo da divisão de homicídios. Desde 22 de setembro de 2014, data em que foi inaugurada,  a Delegacia de Descoberta de Paradeiros, a DDPA / RJ,  sediada na Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho, assumiu os casos de desaparecimentos na cidade. Trata-se de uma unidade especializada que trabalha 24 horas por dia, visando a localização de desaparecidos na capital fluminense.  Os 35 policiais componentes da equipe exercem suas atividades em 2 núcleos de investigações. Uma vertente é voltada para os casos de desaparecimentos de adultos e a  outro atua, diretamente, nas ocorrências que envolvem desaparecimentos de crianças e adolescentes.
  






  Levando-se em conta apenas os desaparecimentos de crianças e adolescentes, as estatísticas, dados provenientes da Fundação para a  Infância e Adolescência e do programa SOS Crianças desaparecidas, indicam  que, atualmente,  504 crianças e adolescentes estão desaparecidos no estado do Rio de Janeiro. Estão sob os cuidados do DDPA alguns destes  inquéritos.  Os desaparecimentos de Ingrid Vanessa Cunha Pitanga, desaparecida aos10 anos,  Thais de Lima Barros,  desaparecida aos 9 anos,  Larissa Gonçalves Santos, desaparecida aos 11 anos, e  Gisela Andrade de Jesus, desaparecida aos 8 anos,  estão sob investigação da delegacia especializada carioca.    

     


    A DDPA foi idealizada minuciosamente. A delegada titular, Ellen Souto, viajou a vários estados com o objetivo de obter uma base formadora para a delegacia. Teve como referências  estruturais e operacionais unidades policiais do Paraná, de Santa Catarina, da Bahia e de Minas Gerais e de São Paulo. As informações coletadas  proporcionaram a elaboração de um projeto moderno,capaz de suprir as carências existentes neste campo de ação da polícia. O resultado foram inovações como o banco de  DNA, o Núcleo de Envelhecimento Digital, que projeta a aparência atual de crianças desaparecidas há anos -   destacado inclusive no Facebook oficial da Polícia Federal -  e a implantação do disque desaparecidos (197). A assistência social e a assistência psicológica também estão inclusas nas novidades. São consideradas uma diferencial no atendimento da delegacia. O trabalho feito em  conjunto com a Secretaria de Estado e Assistência Social e Direitos Humanos foca amparar os parentes de  pessoas desaparecidas.

   







   A preocupação com as famílias de desaparecidos, incluindo os parentes de crianças, foi, segundo o secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrami, um dos principais motivos para a criação da DDPA. Ele declarou aos órgãos de imprensa, durante a inauguração da delegacia, que tornar os casos de desaparecimentos ocorrências de investigações mais específicas, evita o desgaste de familiares, inclusive de pessoas doentes,  que correm por conta própria delegacias e IMLs atrás de um parente.  A delegada titular, Ellen Souto, milita há 4 anos na busca por desaparecidos, também destaca a importância do lado humano dentro deste cenário de incertezas. Por isto ela afirma ter se preocupado em escolher profissionais capacitados e com sensibilidade para lidar com as pessoas que passam pelo drama de ter um ente querido com paradeiro ignorado.





*Próxima atualização, sexta-feira.

2 comentários:

  1. sera que ninguem podera me informar de Marcio Paulo dos Santos desapareceu em 1981 ?

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  2. Cecílio Mesquita Rosa, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros pode auxiliar você com alguma informação, caso o Márcio tenha desaparecido no Rio de Janeiro. É provável, não certo, que eles tenham algum dado sobre o desaparecimento. O contato é (21)2202-0338. Entidades como o Mães do Brasil também podem ajudar. O e-mail é: maesdobrasil@portalkids.org.br

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