"A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas se encerra hoje. Os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal agendaram os atendimentos com antecedência, via internet ou telefone, e disponibilizaram em todo o país 230 pontos para a doação de material genético".
A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas se encerra hoje. Os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal agendaram os atendimentos com antecedência, via internet ou telefone, e disponibilizaram em todo o país 230 pontos para a doação de material genético. O objetivo é abastecer o banco de perfil genético nacional criado em 2013. Antes da iniciativa do Governo Federal, havia apenas 3 mil amostras, quantidade pequena, considerando os 80 mil desaparecidos por ano, registrados oficialmente, no Brasil.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro esclarece em site oficial que o material genético coletado será comparado semanalmente com corpos não identificados, através de dados armazenados em uma Rede Nacional Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG / MJSP). Deste modo, a busca por desaparecidos tem um grau de alcance maior, indo além dos limites estaduais, abrangendo o Brasil inteiro. Também estão incluídas no contexto pessoas com identidades desconhecidas. Elas também podem ser identificadas através de amostras-referência que integram os bancos de DNA.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) coordenou os trabalhos em parceria com governos estaduais, coletando material genético de familiares de pessoas que estivessem desaparecidas há mais de 30 dias, mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência. Vale destacar que muitos casos de desaparecimento não foram registrados na época do sumiço, havendo desta forma a necessidade da emissão de um B.O. para que a coleta de DNA fosse realizada posteriormente. Delegacias especializadas, como a DDPA/RJ e a DPDE / ES, cientes deste problema, se prontificaram a fazer os documentos nos dias de coleta.
É importante que os familiares de pessoas desaparecidas que não conseguiram participar desta campanha de coleta de DNA, estejam cientes de que existe a possibilidade dos trabalhos continuarem, mesmo após o término do evento. Portanto devem se informar em seus respectivos estados. O Espírito Santo já confirmou que vai continuar a realizar coletas de DNA. A perita criminal Bianca Bortolini Merlo falou ao site A Gazeta sobre a medida: " A campanha foi para intensificar e as pessoas terem conhecimento de que agora existe esse serviço. Após a campanha, o trabalho vai continuar, vai virar um atendimento às famílias dos desaparecidos".
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