OPERAÇÕES POLICIAIS RESGATAM 67 CRIANÇAS E ADOLESCENTES EXPLORADOS SEXUALMENTE

     

"O êxito tornou-se ainda mais simbólico, porque 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A expectativa é que crianças e adolescentes registrados como desaparecidos estejam entre os menores resgatados". 

    Operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal e por várias Polícias Militares prenderam quadrilha com 124 elementos que exploravam sexualmente crianças e adolescentes. Foram resgatados das mãos dos criminosos 67 menores. As ações policiais tiveram âmbito nacional, incluindo o Distrito Federal e 26 estados. Foram iniciadas em 14 de maio e terminaram no dia 28. O Ministério da Justiça e Segurança Pública estava no comando. 

    

    A polícia atuou em pontos de exploração de menores nas rodovias federais e estaduais do Brasil. Investigou 2.617 endereços pelo país, através de procedimentos que incluem o setor de inteligência, além do uso de tecnologias capazes de cruzar dados, que serão registrados posteriormente em cartilhas utilizadas nos meio público e privado, em iniciativas de combate ao crime.

    A Polícia Rodoviária Federal resgatou na operação Oneesca IV 31 crianças, sendo que 10 sofriam exploração sexual. As demais, 21 restantes, estavam em situação de vulnerabilidade. Foram detidas 42 pessoas. A operação Parador 27, estava ao encargo das Polícias Militares,  recuperou  36 crianças e adolescentes, prendendo 82 pessoas. Estas ações, que contaram com mais de 5 mil policiais, também apreenderam 8 armas de fogo e 2.438kg de drogas. Elas integram o Projeto Mapear 2021. 

    O êxito tornou-se ainda mais simbólico, porque 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A expectativa é que crianças e adolescentes registrados como desaparecidos estejam entre os menores resgatados. O nome dos localizados não pode ser divulgado, porque a lei não permite. Mas a possibilidade de serem divulgadas localizações nos próximos dias, obviamente sem a exposição das circunstâncias, é real. Uma esperança de reencontro para as mães e familiares. Aguardemos!

AMOSTRA DO DNA DE FAMILIARES PARA AJUDAR NA LOCALIZAÇÃO DE DESAPARECIDOS

     

"A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visa incentivar a doação de material biológico por parte dos familiares de desaparecidos, viabilizando a futura  localização de pessoas com paradeiro ignorado".

    A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visa incentivar a doação de material biológico por parte dos familiares de desaparecidos, viabilizando a futura  localização de pessoas com paradeiro ignorado. Atualmente o Banco Nacional de Perfis Genéticos possui menos de 3 mil amostras de DNA de familiares de desaparecidos. Daí a necessidade de ampliar estes dados, permitindo que um maior número de pessoas seja incluído, pois os recursos tecnológicos asseguram a identificação do vínculo genético das pessoas encontradas com os familiares cadastrados no Banco.  A coleta dos materiais será feita de 14 a 18 de junho de 2021, em todo o Brasil.

    A ministra Damares Alves - Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos-  participou de evento, no dia 25 de maio, promovendo a campanha de doação de DNA. Ela expôs a importância do trabalho, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública , que sediou a cerimônia, e o quanto esta ação pode influenciar positivamente na localização de desaparecidos. Disse ser um absurdo o fato do Brasil não ter ciência do número exato de crianças desaparecidas por ano. Afirmou que antes de saber quantas crianças desaparecem no país, é preciso saber quantas nascem. Enfatizou que o desaparecimento infantil é um perigo extremo para as crianças. O site da Agência Brasil publicou a declaração da ministra: "  Ou a gente entende que as crianças estão em risco no Brasil, ou a gente entende que elas estão em perigo no país. Não dá mais para ficar apenas fazendo discursos bonitos, criar grupos de trabalho ou apresentar excelentes propostas legislativas que ficam anos tramitando". 

    O Ministro da  Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, fez um pronunciamento destacando o curto espaço de tempo para agir e a cobrança da sociedade em relação ao desaparecimento de crianças no país. Ele também tocou em um ponto delicado, que é o modo como os profissionais da área de segurança pública estão lidando com a situação, considerando que estes devem ser orientados a adotar uma postura correta, buscando a melhor maneira de lidar com um cenário desfavorável. Torres reconheceu que várias medidas relativas ao desaparecimento de pessoas devem ser tomadas, além da campanha da coleta de DNA que está sendo lançada. Expôs que o governo deve se fazer mais presente: "De certa forma, é uma omissão do Estado não se fazer presente e não ajudar a buscar estas pessoas, estas crianças, e buscar minimizar o sofrimento".

    A coleta de material é indolor. Os familiares de desaparecidos que venham a doar material biológico devem ser, preferencialmente, pai, mãe, filhos e irmãos.Também serão aceitos pertences dos desaparecidos. Óculos, escova de dente, escova de cabelo, aparelho de barbear, anéis, alianças e até aparelho ortodôntico contêm DNA de seus respectivos donos.  Vários postos serão colocados à disposição para o público. Vale destacar que o material genético coletado será utilizado apenas para esta finalidade. Trata-se de algo específico, voltado exclusivamente para os familiares de pessoas desaparecidas, tendo como objetivo a localização. 

EVENTO MARCA O DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA DESAPARECIDA NO RJ

 "No Rio de Janeiro, as manifestações pelo Dia Internacional da Criança Desaparecida aconteceram no centro da cidade. O público reduzido, consequência da pandemia, não refletiu a importância do evento. Haja vista que o ato das mães foi coberto por grande parte da imprensa, permitindo que elas, com suas próprias palavras, contassem o drama que vivem ao grande público".

O Dia Internacional da Criança Desaparecida, 25 de maio, data do desaparecimento de Etan Patz, 6 anos, em 1979, na cidade de  Nova York, foi lembrado no Brasil. O @ccdesap teve acesso em tempo real às manifestações no Rio de Janeiro, em  contato com Luciene Torres, presidente do Instituto Mães Virtuosas do Brasil, acompanhando o ato pelas crianças desaparecidas na Praça XV e em frente à Assembléia Legislativa. 

    O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, segundo informação  do deputado estadual Márcio Nakashima (PDT/SP), expõe que em 2020 ocorreram no Brasil 79 mil casos de desaparecimento. Deste total, 40 mil pessoas não foram encontradas. As crianças e adolescentes compõem 40% deste grupo.  Porém a quantidade ainda é maior, pois existe a subnotificação de casos.  As informações trazidas a público expõem apenas em parte a dimensão de um problema que é ignorado por grande parte da sociedade. Daí a necessidade de divulgar estas ocorrências, conforme fazem vários movimentos  de mães de desaparecidos pelo Brasil.

    No Rio de Janeiro, as manifestações pelo Dia Internacional da Criança Desaparecida aconteceram no centro da cidade. O público reduzido, consequência da pandemia, não refletiu a importância do evento. Haja vista que o ato das mães foi coberto por grande parte da imprensa, permitindo que elas, com suas próprias palavras, contassem o drama que vivem ao grande público. Também foi feito um apelo às operadoras de telefone para que aderissem ao Alerta Pri, conforme determina a lei 9182/2021, assinada em março deste ano pelo governador Cláudio Castro, referente à criação de uma rede com estrutura baseada no Alerta Amber americano. 

    Somente no estado do Rio, segundo a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), tomando por referência o período de janeiro a maio de 2021, 70 crianças desapareceram. Destes casos, 18 estão sem solução e 52 ocorrências foram concluídas com a localização dos menores. Nas entrevistas veiculadas no decorrer do dia, Luciene Torres, presidente do Instituto Mães Virtuosas do Brasil e mãe de Luciane Torres, desaparecida aos 9 anos, em agosto de 2009, falou o quanto é importante a união do público em torno da causa dos desaparecidos, a partir do momento em que qualquer um pode passar por esta experiência dramática. Ela disse: "Abrace esta causa, antes que ela te abrace".

DUAS MENINAS LOCALIZADAS NO RIO

 

"Neste mês de maio, duas meninas desaparecidas foram localizadas com vida no Rio de Janeiro. Esmeralda Laurinda de Oliveira e Rhayanne Fenelon Melo da Silva, ambas com 13 anos, já estão de volta ao convívio familiar". 

    Neste mês de maio, duas meninas desaparecidas foram localizadas com vida no Rio de Janeiro. Esmeralda Laurinda de Oliveira e Rhayanne Fenelon Melo da Silva, ambas com 13 anos, já estão de volta ao convívio familiar. A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) divulgou nas redes sociais que as meninas foram encontradas. 

    Esmeralda Laurinda de Oliveira desapareceu em 9/4/2021, na  Rocinha, zona sul do Rio. Ela saiu para brincar com as amigas e não retornou ao lar. A relação conflituosa com o pai levou a menina a fugir de casa e se abrigar no Vidigal, ajudada por uma amiga. Em 13/5/2021, Esmeralda foi encontrada e desculpou-se com o pai, que tinha a certeza de que a filha estava fora da comunidade.

    Rhayanne Fenelon Melo da Silva desapareceu em Campo Grande, zona oeste da cidade. A menina foi avistada entrando em um carro, no dia 2/5/2021. ela brincava com as amigas e não foi encontrada pela avó, quando esta foi chamá-la para o almoço. A avó, Jane de Souza Fenelon, fez vários apelos nos veículos de comunicação e nas redes sociais. Disse que a menina não levou pertences quando seguiu para a rua. Rhayanne foi localizada em 21/5/2021. 

     O desaparecimento de jovens, faixa etária entre 12 e 17 anos, no estado do Rio de Janeiro,  corresponde a 29% do total de desaparecidos. As regiões que possuem mais ocorrências são a Baixada Fluminense e a zona oeste da capital. Dados levantados pelo Ministério Público (MPRJ) apontam que 27 mil pessoas,considerando as ocorrências notificadas, estão desaparecidas em todo o estado, incluindo crianças, adolescentes e adultos. 

MÃES VIRTUOSAS: PROJETO IMPRESSO

  

"A distribuição deste material servirá como referência  no que diz respeito à prevenção de desaparecimentos, principalmente de crianças, descreverá a real situação das mães e famílias de desaparecidos, além de orientar acerca dos procedimentos a serem tomados em caso de desaparecimento".

    O Instituto Mães Virtuosas do Brasil planeja acrescentar aos trabalhos de divulgação um material impresso que explique de maneira mais detalhada a história dos desaparecidos. A presidente da entidade, Luciene Pimenta Torres, descreveu ao @ccdesap como pretende incluir nas ações de rua estes elementos, de maneira que a população fique mais ligada à causa dos desaparecidos. Ela disse: " Vê se a gente consegue fazer um material impresso para que as pessoas entendam mais o mundo dos desaparecidos."

    A ação já está delineada por Luciene. Junto com o  material impresso do Instituto Mães Virtuosas do Brasil, será entregue um cartaz da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA).  A abordagem também inclui uma explanação sobre os desaparecidos, através de uma conversa franca, importante para transmitir e coletar informações. Muitas pessoas se aproximam em busca de subsídios sobre o tema e por meio da troca de ideias, mesmo sem saber, fornecem dados relevantes. Algumas delas têm familiares desaparecidos e sequer registraram um Boletim de Ocorrência (B.O.). Isto corrobora o princípio de que há mais desaparecidos do que apontam os registros oficiais. 

    A distribuição deste material servirá como referência  no que diz respeito à prevenção de desaparecimentos, principalmente de crianças, descreverá a real situação das mães e famílias de desaparecidos, além de orientar acerca dos procedimentos a serem tomados em caso de desaparecimento. Trata-se de um registro impresso da atuação diária do Instituto Mães Virtuosas do Brasil, uma voz relevante no coro de  mães que gritam por socorro, ansiando reencontrar seus filhos desaparecidos. 

    A necessidade do retorno às ruas é grande. O trabalho de campo é importantíssimo. O contato presencial com a população faz com que as pessoas tenham noção da gravidade do problema que envolve os desaparecidos não apenas no Rio de Janeiro, como também em todo o Brasil. Trata-se de uma abordagem que vai muito além da frieza dos números estimados, desaguando em uma interação humana que pode resultar em futura localização de um desaparecido.

      

    

    

MÃES VIRTUOSAS: A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS DE RUA

 

   

"Uma ação marcante era o encontro mensal na praça Marechal Floriano, centro do Rio. Todas as segundas quintas-feiras do mês, as mães estavam presentes na escadaria da Câmara dos Vereadores".

 Luciene Torres, presidente do Instituto Mães Virtuosas do Brasil, destaca que os movimentos de rua , hoje prejudicados pela pandemia, têm relevância para o contexto da causa dos desaparecidos, permitindo que as mães levem ao público pessoalmente o drama pelo qual passam. Uma ação marcante era o encontro mensal na praça Marechal Floriano, centro do Rio. Todas as segundas quintas-feiras do mês, as mães estavam presentes na escadaria da Câmara dos Vereadores. Mesmo com a realização deste trabalho, além da exposição contínua dos casos na internet e a abordagem em veículos e comunicação, muitos ainda ignoram estas ocorrências, ficando à parte de uma situação que atinge um número de pessoas mais elevado do que apontam as estimativas  registradas .

    Os encontros em frente à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, na Cinelândia, atraem a atenção de pessoas que têm familiares desaparecidos e sequer registraram o sumiço dos entes queridos, ignorando os procedimentos a serem tomados diante de um quadro de desaparecimento.  Daí o trabalho de conscientização do Instituto Mães Virtuosas vem à tona, indo além da divulgação. A questão é mostrar a realidade das mães de desaparecidos, além de prestar-lhes assistência no que for possível, inclusive em termos psicológicos, e orientar as ações destas, envolvidas de maneira inesperada em uma situação desesperadora: o desaparecimento de um filho.

 O evento das mães atrai a atenção do público em geral. Os estudantes, por exemplo, demonstram interesse pelo assunto e se aproximam em busca de informações. Várias pessoas chegam perto para expor que também possuem parentes desaparecidos.  O mais surpreendente é que o trabalho das mães não fica restrito apenas ao público local. Vai muito mais além.Também chama a atenção de pessoas do exterior. O centro do Rio é um local de circulação intensa de turistas. Muitos deles se interessam em saber sobre os casos de desaparecimentos, mostrando-se receptivos à causa.

    A estrutura das reuniões na Cinelândia conta com o auxílio da Câmara Municipal. Na casa há políticos ligados à causa, como a vereadora Tânia Bastos (PRB), que conseguiu autorização para o  movimento ser realizado nas escadarias do prédio. Ela, que é madrinha do movimento das mães, também cedeu uma sala para o armazenamento dos materiais de divulgação e disponibilizava o café da manhã antes do começo da ação pelos desaparecidos.  Luciene disse ao @ccdesap que o acesso das mães à Câmara é liberado para o uso dos banheiros e bebedouros. Os vereadores também providenciaram a tenda para que as manifestantes não ficassem ao tempo e tivessem onde guardar seus pertences.  O tratamento do legislativo mostra um contraste em relação às denúncias de descaso de autoridades competentes nos processos investigativos que envolvem os trabalhos de busca e localização de desaparecidos, incluindo as crianças.  

MÃES VIRTUOSAS: HISTÓRIA

    

 O Instituto Mães Virtuosas do Brasil foi fundado há três anos. Busca suprir, principalmente, a necessidade das mães de desaparecidos, atuando na divulgação dos casos e no apoio às famílias - também amparadas pela FIA -,  focando não só as mães, como também pais, irmãos e avós. Este suporte é fundamental, pois o desaparecimento de um filho gera conflitos familiares e quadros depressivos, resultando até na separação de casais. Trata-se de um sofrimento que não fica restrito à mãe. A presidente do Mães Virtuosas, Luciene Torres, falou ao @ccdesap sobre a relevância de expor aos envolvidos que o sofrimento atinge os demais familiares: "Eu tento mostrar no grupo das mães o quanto é importante a gente também saber reconhecer que o nosso companheiro também está sofrendo o tanto quanto a gente". 

    Luciene Pimenta Torres disse ao @ccdesap que as dificuldades financeiras fazem parte do cotidiano dos familiares de desaparecidos. Expôs que as mães passam pelo dilema de continuar no emprego ou procurar o filho desaparecido. A busca pela criança geralmente é a opção escolhida. Ela atribui isto ao descaso das autoridades e afirma: "A gente tem uma polícia que não olha o desaparecimento com carinho.  A gente não encontra um acolhimento dentro das delegacias. A gente tem que buscar pista, a gente tem que fazer tudo e a gente também acaba ficando em um beco sem saída, porque a gente não é detetive, não é investigadora". 

    Outro ponto destacado pela presidente do Instituto Mães Virtuosas do Brasil é o não cumprimento da  Lei da Busca Imediata - 11.259/05 -. Várias denúncias de famílias de desaparecidos chamam a atenção para esta irregularidade, conforme foi mostrado na postagem "Lei da Busca Imediata", publicada pelo @ccdesap em fevereiro deste ano. Luciene critica o procedimento adotado pela polícia em declaração feita ao jornal O Dia: " As famílias dos desaparecidos continuam vítimas de atendimentos precários e descasos nas delegacias, que continuam reproduzindo o mito das 24 horas".   

     Quanto à ajuda psicológica, o grupo das mães no Whatsapp  tem entre os integrantes psicólogos que realizam os atendimentos através do aplicativo. Em determinados momentos, a fronteira entre a ação pela causa e a depressão é tênue. Daí a necessidade do auxílio de um profissional. Sobre esta situação, Luciene afirma: "Ou segura essa bandeira e vai para as ruas ou fica em uma cama deprimida. Eu escolhi a primeira opção. Então eu tenho tentado fazer este trabalho com as mães, de resgate de autoestima, e acima de tudo que elas entendam que precisam ser vistas para serem lembradas".

RHAYANNE FENELON MELO DA SILVA PERMANECE DESAPARECIDA

    

    " A menina Rhayanne Fenelon Melo da Silva, 13 anos, desaparecida em 2/5/2021, permanece com o paradeiro ignorado. Ela foi avistada pela última vez em Campo Grande, Zona oeste do Rio de Janeiro, entrando em um carro".

     A menina Rhayanne Fenelon Melo da Silva, 13 anos, desaparecida em 2/5/2021, permanece com o paradeiro ignorado. Ela foi avistada pela última vez em Campo Grande, Zona oeste do Rio de Janeiro, entrando em um carro. A região, depois da Baixada Fluminense, apresenta o maior número de ocorrências ligadas ao desaparecimento de pessoas. 

    Rhayanne vive com a avó, Jane de Souza Fenelon, há 5 anos. Moram em um condomínio do programa Minha casa, Minha Vida. Antes disto, vivia com as irmãs em um abrigo. A menina tinha o costume de ir sozinha ao supermercado e à escola, locais próximos à residência. Na mesma área, a 10 minutos de casa, está o posto de gasolina no qual as testemunhas viram a garota embarcar em um carro.

    No dia do desaparecimento, segundo relato da avó, a menina apresentou comportamento normal e antes de sair para brincar com as amigas, por volta de 10:30 da manhã,  fez questão de escolher a roupa que usaria à noite para ir à igreja. Também planejou fazer o cabelo à tarde. Ela não levou nada quando seguiu para a rua.  

     Jane , desesperada, afirma que vai a qualquer lugar buscar a neta. Faz um apelo para que caso alguém aviste a menina, entre em contato. A declaração dada ao programa Cidade Alerta / RJ - Record TV - , mostra o sofrimento causado pela ausência da neta. Jane diz: " Eu vou buscar, não tenho medo. Eu vou em qualquer lugar. Nem que seja mesmo ela até morta, mas eu quero ela". 

TRÊS MENINAS DESAPARECIDAS NO RIO

     

"O município do Rio de Janeiro tem 3 casos de desaparecimento infantil ocorridos neste anos, ainda sem solução. Aconteceram no estácio,  na Rocinha e em Campo Grande. envolvem meninas entre 12 e 13 anos".

    O município do Rio de Janeiro tem 3 casos de desaparecimento infantil ocorridos neste ano, ainda sem solução. Aconteceram no Estácio, na Rocinha e em Campo Grande. Envolvem meninas entre 12 e 13 anos. Vale destacar que 29% do total de desaparecidos do Estado do Rio de Janeiro são jovens entre 12 e 17 anos, segundo dados do Ministério Público (MPRJ). Atualmente há, no âmbito estadual, mais de 27 mil desaparecidos, considerando crianças, adolescentes e adultos.

  

*A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) anunciou em suas redes sociais a localização de Rhayanne no dia 21/5/2021.

    A menina Rhayanne Fenelon Melo da Silva, 13 anos brincava com as amigas no condomínio onde mora, por volta das 10 da manhã. A avó não encontrou a menina quando foi chamá-la para almoçar. Segundo testemunhas, a menor entrou em um carro. Não é avistada desde 2/5/2021. As buscas feitas por familiares e membros de uma igreja evangélica foram em vão.

*Localizada em 13/5/2021, na casa de uma amiga, no Vidigal. Não retornou ao lar, devido a conflitos familiares. Já reencontrou o pai e desculpou-se.

 Esmeralda Laurinda de Oliveira , 13 anos, desapareceu em 9/4/2021. Foi avistada pela última vez na comunidade da Rocinha. Ela saiu para brincar com as amigas e não retornou. Segundo o pai da menor, Luís Henrique Domingos de Oliveira, a filha deve ter saído da comunidade. Ele atribui o sumiço de Esmeralda à relação conflituosa que ambos tinham.

*Localizada em 18/6/2021, conforme informação publicada nas redes sociais da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). 

   Ana Clara Correa Xavier, 12 anos, desapareceu o bairro Estácio. Foi avistada pela última

 vez em 6/2/2021. Não há informações sobre o paradeiro da menor. A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) divulgou várias fotos da menina nas redes sociais. Houve vários compartilhamentos, mas a mobilização não foi o suficiente para localizar a garota. O motivo do desaparecimento é ignorado.