quarta-feira, 23 de junho de 2021

ALERTA PRI NÃO É CUMPRIDO PELAS OPERADORAS DE TELEFONIA MÓVEL NO RIO

    


   Assinada pelo governador Cláudio Castro, em 18/3/2021,  a lei 9182/2021,  o Alerta Pri, não está sendo cumprida. As operadoras de telefonia móvel não aderiram à rede, alegando  despesas relativas ao envio de informações. O projeto tem base no Alerta Amber americano, colocado em prática com o auxílio de instituições públicas e privadas. O êxito foi grande, a ponto destas ações não ficarem restritas aos Estados Unidos, sendo adotada por outros países.








    A  rede visa agilizar os trabalhos de busca e localização, de maneira que a criança ou adolescente desparecido seja encontrado em um espaço de tempo menor. A estrutura do projeto fluminense é mais simples, tendo, inicialmente, as operadoras de telefonia como transmissoras de informações. Porém, independente disto, a lei é muito providencial, pois o estado, segundo os dados da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA),  registrou entre janeiro e  maio deste ano 70 desaparecimentos infantis, dentre os quais 18 permanecem sem solução. As outras 52 ocorrências foram resolvidas. As crianças foram localizadas, mas certamente o índice seria muito melhor com a implantação do Alerta Pri. 




    No último 25 de maio, Dia Internacional da Criança Desaparecida, mães de crianças desaparecidas fizeram  um ato em frente à  Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), apelando às operadoras de telefonia móvel que estas cumprissem a lei e aderissem ao Alerta Pri. As empresas possuem papel fundamental na estrutura da rede. Elas repassariam os dados, recebidos da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA),  ao grande público via mensagem de texto ou por apps de mensagem. Teriam a função de disseminar as informações acerca do desaparecimento de uma criança entre os clientes do Estado do Rio de Janeiro. 





     O problema do desaparecimento infantil não fica restrito apenas ao governo. Este, em que esfera for, tem obrigação de agir, implantar medidas preventivas e planejar ações de busca e localização de um menor desaparecido, mas para que o processo flua e dê certo é necessário o engajamento da sociedade. No caso das operadoras de telefonia, até então, as despesas ficariam restritas somente ao estado do Rio e o apoio à causa dos desparecidos renderia muito no que diz respeito à empatia do público. Uma oportunidade de marketing social única, tendo como base a participação destas empresas em uma iniciativa inovadora, que tem como objetivo principal salvar vidas de crianças e adolescentes com paradeiros ignorados. 

   


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