sábado, 22 de agosto de 2015

ONDE ESTÁ EMIVALDO BRAYAN?





    

"Os responsáveis pelo menor não sabem explicar o que aconteceu. Ninguém notou movimento estranho. O único detalhe que fugiu à regra foi a porta da casa semiaberta, na manhã do dia 5, segundo relatou Luiz Paulo. A normalidade aparente só foi quebrada, quando a irmã notou a ausência de Emivaldo. No quarto das crianças estava apenas a menina. A cama do garoto estava vazia."




     Emivaldo Brayan Passos da Silva, uma criança de 4 anos, desapareceu no município de Indiara / GO. O sumiço do garoto, que provavelmente foi levado enquanto dormia, ocorreu em 4 de março de 2014. Ele estava em casa acompanhado pela mãe, Silmara Borges da Silva, pela irmã, Jussiane Passos da Silva, de apenas 5 anos, e  pelo padrasto, Luiz Paulo da Costa. Os responsáveis pelo menor não sabem explicar o que aconteceu. Ninguém notou movimento estranho. O único detalhe que fugiu à regra foi a porta da casa semiaberta, na manhã do dia 5, segundo relatou Luiz Paulo. A normalidade aparente só foi quebrada, quando a irmã notou a ausência de Emivaldo. No quarto das crianças estava apenas a menina. A cama do garoto estava vazia. Os bombeiros fizeram buscas por 3 dias nas proximidades da residência da criança. Nenhum sinal dele foi encontrado.
     





      A polícia periciou a casa do desaparecido e o carro da família. Nenhum vestígio de sangue foi detectado, conforme revelou o laudo. Até cães farejadores da capital, Goiânia, foram mandados à Indiara, pois havia a hipótese da criança estar perdida em uma lavoura de soja na vizinhança. Paralelamente a estas ações, a família espalhava cartazes pela cidade. A preocupação aumentou, a partir do momento em que a possibilidade de homicídio também foi cogitada. A declaração do delegado Queops Barreto, responsável pelo caso, ao site G1 comprova isto. Ele disse: “Estamos investigando o desaparecimento, o homicídio. A polícia está atrás de informações mais concretas.”
     



      
     As investigações levaram os familiares de Emivaldo a passarem por uma avaliação psicológica. Mãe e padrasto, que também se submeteram a uma entrevista monitorada por um detector de mentiras, e avós fizeram o teste. O prosseguimento da apuração policial apontou o padrasto como o responsável pelo desaparecimento do menino. Em outubro de 2014, Luiz Paulo da Costa foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver. No mês seguinte, o Ministério Público pediu o arquivamento do inquérito, alegando falta de provas. O promotor Milton Marcolino justificou a atitude, declarando: “Neste caso não temos a materialidade do crime e muito menos os indícios da autoria. O corpo da criança não foi achado, muito menos vestígios ou qualquer outra prova de que esse menino tenha sido morto.” Desta forma, o caso passa a ser tratado apenas como desaparecimento.
     





     Há mais de 1 ano, o paradeiro de Emivaldo Brayan continua ignorado.Os avós maternos, Sirlene Borges e Manoel Gomes da Silva, estão revoltados com a falta de respostas. Sirlene culpa a filha, Silmara Borges, pelo desaparecimento do neto. Acusa o padrasto, Luiz Paulo, de agredir a criança e ressalta a indiferença de ambos em relação ao caso: “Eles estão sempre tranquilos, fazem churrasco, saem para passear, estão sempre felizes e sorridentes.” A declaração é rebatida pela advogada do casal. Rosângela Magalhães argumenta que a quebra de sigilo bancário, a perícia dentro de casa, a avaliação psicológica, a interpretação telefônica e o detector de mentiras não comprovaram o envolvimento de seus clientes no desaparecimento de Emivaldo.  Também citou a tristeza da mãe e do padrasto pelo sumiço da criança.

*Próxima atualização, segunda-feira

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