"O Instituto Técnico Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP) comunicou, em 17/11, que o corpo encontrado 5 dias antes, em um matagal, entre as comunidades África e Pajuçara, é do menino José Carlos da Silva, desaparecido desde 21/10/2020, em Natal/RN".
O Instituto Técnico Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP) comunicou, em 17/11, que o corpo encontrado 5 dias antes, em um matagal, entre as comunidades África e Pajuçara, é do menino José Carlos da Silva, desaparecido desde 21/10/2020, em Natal/RN. Ele tinha 8 anos de idade e desapareceu quando levava um suco para o irmão mais velho, que trabalhava no cruzamento entre as Avenidas João Medeiros Filho e Moema Tinoco, em um sinal de trânsito. O resultado muda definitivamente os rumos da investigação. A ocorrência agora é um homicídio. Esta perspectiva já existia antes da confirmação da identidade da vítima, pois indícios fortes deixavam claro que o cadáver era da criança desaparecida.
O caso foi abordado em 3 postagens do CCDesap: CRIANÇA DESAPARECIDA EM NATAL: O CASO JOSÉ CARLOS DA SILVA, CASO JOSÉ CARLOS DA SILVA E AS CRIANÇAS DO PLANALTO E CASO JOSÉ CARLOS DA SILVA:DESFECHO PRÓXIMO. A história do desaparecimento, as circunstâncias em que ocorreu o fato e até a hipótese de uma suposta ligação do sumiço de José Carlos com ocorrências anteriores foram comentadas. Também foram destacadas as reações dos familiares e as investigações da polícia, que corriam sob sigilo. A foto de um homem suspeito foi citada, mas até agora não há elementos que apontem para um responsável direto pelo crime. Por isto todas as linhas de investigação são consideradas, segundo o delegado Cláudio Henrique Freitas afirmou. A novidade é a entrada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nas investigações do caso, que agora é um homicídio.
A versão levantada por vizinhos, afirmando que o corpo estava escondido em local diferente do qual foi descoberto, veio à tona. A suposição de que o cadáver foi enterrado naquela região somente após as buscas policiais ganhou ainda mais força, porque cães farejadores passaram pelo lugar dias antes e não detectaram sinais dos restos mortais. Trata-se de mais um fator a ser acrescentado no contexto das investigações, que já é bastante complexa, diante das incertezas da polícia, desde o desaparecimento de José Carlos, no dia 21/10/2020.
O caso do desaparecimento de José Carlos da Silva foi concluído, diferente de casos anteriores, também ocorridos em Natal/ RN, que tiveram grande repercussão. O desaparecimento das crianças do Planalto permanece sem solução, mais de 20 anos depois. Certamente a criação de uma delegacia especializada viabilizou a evolução nos meios de investigação da polícia. Os trabalhos de apuração dos desaparecimentos anteriores não contavam com grupos especializados como o Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas (NIPD). Inclusive o delegado Márcio Delgado, que esteve à frente dos casos do Planalto, enumerou vários erros que comprometeram o fechamento das ocorrências. Estas ações não foram repetidas dentro do cenário atual, permitindo a conclusão do caso, mesmo não sendo um final feliz.
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