O Rio de Janeiro, até o dia 21 de dezembro, registrou oficialmente 172 casos de menores desaparecidos. Os dados foram trazidos a público pela Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). A entidade já atuou em inúmeros casos, colaborando para o retorno ao lar de mais de 3 mil crianças, através do programa SOS Crianças Desaparecidas.
Os 172 casos contabilizados em 2021 significam um aumento de 91% das ocorrências de desaparecimento infantil em um período de 2 anos. Em 2019 foram registrados 90 casos. No ano seguinte, 2020, desapareceram 148 crianças.
Considerando o ano que se encerra, das 172 ocorrências anotadas, ainda estão desaparecidas 16 crianças. Ao todo, 156 casos foram resolvidos, correspondendo a 92% de crianças e adolescentes localizados. Se há problemas no processo preventivo, pelo menos as buscas, apesar de vários problemas estruturais enumerados por familiares de crianças desaparecidas e autoridades que atuam na área, expõem um resultado positivo, mesmo que não seja o ideal, no que diz respeito aos casos registrados.
Os conflitos familiares são apontados como a principal causa de desparecimento de menores no Rio de Janeiro. Daí a comprovação de que as ações de prevenção direcionadas ao sumiço de crianças e adolescentes devem focar, além do trabalho policial, o meio social, que está ligado também ao contexto familiar. Muitos menores fogem de casa por sofrerem maus tratos. Abusos físicos e psicológicos são relatados por estes. A complexidade do cenário fica ainda maior, quando as subnotificações são citadas. O quadro fica ainda mais alarmante.
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