No último fim de semana um caso de sequestro tomou conta das redes sociais. Uma criança foi sequestrada dentro de casa no município de Palhoça/SC, na noite de sexta-feira, dia 18/12/2020. A vítima era Fabíola Tormes. Ela tem apenas 4 anos de idade. Somente a mãe, Simone Torres Lima, estava com a menina e foi facilmente dominada pelos criminosos, ficando impossibilitada de reagir, devido às agressões que sofreu, enquanto tentava impedir que sequestrassem a filha. Uma situação atípica, que significava risco extremo à integridade física da garota arrebatada.
O sequestro foi uma ação ousada. Um casal jovem, que dias antes do crime havia se aproximado da casa em que a menor morava, invadiu, por volta das 21 horas, a residência na qual estavam a mãe e a criança. Agrediram a mulher à pauladas e arrebataram a menina, levando a menor para local ignorado. A primeira informação acerca do fato é que o carro usado pelos sequestradores foi um gol branco. A Polícia Civil de Santa Catarina foi acionada e iniciou as buscas por Fabíola.
As diligências, apesar dos trotes e informações falsas recebidas, resultando em uma perda de tempo relevante, levaram à localização da criança na madrugada do dia 20/12/2020. A menina foi encontrada, ao norte de Florianópolis, com vida, e o casal de sequestradores, nomes não divulgados, foi preso. Vale destacar que houve, segundo o relato de policiais, resistência à prisão por parte da sequestradora. Ela não queria soltar a vítima, mesmo diante da ordem de comando dos agentes. A polícia ainda não apurou a motivação do crime. As hipóteses de tráfico de pessoas, exploração sexual e até o sacrifício da criança em algum ritual de magia negra, havia brinquedos com aspecto macabro no cativeiro sujo, são possibilidades cogitadas.
O encerramento da entrevista foi marcado pela recomendação às famílias para evitarem a exposição de crianças em redes sociais. O argumento da delegada Eliane Chaves de que vários dados acerca dos menores são obtidos por criminosos ao acessarem os perfis abertos ao público é bastante convincente, a partir do momento em que as ocorrências de desaparecimento infantil são contínuas, confirmando a máxima de que o mal não dorme. Nome, endereço e até o colégio no qual a criança estuda são informações que facilitam este tipo de ação, viabilizando várias alternativas para um futuro sequestro infantil.
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