sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: ATUALIZAÇÃO

 





"Também foi destacado que a participação de traficantes do morro Castelar é o foco principal dos investigadores. Procedendo esta informação, conclui-se que o resultado de exame de DNA das roupas sujas de sangue é relevante, porém não é a prioridade da linha de investigação determinada pela polícia".



    Diante das especulações não confirmadas, envolvendo até a possibilidade de morte dos menores, a Polícia Civil do RJ, por meio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), trabalha na busca pelos meninos. As investigações estão em andamento, o governador em exercício Cláudio Castro disponibilizou toda as forças de segurança do estado e apelou à população que informasse à polícia, caso tivesse alguma pista que levasse à localização dos garotos.




   A polícia já checou câmeras de segurança, fez incursões em comunidades, chegou a trocar tiros com traficantes, caminhou por trilhas e nenhum sinal das crianças foi encontrado. É justamente esta falta de evidências, não há sequer um elemento que aponte para uma provável localização dos 3 desaparecidos, que reforça a importância do resultado do exame de DNA das roupas ensanguentadas encontradas com o suspeito.



    Em 27/1/2020, quando o sumiço das crianças completou 1 mês,  reportagem do jornalista Leandro Resende, publicada no site da CNN, relatava que a polícia já ouviu mais de 29 pessoas nas investigações relativas ao desaparecimento dos meninos. Também foi destacado que a participação de traficantes do morro Castelar é o foco principal dos investigadores. Procedendo esta informação, conclui-se que o resultado de exame de DNA das roupas sujas de sangue é relevante, porém não é a prioridade da linha de investigação determinada pela polícia.



    Os dados citados sobre o caso são os pontos que vieram a público. Segundo a reportagem citada anteriormente, existem mais elementos. Porém estão mantidos  sob sigilo. O Disque-Denúncia RJ - contato 2253-1177 - já recebeu ligações que delataram o envolvimento de milicianos e um possível avistamento das crianças no Espírito Santo. Nada foi comprovado até então. Ainda sobre as informações que estão chegando à polícia, o Secretário Geral de Polícia Civil, Alan Turnovsky, afirmou: "Várias pistas estão surgindo, umas sendo seguidas e outras descartadas". 





quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

CRIANÇAS DESAPARECIDAS: MÁRTIRES




"Segundo o dicionário Caldas Aulete, mártir é "quem sofre intensamente por alguma coisa, vítima". O termo se enquadra perfeitamente ao contexto das crianças desaparecidas. Muitas delas foram literalmente martirizadas por criminosos em todas as partes do mundo". 



    

  Segundo o dicionário Caldas Aulete, mártir é "quem sofre intensamente por alguma coisa, vítima". O termo se enquadra perfeitamente ao contexto das crianças desaparecidas. Muitas delas foram literalmente martirizadas por criminosos em todas as partes do mundo. Considerando o Brasil, o caso Carlinhos, ocorrido há quase 50 anos, é o desaparecimento de maior notoriedade. Expandindo a abrangência para os Estados Unidos, há 2 ocorrências icônicas. Etan Patz e Amber Hagerman. Os sequestros aconteceram no final dos anos 70 e em meados dos anos 90, respectivamente. Na europa, o desaparecimento  da pequena Madeleine McCain, ocorrido no final da década de 2000, é referência entre as crianças de paradeiro ignorado. Destes 4 casos, 2  apresentaram finais trágicos. Os outros não foram concluídos, deixando dúvidas permanentes em relação à vida ou morte dos desaparecidos, diante da falta de pistas, que vão se esvaindo com o  passar do tempo. O quadro gera uma associação direta entre a falta de respostas e o aumento da tensão dos familiares.Um meio no qual imperam suposições e probabilidades,  elementos  contrários às certezas almejadas.



    Em termos de Brasil, o caso Carlinhos, desaparecimento ocorrido em 1973, é o mais marcante. Quase 50 anos depois, o sequestro não teve solução. Certamente pelas falhas nas investigações, um trabalho amador realizado na época, ainda mais se comparado aos procedimentos atuais.  O garoto foi arrebatado dentro de casa, no bairro de Santa Tereza, Rio de Janeiro. Informações desencontradas, conflitos familiares, prisões e o final do casamento dos pais foram parte da história que permanece em aberto. Até hoje não há sinais do menino, na época estava com apenas 10 anos. Vários homens já se apresentaram como o desaparecido, mas exames de DNA provaram o contrário. Embora Carlinhos esteja sendo lembrado aqui como um mártir dentro do contexto das crianças desaparecidas brasileiras, seu corpo, ao contrário de outras crianças que infelizmente tiveram o fim trágico constatado, nunca foi encontrado. Portanto a morte jamais foi confirmada. A citação é vinculada à referência na qual se tornou o menino, dentro da abordagem histórica do caso.  Sem dúvida, qualquer pesquisa ou estudo acerca de crianças desaparecidas no Brasil, terá o nome de Carlos Ramires em seu conteúdo.   






   Etan Patz desapareceu em 25 /5/1979, aos 6 anos. Posteriormente, 4 anos depois, a data veio a ser conhecida como o Dia Internacional da Criança Desaparecida. O menino, que saíra sozinho pela primeira vez,  estava a caminho da escola. Se dirigia a um ponto de ônibus, no bairro de Lower, Nova York,  mas houve algo no trajeto. O garoto jamais chegou ao destino. O desaparecimento teve grande repercussão nos Estados Unidos. Influenciou no movimento por crianças desaparecidas, impulsionando novas leis e procedimentos  para localizar menores que tivessem o paradeiro ignorado. Infelizmente os novos recursos técnicos, nem mesmo as fotos estampadas no verso das caixas de leite, foram insuficientes para se chegar  à localização de Etan. A prova disto é que em 2001 a morte do menino foi oficialmente reconhecida, embora o corpo não tenha sido encontrado. As investigações foram reabertas em 2010. Os resultados apareceram 2 anos depois. Pedro Hernandez, na época do desaparecimento tinha 18 anos e trabalhava em uma bodega da vizinhança, confessou ter sequestrado e matado Etan. Ele conta que abordou o menino na rua. Prometeu uma soda e atraiu a criança para um porão, local em que estrangulou a vítima. O corpo foi jogado no lixo. O argumento da defesa, alegando que o réu assumiu a culpa porque era esquizofrênico, não adiantou. A sentença final veio  em 18/4/2017. O assassino foi condenado à prisão perpétua, mas há possibilidade de deixar o cárcere após cumprir 25 anos.




     Amber Hagerman andava de bicicleta, no Texas, em janeiro de 1996, quando foi arrastada por um estranho para dentro de uma pick-up. Ficou desaparecida por 4 dias. As buscas terminaram quando um homem, que passeava com o cachorro, encontrou o corpo da menina a 12 Km do local do sequestro. Amber, de apenas 9 anos, estava despida e tinha a garganta cortada. O criminoso não foi encontrado. Porém o assassinato brutal teve como consequências a Lei de Proteção à Criança Amber Hagerman, redigida pelo congressista Martin Frost,  a sanção, por parte do presidente Bill Clinton, do projeto de criação do cadastro de criminosos sexuais e o  Alerta Amber. Este último é muito relevante. Ajudou na localização de 767 crianças entre abril e julho de 2015, um curto espaço de tempo. Trata-se de uma rede de comunicação baseada em ações entre o meio público e o privado. Autoridades competentes, veículos de comunicação - emissoras de rádio, canais de TV e internet - atuam no processo de divulgação de crianças desaparecidas.  Além dos Estados Unidos, outros países adotaram o sistema.  México, Holanda Austrália, Canadá, França e Reino Unido são exemplos. Estrutura semelhante, envolvendo as operadoras de telefonia celular, será implantada no Rio de Janeiro em 2021. 



    Outra mártir infantil conhecida mundialmente é a inglesa Madeleine McCann, desaparecida em Portugal. Ela estava hospedada com os pais em um hotel. Em 3/5/2007, o casal deixou a filha, de apenas 3 anos, sozinha no quarto. Saíram para jantar. Quando voltaram não encontraram a criança. Hoje, 13 anos depois, as investigações estão em andamento. Até o envolvimento dos pais foi cogitado e posteriormente descartado. Também apareceram garotas que poderiam ser Madeleine, alarmes falsos. Em 2020, a polícia chegou a  Christian B. Um alemão de 43 anos envolvido com pedofilia. Ele está detido em Kiel. Ele morava na região do Algarve entre 1995 e 2007. Envolvimento com tráfico de drogas e roubo foram outros fatores que levaram o homem a ter mais problemas com a justiça. O progresso nas investigações ainda não trouxe resultados. Até então a criança não foi localizada e indícios apontam para uma possível morte, segundo o  promotor de Braunschweig, Hans Christian Wolters. Porém o corpo não foi encontrado. Por isto a polícia inglesa, parte integrante da equipe de investigação,  ainda trata o caso como desaparecimento.





        

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

DESAPARECIMENTO INFANTIL NO RIO DE JANEIRO

     












 "A criação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) foi um alento diante do cenário desfavorável. Familiares de desaparecidos, incluindo as crianças, passaram a ter uma referência em relação às ocorrências, contando com um órgão de ação mais específica, setorizada. Trata-se de uma abordagem especializada". 





    O desaparecimento dos 3  meninos de Belford Roxo, Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique, respectivamente 8, 10 e 11 anos de idade, completará 1 mês em 27/1/2021. Até então a polícia não tem conhecimento do paradeiro das crianças. As investigações, responsabilidade da DHBF, correm em meio a vários relatos desencontrados, trotes e informações não comprovadas. Até a versão de que os garotos estão mortos chegou a familiares, porém nada foi confirmado. O dado mais concreto foi a prisão de um suspeito que possuía no celular material de pornografia com menores  e tinha em casa roupas infantis sujas de sangue. A expectativa fica por conta do exame de  DNA. O material genético de familiares dos menores desaparecidos foi coletado. 













      Este caso de Belford Roxo não é uma exceção à regra no Rio de Janeiro. Aqui no Ccdesap  já foram abordadas várias ocorrências sem solução. Há crianças desaparecidas por um longo tempo.  Alguns desaparecimentos já completaram mais de uma década. Outros estão próximos de completar 20 anos. Várias postagens já abordaram este tema. " CRIANÇAS DESAPARECIDAS: MENINAS DO RIO" e "SEQUESTROS EM SÉRIE NO RIO" , ambas publicadas em 2015, são exemplos. Os questionamentos permanecem, principalmente, em relação ao estado em que se encontram as crianças, hoje adultas, no que diz respeito à integridade física. A dúvida de vida ou morte é fato comum nesta situação, ficando ainda mais intensa nos casos não solucionados. Trata-se de um cenário no qual o tempo é o pior inimigo. 










    A criação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) foi um alento diante do cenário desfavorável. Familiares de desaparecidos, incluindo as crianças, passaram a ter uma referência em relação às ocorrências, contando com um órgão de ação mais específica, setorizada. Trata-se de uma abordagem especializada. A utilização de técnicas como a progressão digital de idade, realizadas pelo Núcleo de Envelhecimento da unidade policial, são um exemplo. Porém esta estrutura ainda não é suficiente para solucionar determinados casos. 









   Um ponto positivo no Rio de Janeiro é que a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) já atuou na localização de mais de 3 mil crianças. Tendo como referência o mês de janeiro de 2021, a entidade divulgou neste período, até o dia 24, a localização de  11 crianças com idade de 8 a 16 anos, desaparecidas entre os dias 11/12/2020 e 22/01/2021. Destaca-se que entre estas ocorrências concluídas houve uma exceção, cuja resolução foi mais demorada. Trata-se de uma menor que tinha o paradeiro ignorado desde setembro de 2019.  A atuação da FIA também ajudou em um caso além das divisas do estado. Uma menina desaparecida em  Belo Horizonte está entre as crianças localizadas.





sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

CRIANÇA DESAPARECIDA: CASO BRAYAN RAAB FONSECA

   



"Brayan Raab Fonseca desapareceu em  19 /6/2017, com apenas 1 ano e 11 meses, prestes a completar 2 anos de idade. Foi avistado pela última vez próximo à casa em que morava, perto do rio Ribeira, no município de Cerro Azul / PR". 






  Brayan Raab Fonseca desapareceu em  19 /6/2017, com apenas 1 ano e 11 meses, prestes a completar 2 anos de idade. Foi avistado pela última vez próximo à casa em que morava, perto do rio Ribeira, no município de Cerro Azul / PR. Ele estava brincando, enquanto os pais trabalhavam com lenha no quintal.  O paradeiro do menino é ignorado há quase 4 anos. 




    A hipótese da criança ter caído no rio foi cogitada. O relato de um vizinho, dizendo ter visto rastros às margens do rio, reforçou a possibilidade. Porém o fato não se confirmou. Várias buscas foram realizadas na região, contando até com cães farejadores do Corpo de Bombeiros, sem êxito. Vale destacar que os trabalhos, comandados pelo capitão Daniel Lorenzetto - Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) -  foram a longo prazo. Duraram cerca de 20 dias, abrangendo as proximidades do rio e a vizinhança.




    O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (SICIRIDE) tem a responsabilidade de investigar o caso. Sem pistas acerca do paradeiro da criança, atualmente deve ter por volta de 4 anos, o site da delegacia especializada expõe a foto do menino, divulgando informações como data e local de desaparecimento, as características físicas do garoto e as roupas que trajava, quando foi avistado pela última vez. Em novembro de 2017, a Polícia Civil do Estado do Paraná emitiu nota sobre o caso.  Destacou a atuação do SICRIDE nas investigações, defendendo que a unidade adotou, "de forma imediata", os procedimentos necessários para a localização de Brayan.



    A mãe de Brayan, katrini Raab, manifestou-se nas redes sociais - página Em Busca de Brayan - , quando o desaparecimento do filho completou 3 anos. Ela escreveu: Hoje faz três anos que nossa vida foi roubada de nós, é impossível explicar a dor da saudade, só quem está na mesma situação sabe, são dias de noite de uma dor que não tem remédio onde a única cura é a morte, mas ao seu redor existem pessoas que precisam de você que dependem e você, então você tenta ser forte, mas de repente você desaba , você não vê mais a luz no fim do túnel então você começa a viver por viver, vive pelos outros não mais por você".




      

    

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: COLETA DE MATERIAL GENÉTICO DAS MÃES

 



"As investigações continuam. O envolvimento de traficantes é considerado e várias diligências já foram realizadas. Também foram checadas imagens em câmeras de segurança, mas não houve êxito. A expectativa fica por conta do resultado do exame de DNA, focando as roupas sujas de sangue encontradas com o suspeito". 



    

     As roupas infantis sujas de sangue, encontradas na casa do suspeito de envolvimento no sumiço dos 3 meninos de Belford Roxo/RJ, - Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique - podem trazer novas pistas para o caso. O material genético das mães será coletado para confirmar, via exame de DNA, se o sangue é das crianças.  A possibilidade aumenta a tensão dos familiares, ainda mais que, até então, não surgiram indícios que apontassem para uma provável localização dos menores.







    Desde o dia 27/12/2020, data do desaparecimento dos meninos, informações falsas e trotes chegaram aos familiares dos desaparecidos e à polícia. Relatos de avistamento dos meninos em vários lugares, Baixada Fluminense, passando pela zona oeste e chegando ao centro do Rio, não foram confirmados. Até uma suposta fotografia dos 3 garotos em um ônibus foi exposta nas redes sociais, mas não há certeza se as crianças da foto são eles. 





    A demora na localização traz à tona mais incertezas. A possibilidade de morte das crianças passou a ser cogitada. A mãe do menino Fernando Henrique não descarta a hipótese. A Avó dos primos Lucas Matheus e Alexandre teve acesso a uma versão não confirmada de que os netos foram baleados pelas costas, quando fugiam, após a tentativa de roubarem um pássaro. Neste mesmo episódio, o garoto Fernando Henrique teria sido vítima de pauladas.





    A polícia não confirma estes fatos. As investigações continuam. O envolvimento de traficantes é considerado e várias diligências já foram realizadas. Também foram checadas imagens em câmeras de segurança, mas não houve êxito. A expectativa fica por conta do resultado do exame de DNA, focando as roupas sujas de sangue encontradas com o suspeito. Este, sem dúvida, pode ser um divisor de águas na apuração dos fatos, aproximando o caso de um desfecho. 








segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

ALERTA AMBER NO RIO DE JANEIRO

  



"A Delegacia de Descobertas de Paradeiro(DDPA) terá papel relevante neste processo. Caberá ao órgão repassar os dados dos menores desaparecidos às operadoras de telefonia móvel. Foto, nome, idade, características físicas e local de desaparecimento serão incluídos nas mensagens". 


Os Estados Unidos possuem inúmeras ocorrências  de desaparecimento infantil. Vários destes casos ganharam notoriedade nacional e até mundial. Entre as crianças desaparecidas  mais citadas,  aparece Amber Hagerman. Ela tinha 9 anos de idade, quando foi sequestrada em janeiro de 1996 , no Texas. A menina, segundo o relato da única testemunha, Jim Kevil,   foi  arrastada por um homem para dentro de uma pick-up. Amber ficou desaparecida por 4 dias. As buscas chegaram ao fim, quando o corpo da criança foi encontrado, despido e com a garganta cortada, em uma vala. Um homem que passeava com o cachorro se deparou com a triste cena, a  pouco mais de 12Km do local do sequestro, e avisou às autoridades.




    A consequência do crime, até hoje não solucionado, foi a criação do Amber Alert ou Alerta Amber. Trata-se de uma rede de comunicações que tem  base em ações entre os meios público e privado. As autoridades e os veículos de comunicação, envolvendo emissoras de rádio, televisão e internet, atuam em um processo de divulgação dos casos de crianças desaparecidas. Os espaços públicos também são utilizados e as divulgações das crianças desaparecidas obedecem critérios particulares de cada região.





    No Rio de Janeiro, em 2021, uma estrutura semelhante à norte-americana será implantada.  A base será a comunicação via celular, por meio de mensagens das operadoras. As informações serão enviadas por SMS e Whatsapp.  O projeto de lei do deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL) foi sancionado pelo governador em exercício Cláudio Castro. Trata-se da lei 9.182/21, que será  regulamentada em até 90 dias.



   A Delegacia de Descobertas de Paradeiro(DDPA) terá papel relevante neste processo. Caberá ao órgão repassar os dados dos menores desaparecidos às operadoras de telefonia móvel. Foto, nome, idade, características físicas e local de desaparecimento serão incluídos nas mensagens. É uma atitude relevante, a partir do momento em que aproximadamente 40 mil crianças desaparecem anualmente no Brasil. Só no Rio de Janeiro, em maio de 2020, conforme dados do Governo do Estado expostos no RJ.GOV.BR , 575 crianças estavam desaparecidas.





sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: NOVOS RUMOS NA INVESTIGAÇÃO

    

     



"A mãe de Fernando Henrique, Tatiana da Conceição, disse ao jornal Extra: Já não sei mais se meu filho está vivo ou não. Fico o tempo todo chorando em casa.Tenho outros 2 filhos pequenos que vivem perguntando pelo irmão".





    Os meninos de Belford Roxo, Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique, continuam desaparecidos, porém as investigações ganharam novos rumos. Familiares das crianças levaram à força para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), um suspeito de envolvimento no caso. A polícia não encontrou vínculo entre o homem e o sumiço dos garotos. Portanto a liberação era inevitável. 



    Inconformados com a saída do suspeito, os familiares e vizinhos dos menores intensificaram o protesto que faziam em frente à DHBF. Um ônibus foi queimado durante a ação, fato que chamou a atenção dos policiais para um possível envolvimento de traficantes no caso, pois colocar fogo em transportes coletivos  é um modus operandi do tráfico. 




    Na quarta-feira, dia 13/1/2021, o delegado Allan Turnovsky , Secretário-Geral de Polícia Civil, confirmou que "várias pistas estão surgindo, umas sendo seguidas e  outras não". A polícia permanece fazendo diligências sem resultado. A novidade é que roupas ensanguentadas foram encontradas na casa do suspeito. Exames de DNA confirmarão se o material genético é dos garotos. Sobre o suspeito, este não foi liberado imediatamente. Acabou preso, mas por envolvimento em outro caso, no qual estava abusando de menores, conforme expôs a perícia feita no celular do homem. A soltura só veio com pagamento de fiança.





    Hoje a polícia fez uma diligência no morro Castelar. Procurava pistas dos 3 meninos desaparecidos. Recebidos a tiros, os policiais revidaram e mataram 3 homens. O fato reforça a possibilidade de participação de traficantes no desaparecimento das crianças. O cenário preocupante leva os familiares a cogitar a morte dos menores, diante da falta de informações acerca do paradeiro dos garotos.  A mãe de Fernando Henrique, Tatiana da Conceição, disse ao jornal Extra: Já não sei mais se meu filho está vivo ou não. Fico o tempo todo chorando em casa.Tenho outros 2 filhos pequenos que vivem perguntando pelo irmão.




quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

CRIANÇA DESAPARECIDA: CASO ELICEIA SILVEIRA

 

"Eliceia Silveira desapareceu,  aos 9 anos,no bairro Agronômica, em Florianópolis/SC. A menina foi à farmácia comprar um remédio para o irmã mais nova. Chegou ao destino, mas não retornou para casa. Era dia 18/3/1995". 





    Eliceia Silveira desapareceu,  aos 9 anos,no bairro Agronômica, em Florianópolis/SC. A menina foi à farmácia comprar um remédio para o irmã mais nova. Chegou ao destino, mas não retornou para casa. Era dia 18/3/1995. Há quase 26 anos o paradeiro da criança, hoje uma mulher com 34, 35 anos, é ignorado. Trata-se de um dos casos mais conhecidos e  antigos de desaparecimento infantil em Santa Catarina e consequentemente no Brasil.  



     Em duas oportunidades apareceram meninas afirmando ser Eliciea. Eram alarmes falsos, que trouxeram esperança à mãe em um primeiro momento,  desencadeando posteriormente uma sensação maior de angústia, após a constatação de que nenhuma das jovens que se apresentaram eram a  filha desaparecida. Uma delas chegou a alisar e tingir o cabelo para ficar mais parecida fisicamente com Eliceia. Uma tentativa de ludibriar a mãe que estava à procura da filha, confirmada por um exame de DNA.



    Em depoimento de 2 minutos, registrado pelas câmeras da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC) em 2011, a mãe de Eliceia, Maria Inês Silveira, fez uma breve explanação acerca do drama pelo qual passa desde o desaparecimento da filha. Ela afirmou que vive doente e sofrendo, devido à hipertensão, ao diabetes e à depressão. Acrescentou que não sabe o que aconteceu a garota na volta da farmácia  para a residência. Disse que a única certeza é que " alguém pegou ela e levou ela na marra".




        A eterna espera na qual se transforma a vida dos familiares de uma criança desaparecida, principalmente a mãe, não se restringe somente à apreensão no que diz respeito à dúvida em relação à vida ou morte do filho. As informações falsas, os julgamentos das redes sociais, muito comuns nos dias atuais, e  outros elementos mais particulares,  também são fatores que refletem diretamente no relacionamento familiar e afetam, inclusive, os filhos que permaneceram junto aos pais. Em determinados casos, estes ficam relegados a segundo plano, a partir do momento em que os genitores passam a viver em função da ausência do filho arrebatado.