"Em junho de 2015, pouco mais de 1 ano após o
desaparecimento de Emili, o caso teve reviravolta. A imagem de uma menina
encontrada morta no Porto de Boston, em
Massachusetts, Estados Unidos, trouxe a perspectiva indesejada de um
final trágico para a história. Vários internautas brasileiros notaram que a
criança desconhecida, retratada na imagem, tinha semelhanças com a pequena
catarinense. "
Uma
criança foi encontrada morta, no Porto de Boston, em Massachusetts, nos Estados
Unidos, no dia 25 de junho deste ano. O corpo estava dentro de um saco de lixo,
em estado inicial de decomposição. O National Center for Missing & Exploited
Children divulgou uma imagem que exibia a reconstituição do rosto da vítima.
Mais de 50 milhões de pessoas já viram o trabalho, também publicado no facebook
da polícia de Massachussets. Especulações surgiram em torno da identidade da
menina. As atenções, inicialmente, se concentraram em 2 casos ocorridos nos
Estados Unidos. Internautas levantaram a hipótese de que a criança era Aliayah
Lunsford, desaparecida desde 24 de setembro de 2011, em West Virginia, aos 3 anos. Outros
acreditavam que a imagem retratava Kate Phillips, desaparecida aos 4 meses de
idade, desde 29 de junho de 2011, em
Michigan. As cogitações foram descartadas posteriormente. Diante da repercussão
mundial, a semelhança entre uma criança
desaparecida no Brasil e a desconhecida americana veio à tona na internet. A possibilidade
de Emili Miranda Anacleto ser a vítima existe.
Emili
desapareceu aos 2 anos em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Em uma visita
assistida, o pai da menina, Alexandre Anacleto, arrebatou a criança da casa da
mãe. Os genitores tinham uma relação conflituosa. O homem apareceu morto 3 dias
depois. O corpo estava em um carro carbonizado
– 2 menores colocaram fogo no veículo, conforme apurou a investigação policial
- na praia de Itajubá, Barra Velha. A
filha não foi encontrada. A polícia
Civil confirmou, após perícia, que Emili não estava no carro, fato que reforça
a esperança de localizá-la com vida. As
investigações não cessaram. A polícia já ouviu 35 pessoas, cumpriu mandados de busca e
apreensão, em Santa Catarina e no Paraná, e, guiada por denúncias anônimas, fez
varredura em 20 locais. Apesar do
esforço, ainda não chegou à menina. A
Delegacia de Polícia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso tem participação
nos trabalhos de busca. Neste inquérito trabalha em conjunto com a Delegacia de
Polícia de Pessoas Desaparecidas(DPPD).
Em
junho de 2015, pouco mais de 1 ano após o desaparecimento de Emili, o caso teve
reviravolta. A imagem de uma menina encontrada morta no Porto de Boston,
em Massachusetts, Estados Unidos, trouxe
a perspectiva indesejada de um final trágico para a história. Vários
internautas brasileiros notaram que a criança desconhecida, retratada na imagem,
tinha semelhanças com a pequena catarinense. Diante do fato, o DPPD / SC entrou em contato com os
americanos, embora não encontrassem relação entre as ocorrências. Em 29 de
julho, agentes do Homeland Security Investigation, órgão do
governo americano, chegaram a Jaraguá do Sul e coletaram 4 amostras para
análise de DNA da mãe de Emili, Josenilda Miranda. O material será comparado
aos genes da criança encontrada morta em Massachusetts e armazenado em um banco
de dados. O resultado sairá dentro de 30
dias.
A
possibilidade de Emili estar morta não travou as investigações sobre o
paradeiro dela. Cartazes com fotos da criança desaparecida continuam a ser
distribuídos em aeroportos e no estado de Santa Catarina. O delegado Wanderley
Redondo da DPPD continua trabalhando no caso. Ele afirma que a menina pode
estar viva e vai além. Acredita que familiares saibam onde ela está. A delegada
Milena de Fátima Rosa também não descarta a possibilidade de Emili estar viva.
Ela declarou que durante o período de desaparecimento, o IML não registrou a
passagem de nenhum cadáver com as características da pequena. É um indicador de
que a criança pode estar viva. O avô paterno da vítima , otimista, cogita
localizar a neta com vida. José Anacleto Neto diz: “Emili está viva, estão
escondendo a criança.”A mãe, desesperada, torturada pelas incertezas, não entra
neste mérito. Quer apenas notícias da filha.
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