"A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visa incentivar a doação de material biológico por parte dos familiares de desaparecidos, viabilizando a futura localização de pessoas com paradeiro ignorado".
A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visa incentivar a doação de material biológico por parte dos familiares de desaparecidos, viabilizando a futura localização de pessoas com paradeiro ignorado. Atualmente o Banco Nacional de Perfis Genéticos possui menos de 3 mil amostras de DNA de familiares de desaparecidos. Daí a necessidade de ampliar estes dados, permitindo que um maior número de pessoas seja incluído, pois os recursos tecnológicos asseguram a identificação do vínculo genético das pessoas encontradas com os familiares cadastrados no Banco. A coleta dos materiais será feita de 14 a 18 de junho de 2021, em todo o Brasil.
A ministra Damares Alves - Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos- participou de evento, no dia 25 de maio, promovendo a campanha de doação de DNA. Ela expôs a importância do trabalho, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública , que sediou a cerimônia, e o quanto esta ação pode influenciar positivamente na localização de desaparecidos. Disse ser um absurdo o fato do Brasil não ter ciência do número exato de crianças desaparecidas por ano. Afirmou que antes de saber quantas crianças desaparecem no país, é preciso saber quantas nascem. Enfatizou que o desaparecimento infantil é um perigo extremo para as crianças. O site da Agência Brasil publicou a declaração da ministra: " Ou a gente entende que as crianças estão em risco no Brasil, ou a gente entende que elas estão em perigo no país. Não dá mais para ficar apenas fazendo discursos bonitos, criar grupos de trabalho ou apresentar excelentes propostas legislativas que ficam anos tramitando".
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, fez um pronunciamento destacando o curto espaço de tempo para agir e a cobrança da sociedade em relação ao desaparecimento de crianças no país. Ele também tocou em um ponto delicado, que é o modo como os profissionais da área de segurança pública estão lidando com a situação, considerando que estes devem ser orientados a adotar uma postura correta, buscando a melhor maneira de lidar com um cenário desfavorável. Torres reconheceu que várias medidas relativas ao desaparecimento de pessoas devem ser tomadas, além da campanha da coleta de DNA que está sendo lançada. Expôs que o governo deve se fazer mais presente: "De certa forma, é uma omissão do Estado não se fazer presente e não ajudar a buscar estas pessoas, estas crianças, e buscar minimizar o sofrimento".
A coleta de material é indolor. Os familiares de desaparecidos que venham a doar material biológico devem ser, preferencialmente, pai, mãe, filhos e irmãos.Também serão aceitos pertences dos desaparecidos. Óculos, escova de dente, escova de cabelo, aparelho de barbear, anéis, alianças e até aparelho ortodôntico contêm DNA de seus respectivos donos. Vários postos serão colocados à disposição para o público. Vale destacar que o material genético coletado será utilizado apenas para esta finalidade. Trata-se de algo específico, voltado exclusivamente para os familiares de pessoas desaparecidas, tendo como objetivo a localização.
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