segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: INVESTIGAÇÕES APONTAM PARA O TRÁFICO

 




" A polícia está cada vez mais convicta em relação à participação do tráfico no desaparecimento dos 3 meninos de Belford Roxo. Inclusive a versão de que os garotos lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique foram mortos, porque tentaram roubar o passarinho de um parente de traficante da comunidade Castelar foi citada pelo delegado Uriel Alcântara".




        A polícia está cada vez mais convicta em relação à participação do tráfico no desaparecimento dos 3 meninos de Belford Roxo. Inclusive a versão de que os garotos lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique foram mortos, porque tentaram roubar uma gaiola de passarinho que pertencia a um familiar  de traficante da comunidade Castelar foi citada pelo delegado Uriel Alcântara.  É importante ressaltar que Sílvia Regina da Silva,  avó de Alexandre, um dos meninos desaparecidos, confirmou a afeição do garoto por pássaros.  Ela disse ao G1: "O Xande gosta mais de soltar pipa e de passarinhos. Todo dia ele acordava, cuidava dos passarinhos, colocava lá fora para pegar sol. Agora abro a porta e fico olhando para o nada, para o lugar onde Xande colocava os passarinhos". 









    Uma suposta participação do tráfico também descartaria o envolvimento do suspeito levado à força para a delegacia. O homem foi apontado por moradores da comunidade Castelar como o responsável pelo sumiço das crianças, mas depois foi constatado pela polícia que a "confissão" foi resultado da tortura que sofreu nas mãos de traficantes da região. Foi encontrado no celular do investigado material de pornografia infantil, mas nenhuma evidência ligava ele ao desaparecimento dos menores. O exame de DNA relativo ao sangue encontrado em uma roupa, que estava na casa do suposto sequestrador, será definitivo para apontar  ou não o envolvimento dele no caso.  



     A linha de investigação considera a hipótese do envolvimento do tráfico no desaparecimento dos meninos. A apresentação de um "culpado" seria  um artifício de traficantes para desviar a atenção dos investigadores. Seguindo esta linha de raciocínio, conclui-se que o protesto ocorrido em frente à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) visava pressionar a polícia a manter o homem encarcerado. A culpa teria que recair, de qualquer maneira, sobre ele. Isto significaria o encerramento das investigações. Daí as atitudes extremas de interditar a rua e queimar um ônibus, ações que reforçaram uma provável ligação de traficantes com o caso, considerando a forma de agir. Neste cenário, os familiares das vítimas seriam massa de manobra, induzidos a crer na versão mais conveniente para os traficantes locais.



    Outro ponto destacado por Uriel Alcântara é que o suposto sequestrador foi mantido vivo. O procedimento normal, levando-se em conta a forma de agir dos traficantes, seria a eliminação do elemento. Porém ele não foi morto, mesmo confessando ligação com o sumiço das crianças. O delegado comentou sobre esta contradição e fez a seguinte declaração ao G1: " Como é que um cara aparece torturado com eles, dizendo que era o cara? Amarrado, com um cartaz? O cara confessa e o tráfico não mata, seja o que for que ele tenha confessado.Então isso é estranho. Se passou muito tempo. A gente achava que não seria possível isso no início. Depois de praticamente um mês, a gente começa a repensar a possibilidade de ter sido o tráfico".

    




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