"A filha mais nova do casal, Cecília São José de Faria, 1 ano e 9 meses, brincava com o irmão de 3 anos, quando foi pegar uma bola atrás da cozinha. A partir daí, a menina não foi mais vista".
Uma viagem a Guarapari, modificou completamente a vida de uma família de Minas Gerais, que foi ao Espírito Santo durante o feriado de carnaval, em fevereiro 1976. As 9 pessoas - 3 adultos e 6 crianças - hospedaram-se em um condomínio fechado. A mãe das crianças tinha se submetido a um procedimento cirúrgico e precisava descansar, segundo uma recomendação médica. Infelizmente, os acontecimentos do passeio não levaram a mulher ao relaxamento, mas a uma tortura que durou até a sua morte, 45 anos depois, em 2021.
*Foto: Alexandre Mota
A filha mais nova do casal, Cecília São José de Faria, 1 ano e 9 meses, brincava com o irmão de 3 anos, quando foi pegar uma bola atrás da cozinha. A partir daí, a menina não foi mais vista. Após uma busca pelo condomínio, os pais de Cecília foram à polícia. O delegado expôs que não iria agir, pois qualquer ação de busca para localizar a criança assustaria os turistas. A suspeita é de que a menor tenha sido levada por sequestradores que estavam em um carro. A irmã da menina, Débora São José de Faria, declarou ao jornal O Tempo, em 2020: "Antes de Cecília sumir, parou em frente à casa em que a gente estava, uma Kombi branca. A gente acredita que ela tenha sido levada nesse veículo".
A família utilizou todos os recursos que tinha para reencontrar Cecília. O avô da criança alugou um avião e espalhou cartazes com a foto da neta desaparecida. Os pais realizaram buscas por conta própria. Eles retornaram por diversas vezes ao Espírito Santo e também viajaram para o Rio Grande do Norte, seguindo pistas de uma denúncia. Os esforços foram em vão.
A esperança de localizar Cecília reacendeu em 2021. Havia a possibilidade de uma mulher internada no Espírito Santo ser a bebê desaparecida em 2 de fevereiro de 1976. Ela, tratada carinhosamente como Clarinha, está em coma há 21 anos. A expectativa pelo resultado do exame de DNA durou 4 meses, de abril a agosto. O resultado deu negativo. O paradeiro de Cecília São José de Faria permanece ignorado.
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