O UBER , empresa de transporte de passageiros, que trabalha, em todo o mundo, por meio de um aplicativo, deixou de lado, temporariamente, o choque com os taxistas e aderiu à causa das crianças desaparecidas, nos Estados Unidos, passando a integrar o grupo de participantes do Alerta AMBER. Deste modo, a companhia emite, desde 15 de outubro deste ano, em 180 cidades, vários alertas para seus parceiros - motoristas que estiverem rodando nas proximidades de locais em que aconteceram sequestros de crianças, poucos instantes depois da ocorrência. É uma forma de aproveitar a quantidade de carros do UBER espalhados pelas cidades, contando com a participação dos condutores como mais uma alternativa de agilizar as buscas a uma criança desaparecida, tornando maior a possibilidade de localizar o paradeiro da vítima.
A atitude, digna de aplausos, é uma parceria entre o UBER e o National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC), referência nos Estados Unidos, no que diz respeito ao desaparecimento infantil e aos abusos sexuais contra crianças. O reconhecimento em relação aos trabalhos da entidade, que iniciou suas atividades em 1984, inaugurada pelo então presidente Ronald Reagan, é tão grande, que o Congresso americano autorizou a instituição a executar 22 programas e serviços, voltados para o auxílio de policiais, famílias e profissionais presentes no campo de atuação do NCMEC. Estas credenciais, sem dúvida, são um indício de que o êxito neste novo projeto envolvendo o UBER será mais um triunfo, consequência de uma série de ações planejadas, que visam solucionar, o mais rápido possível, os casos de desaparecimento infantil ocorridos em território americano.
Um fator muito importante, que vale ser destacado, é que o UBER está passando por um processo de crescimento em todo o mundo. Nos Estados Unidos esta tendência se confirma. No país mais desenvolvido do mundo o serviço de transportes de passageiros, atualmente, cobre mais de 70% da população.O dado é relevante, a partir do momento em que os motoristas da companhia não irão restringir as informações do Alerta AMBER. Muito pelo contrário. Eles ajudarão a tornar público o sequestro ou rapto infantil focado no momento. Deste modo, o número de pessoas que tomarão ciência do assunto será ainda maior, somando, significativamente, nas ações deste sistema, que abrangem o meio público e privado, tendo com base a participação efetiva das autoridades e dos veículos de comunicação - emissoras de rádio e TV e internet - , além da utilização do espaço público.
Seria muito importante que o UBER adotasse o mesmo procedimento no Brasil. Porém, um entrave que já inviabiliza uma ação semelhante a esta, levando-se em conta o alcance nacional, é o fato de o Alerta AMBER não existir por aqui, mesmo diante dos inúmeros apelos feitos pela população, inclusive os familiares de crianças desaparecidas. Nem o número alarmante de 40.000 crianças desaparecidas por ano, impulsiona a implantação deste sistema em território brasileiro. É certo que se isto ocorresse, o trabalho da polícia, principalmente das delegacias especializadas, que despontam em várias regiões do país, seria bastante facilitado, a partir do momento em que as informações sobre o arrebatamento de uma criança fossem transmitidas em um curto espaço de tempo para uma quantidade considerável de pessoas.
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