"Clubes do futebol brasileiro também abraçaram a causa das crianças desaparecidas realizando inciativas próprias. Têm em suas redes sociais publicações focando o assunto. Palmeiras - Mascotes Ausentes - , Atlético / MG - Galo Pelas Crianças - e Coritiba - Eles Fazem Falta - , são os exemplos a serem seguidos".
O meio do futebol tem realizado ações voltadas para as crianças desaparecidas através dos clubes e das seleções. Um exemplo disto foi a participação do Bayern de Munique, em 2010, na campanha Alemanha Ajude a me Achar. O assunto foi abordado pelo CCDesap na postagem O FUTEBOL E AS CRIANÇAS DESAPARECIDAS, em setembro de 2015. Trata-se do lado social deste esporte, que apesar de ter assumido um caráter totalmente profissional, ainda tem uma relação humana não apenas com os torcedores mais próximos, como também com a sociedade em geral. O indiscutível apelo popular faz com que os estádios e principalmente, nestes tempos de pandemia, as redes sociais, sejam vitrines ideais para expor o drama do desaparecimento infantil.
Neste ano a Roma expôs fotos de menores desaparecidos ao lado de 11 contratações feitas para reforçar o time na temporada. O resultado foi a localização de 6 crianças. A ação evoluiu para uma parceria entre o clube italiano e o International Centre for Missing and Exploited Children, que originou o projeto Football Cares. Mais de 200 clubes no mundo, incluindo brasileiros, aderiram à iniciativa. No dia 25 de maio, Dia Internacional da Criança Desaparecida, as instituições divulgaram vídeos e fotos, no Twitter, visando encontrar crianças desaparecidas. FIFA, Associação de Clubes Europeus(ECA) e Associação de Futebol Argentina (AFA) apoiaram o trabalho, que teve o alcance estimado inicialmente em 150 milhões de pessoas.
No Brasil, em setembro de 2016, a CBF exibiu, pela primeira vez, nas arquibancadas, fotos de crianças desaparecidas. Antes do início e no intervalo do jogo Brasil x Colômbia, voluntários carregavam cartazes com imagens dos menores. A ação rendeu frutos. Um menino, identificado como Kelvyn, sumido há 2 anos, foi localizado e retornou aos braços da mãe. A campanha, originada a partir de uma parceria com a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), seguiu adiante e foi incluída, já em 2017, na Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida, no período de 25 a 31 de março.
Vários clubes do futebol brasileiro também abraçaram a causa das crianças desaparecidas, realizando inciativas próprias. Flamengo e Fluminense fizeram em 2017 o projeto Escalação Solidária, parceria com a FIA, colocada em prática no Dia das Crianças, 12 de outubro. O êxito foi a recuperação de uma criança desaparecida. Luany Cristina dos Santos de Souza foi localizada. Posteriormente a esta ação, que alcançou 8.740.000 pessoas, surgiram movimentos idealizados por outros times. Palmeiras - Mascotes Ausentes - , Atlético / MG - Galo Pelas Crianças - e Coritiba - Eles Fazem Falta - , são outros exemplos a serem seguidos. As respectivas campanhas também são referências brasileiras no que diz respeito à relação futebol e crianças desaparecidas, considerando a relevância dos trabalhos e o grande número de pessoas que alcançam. Estas 3 instituições somam ao todo, só no Facebook, quase 8 milhões de seguidores.
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