quinta-feira, 6 de agosto de 2015

CRIANÇA SEM VIDA E SEM NOME





"Em junho de 2015, pouco mais de 1 ano após o desaparecimento de Emili, o caso teve reviravolta. A imagem de uma menina encontrada morta no Porto de Boston, em  Massachusetts, Estados Unidos, trouxe a perspectiva indesejada de um final trágico para a história. Vários internautas brasileiros notaram que a criança desconhecida, retratada na imagem, tinha semelhanças com a pequena catarinense. "





Uma criança foi encontrada morta, no Porto de Boston, em Massachusetts, nos Estados Unidos, no dia 25 de junho deste ano. O corpo estava dentro de um saco de lixo, em estado inicial de decomposição. O  National Center for Missing & Exploited Children divulgou uma imagem que exibia a reconstituição do rosto da vítima. Mais de 50 milhões de pessoas já viram o trabalho, também publicado no facebook da polícia de Massachussets. Especulações surgiram em torno da identidade da menina. As atenções, inicialmente, se concentraram em 2 casos ocorridos nos Estados Unidos. Internautas levantaram a hipótese de que a criança era Aliayah Lunsford, desaparecida desde 24 de setembro de 2011,  em West Virginia, aos 3 anos. Outros acreditavam que a imagem retratava Kate Phillips, desaparecida aos 4 meses de idade, desde 29 de junho de 2011,  em Michigan. As cogitações foram descartadas posteriormente. Diante da repercussão mundial, a  semelhança entre uma criança desaparecida no Brasil e a desconhecida americana veio à tona na internet. A possibilidade de Emili Miranda Anacleto ser a vítima existe.





Emili desapareceu aos 2 anos em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Em uma visita assistida, o pai da menina, Alexandre Anacleto, arrebatou a criança da casa da mãe. Os genitores tinham uma relação conflituosa. O homem apareceu morto 3 dias depois.  O corpo estava em um carro carbonizado – 2 menores colocaram fogo no veículo, conforme apurou a investigação policial -  na praia de Itajubá, Barra Velha. A filha não foi encontrada.  A polícia Civil confirmou, após perícia, que Emili não estava no carro, fato que reforça a esperança de localizá-la com vida.   As investigações não cessaram. A polícia já ouviu  35 pessoas, cumpriu mandados de busca e apreensão, em Santa Catarina e no Paraná, e, guiada por denúncias anônimas, fez varredura em 20 locais.   Apesar do esforço,  ainda não chegou à menina. A Delegacia de Polícia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso tem participação nos trabalhos de busca. Neste inquérito trabalha em conjunto com a Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas(DPPD).
Em junho de 2015, pouco mais de 1 ano após o desaparecimento de Emili, o caso teve reviravolta. A imagem de uma menina encontrada morta no Porto de Boston, em  Massachusetts, Estados Unidos, trouxe a perspectiva indesejada de um final trágico para a história. Vários internautas brasileiros notaram que a criança desconhecida, retratada na imagem, tinha semelhanças com a pequena catarinense. Diante do fato,   o DPPD / SC entrou em contato com os americanos, embora não encontrassem relação entre as ocorrências. Em 29 de julho,  agentes do  Homeland Security Investigation, órgão do governo americano, chegaram a Jaraguá do Sul e coletaram 4 amostras para análise de DNA da mãe de Emili, Josenilda Miranda. O material será comparado aos genes da criança encontrada morta em Massachusetts e armazenado em um banco de dados.  O resultado sairá dentro de 30 dias.







A possibilidade de Emili estar morta não travou as investigações sobre o paradeiro dela. Cartazes com fotos da criança desaparecida continuam a ser distribuídos em aeroportos e no estado de Santa Catarina. O delegado Wanderley Redondo da DPPD continua trabalhando no caso. Ele afirma que a menina pode estar viva e vai além. Acredita que familiares saibam onde ela está. A delegada Milena de Fátima Rosa também não descarta a possibilidade de Emili estar viva. Ela declarou que durante o período de desaparecimento, o IML não registrou a passagem de nenhum cadáver com as características da pequena. É um indicador de que a criança pode estar viva. O avô paterno da vítima , otimista, cogita localizar a neta com vida. José Anacleto Neto diz: “Emili está viva, estão escondendo a criança.”A mãe, desesperada, torturada pelas incertezas, não entra neste mérito. Quer apenas notícias da filha.

*Próxima atualização, sábado



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