sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

JOVENS DESAPARECIDOS NA REGIÃO DOS LAGOS

    




"A Região dos Lagos, conhecida pela paisagem natural composta por maravilhosas praias,  também aparece nas redes sociais ligada a outro assunto: o desaparecimento infantil. Neste ano de 2021 já foram divulgados 2 desaparecimentos de menores, além de outro caso acontecido em 2017". 



     A Região dos Lagos, conhecida pela paisagem natural composta por maravilhosas praias,  também aparece nas redes sociais ligada a outro assunto: o desaparecimento infantil. Neste ano de 2021 já foram divulgados 2 desaparecimentos de menores, além de outro caso acontecido em 2017. Os municípios de Cabo Frio, Araruama e Maricá foram os cenários das ocorrências citadas.

    


    O primeiro caso, ocorrido em 2017, foi tema de publicação do @ccdesap em 24/2/2021, postagem MENOR COM TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS DESPARECE EM CABO FRIO/RJ. Trata-se do desaparecimento de Weslley Souza Gonçalves , na época com 17 anos. Atualmente ele tem 20, 21 anos. O menor, portador de transtorno psicológico, saiu de casa por volta de 1 hora da manhã e não foi mais visto. Uma cicatriz no rosto e tatuagens nas mãos, braços, pernas e costas são características que podem ajudar no reconhecimento do desaparecido. Conforme foi destacado na postagem, há um desencontro , intervalo de 1 mês,  em relação à data da ocorrência.




    Luiz Guilherme da Silva Casagrande, 15 anos, desapareceu no dia 15/1/2021, em Araruama. O caso foi destacado pelo @ccdesap na postagem CRIANÇA DESAPARECIDA NO RJ: LUIZ GUILHERME DA SILVA CASAGRANDE . Também foi abordado na publicação MENINOS DE BELFORD ROXO E LUIZ GUILHERME DA SILVA CASAGRANDE . O desaparecimento do jovem foi divulgado nas redes sociais da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) no final de janeiro.





    O caso mais recente aconteceu em Maricá. Luiz Carlos C. Herbstb, 15 anos, desapareceu em 9/2/2021. O desaparecimento está sendo divulgado nas redes sociais da FIA. Não há maiores informações. O número do Registro de Ocorrência (RO) é 082 - 01046/2021.




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO: MAIS UM CASO MARCANTE SEM SOLUÇÃO?





"O desaparecimento dos meninos de Belford Roxo, infelizmente, tem a possibilidade de se tornar um caso emblemático sem solução, figurando ao lado de sumiços de grande apelo  que não tiveram as investigações concluídas".





    O desaparecimento dos meninos de Belford Roxo - Lucas Matheus da Silva, Alexandre da Silva e Fernando Henrique Ribeiro Soares -, respectivamente 8, 10 e 11 anos de idade, está próximo de completar 2 meses. Foram avistados pela última vez, no dia 27/12/2020. Não há qualquer informação sobre o paradeiro dos menores. Os familiares fazem buscas paralelamente à polícia, já sofreram até acidente de carro na Avenida Brasil, mas não têm êxito. A falta de respostas persiste, apesar da grande quantidade de informações que chegam aos órgãos competentes. Na maioria das vezes são falsas.  Este cenário leva a uma direção preocupante, que ganha mais força com o passar do tempo, expondo indícios de que o caso está longe de ser solucionado.














    Trata-se de uma ocorrência atípica, 3 crianças desaparecidas simultaneamente sem deixar rastros. A polícia já fez inúmeras diligências, chegou a trocar tiros com traficantes no morro Castelar, mas não chegou aos garotos. O envolvimento de um suspeito foi descartado e uma suposta participação do tráfico  foi cogitada, dentro da investigação oficial. À parte, Rafael Alcadipani, especialista em segurança da Fundação Getúlio Vargas (FGV), levantou a hipótese de que o sumiço dos meninos estivesse ligado a uma possível ação da milícia.





    O Governador Cláudio Castro disponibilizou reforços para as equipes de investigação. Nas redes sociais se manifestou sobre o caso. Prestou solidariedade às famílias e pediu que a população informasse a polícia, caso tivesse pistas do paradeiro do trio de menores. O Governo do Estado também se faz presente através da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Esta última sediou reunião, no início de fevereiro, entre os familiares dos menores desaparecidos,  o Secretário Bruno Dauaire, e a Superintendente de Enfrentamento de Pessoas Desaparecidas Jovita Belfort. Também participou por videoconferência a Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves. A assistência às famílias e as ações imediatas relativas ao caso fizeram parte da pauta.




    O fato é que nem a intervenção direta das autoridades trouxe à tona uma resposta. Fevereiro já está no fim e não houve alteração no cenário da ocorrência. O desaparecimento dos meninos de Belford Roxo, infelizmente, tem a possibilidade de se tornar um caso emblemático sem solução, figurando ao lado de sumiços de grande apelo  que não tiveram as investigações concluídas. Considerando o Rio de Janeiro, temos o caso Carlinhos, arrebatado de casa em 1973, e os sequestros em série de meninas, ocorridos entre 2002 e 2009 , que tiveram o sequestrador identificado, mas este jamais foi preso e as vítimas nunca foram encontradas. Diante destas referências as perspectivas são desanimadoras, mas  atualmente as condições estruturais dos trabalhos de busca e localização são muito maiores. Evoluíram, comparadas ao período das ocorrências anteriores, incluindo-se neste âmbito os meios de comunicação. Haja vista que a implantação de um sistema semelhante ao Alerta Amber é iminente. Uma ação necessária em um Estado que registra maior número de desaparecimentos do que de homicídios culposos.





        

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

MENOR COM TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS DESAPARECE EM CABO FRIO/RJ

    



"Weslley Souza Gonçalves tem  transtorno psicológico. Ele foi avistado pela última vez na Região dos Lagos, município de Cabo Frio/RJ, na rua em que morava, no bairro Jacaré, por volta de 1 da manhã.  O paradeiro do jovem é ignorado há quase 4 anos. Ele desapareceu em 2017". 



    Weslley Souza Gonçalves tem  transtorno psicológico. Ele foi avistado pela última vez na Região dos Lagos, município de Cabo Frio/RJ, na rua em que morava, no bairro Jacaré, por volta de 1 da manhã.  O paradeiro do jovem é ignorado há quase 4 anos. Ele desapareceu em 2017. Não há informações sobre o Registro de Ocorrência e  sobre  o andamento das investigações.  




    É importante ressaltar que há um desencontro na data de desaparecimento do menor. Segundo publicação de 2018 do site  Desaparecidos do Brasil, Wesley desapareceu na madrugada do dia 31/7/2017. Porém nas redes sociais da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), órgão do Governo do Estado do Rio de Janeiro, consta que ele desapareceu em 30/6/2017. O período é de 1 mês de diferença. Portanto, diante das 2 informações, fica a dúvida em relação ao dia certo em que a ocorrência aconteceu.



    Hoje Weslley está com aproximadamente 20, 21 anos. Algumas características particulares podem ser muito relevantes para ajudar a identificá-lo. Ele possui tatuagens nas mãos, nos braços, nas pernas e nas costas. Além disto tem uma cicatriz no rosto. Qualquer informação sobre a localização do jovem desaparecido deve ser repassada ao SOS Criança Desaparecida pelos números (21) 2286-8337 e (21) 98596 - 5296. 



    No caso de Weslley, o transtorno mental é a provável causa do desaparecimento. A vulnerabilidade nesta situação é muito maior, considerando-se inclusive as alterações causadas pelo transtorno psicológico, dificultando ainda mais o retorno do jovem ao lar, de modo que ele fique perdido, sem saber como voltar ou até transmitir informações para terceiros, como endereço ou telefone para contato, por exemplo, que viabilizem a localização de familiares. É provável que não tenha levado um documento de identificação.  Daí a necessidade de um acompanhamento permanente para evitar que situações como esta, nas quais imperam as incertezas, venham a ocorrer. 





sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

CRIANÇA DESAPARECIDA NO RJ: ANA CLARA CORREA XAVIER

   




"Ana Clara Correa Xavier, 13 anos, desapareceu no Rio de Janeiro, bairro do Estácio, em 6/2/2021.  O Registro de Ocorrência do caso é 018-00406/2021".




    Ana Clara Correa Xavier, 13 anos, desapareceu no Rio de Janeiro, bairro do Estácio, em 6/2/2021.  O Registro de Ocorrência do caso é 018-00406/2021. A região em que desapareceu Ana Clara está próxima ao Centro e à Tijuca, porém não há informações sobre o paradeiro da menor, permanecendo a dúvida se ela está nos arredores ou se foi mais longe. Também não há dados sobre o andamento das investigações.




    O desaparecimento de Ana Clara Correa Xavier foi divulgado nas redes sociais de órgãos especializados como a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) e a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Outra referência que está envolvida no trabalho de localização da menina desaparecida é o Disque-Denúncia, voltado para a coleta de informações, posteriormente apuradas nas investigações, levando à localização da criança com o paradeiro, até então, ignorado.  




     A causa do desaparecimento não foi citada, mas há um leque de opções que podem ter dado origem ao fato. No Rio de Janeiro, a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) destaca que os conflitos familiares resultam na fuga de menores. A partir desta constatação, vem à tona a necessidade de medidas preventivas no âmbito do lar, sinalizando que o problema do desaparecimento infantil abrange a segurança e o contexto social. 



    Considerando que Fundação para a Infância e Adolescência já atuou no retorno de mais de 3 mil crianças para casa e levando-se em conta também o trabalho específico da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) , dentro do contexto investigativo, voltado apenas para os casos de desaparecimento, as perspectivas ligadas aos trabalhos de busca e localização de Ana Clara são positivas. Outro ponto favorável é que 84,9% das crianças desaparecidas entre 2019 e 2020 foram localizadas e retornaram à família. O percentual corresponde a 3196 menores. Ao todo aconteceram 3764 ocorrências. 





      

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

CRIANÇAS DESAPARECIDAS E RITUAIS SATÂNICOS

 








"...a Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, expôs as causas de desaparecimento infantil no país e destacou a possibilidade de que parte destes casos pode estar ligada à realização de rituais satânicos. Ela disse:  "... a gente já ouviu falar muito em rituais. Agora a gente vai confirmar com o Ministério da Justiça".








 Em vídeo no qual o Presidente da República, Jair Bolsonaro assinava o decreto 10622, viabilizando a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, publicado em 9/2/2021, a Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, expôs as causas de desaparecimento infantil no país e destacou a possibilidade de que parte destes casos pode estar ligada à realização de rituais satânicos. Ela disse:  "... a gente já ouviu falar muito em rituais. Agora a gente vai confirmar com o Ministério da Justiça.





        A afirmação da Ministra Damares tem base em rumores que relacionam  casos como os desaparecimentos de Leandro Bossi Bruno Leal da Silva, além do sequestro de Fabíola Tormes à prática de rituais de magia negra. Os 2 primeiros casos citados estão sem solução até hoje.  Ocorreram respectivamente em 1992 e 1999. O terceiro é recente. Aconteceu em dezembro de 2020 e foi encerrado rapidamente com êxito. Os sequestradores da criança foram presos e a menina resgatada do cativeiro, local sujo e com brinquedos que chamaram a atenção dos policiais, devido ao "aspecto macabro". Daí a possível associação com rituais.





    Os processos investigativos não confirmaram os indícios que vinculavam os desaparecimentos à prática de rituais satânicos. As investigações sobre o desaparecimento de Leandro Bossi não encontraram provas suficientes. No caso de  Bruno Leal da Silva, a justiça não considerou elementos que apontavam para esta direção. O juiz Emerson Mota rejeitou denúncia por homicídio culposo, já havia decretado a prisão temporária do suspeito e de mais 2 mulheres estrangeiras, alegando "ausência de prova da morte". A condenação do suspeito  foi por posse ilegal de uma arma, apreendida na casa dele. Na ocorrência envolvendo a menina Fabíola, o delegado Fabio Pereira declarou que a motivação do crime foi pornografia infantil. A ligação com rituais satânicos foi oficialmente descartada.





    Estes rumores ligados à magia negra são apenas boatos ou não vieram à tona devido a falhas nas investigações? Era possível que os investigadores se aprofundassem e obtivessem novas evidências, provando que as suposições eram, de fato,  verdade? O questionamento é válido. A prova disto é que as investigações do desaparecimento de Bruno Leal da Silva foram reabertas, há 1 ano, pelo delegado Antônio Ractz Júnior. A foto do garoto em um centro espírita comandado pelo suspeito, um papel com o nome da criança escrito 7 vezes,  junto a uma cruz de madeira,  a imagem macabra enterrada no ponto da praia em que a bicicleta do menino desaparecido foi encontrada,  a marca de tinta do pedal da bicicleta de Bruno em um amassado na lateral do carro do suspeito, assim como o sangue no porta-mala são pontos relevantes que devem ser incluídos nesta releitura do caso. As dificuldades ficam por conta da passagem do tempo. O desaparecimento já completou 21 anos, prescreveu em 2019. Caso o culpado seja encontrado ou até confesse o crime, não sofrerá punições.  

 



         

        

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

CASO MICHELE DE JESUS DA CONCEIÇÃO

    




    

"Michele de Jesus da Conceição, 10 anos,  desapareceu no dia 7/9/2006, em Ceilândia / DF. Foi brincar na casa de uma amiga  e não retornou ao lar. Atualmente a menina já é adulta. Tem 24, 25 anos".

    




    Michele de Jesus da Conceição, 10 anos,  desapareceu no dia 7/9/2006, em Ceilândia / DF. Foi brincar na casa de uma amiga e não retornou ao lar. Atualmente a menina já é adulta. Tem 24, 25 anos. Não há pistas do paradeiro de Michele, desaparecida há 15 anos. O pai, Gercino Bernardo da Conceição , tentou localizá-la na Bahia, em casa de parentes, mas não encontrou a criança, conforme esperava. 



       Michele saiu de casa com a roupa do corpo e os óculos. Não levou pertence algum. Gercino estava no trabalho e ao retornar não encontrou a filha. A primeira atitude foi dirigir-se à 24ª delegacia     para registrar o desaparecimento da criança, R.O. 3772/2006.  As investigações não tiveram êxito. Em depoimento publicado no site Desaparecidos do Brasil, em 2013, o pai reconhece as dificuldades para reencontrar a filha, mas acredita na possibilidade: " A gente tem aquela esperança de encontrar, mas sabe que é muito difícil. Eu durmo, levanto e não sei onde ela está. Penso nisso o tempo todo". 






    Sem pistas acerca da localização de Michele, o que há de mais concreto em relação ao caso é a suposta aparência da menina aos 22 anos,  imagem produzida através da técnica de progressão de idade, arte da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Há esperança de que o trabalho, divulgado em sites especializados e nas redes sociais, viabilize o reconhecimento e a consequente localização da criança, hoje uma adulta. A reprodução não é exata, mas muito próxima do que vem a ser o real, apresentando margem de erro miníma. 





   O desaparecimento da filha causou depressão em Gercino. Ele passou a fazer uso de remédios controlados para lidar com a ausência de Michele. A situação expõe a necessidade de assistência psicológica aos pais e familiares de crianças desaparecidas, que reagem de forma variada à dor da perda repentina, sendo um trauma tão intenso, que em determinados casos, persiste até após a localização e retorno de uma criança ao convívio familiar. Este assunto foi abordado pelo CCDesap na postagem A SOLUÇÃO DO DESAPARECIMENTO DE UMA CRIANÇA NÃO É O FINAL DA HISTÓRIA, publicada em 15/10/2015.  




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

MENINOS DE BELFORD ROXO E LUIZ GUILHERME DA SILVA CASAGRANDE

 


   

 "Os 2 casos são extremos em relação à divulgação. A ocorrência envolvendo os meninos de Belford Roxo vem ocupando grande espaço na mídia, mas não houve êxito em termos de localização". 



 Laudo do Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) comprova  que o sangue encontrado em roupa do, até então, suspeito de envolvimento no sumiço dos 3 meninos de Belford Roxo não é das crianças. O exame de DNA revelou que o material é da esposa do homem. A constatação volta ainda mais as atenções dos investigadores para o envolvimento do tráfico, porém nenhuma possibilidade é descartada, segundo o delegado Uriel Alcântara, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pelo caso. 








Em entrevista à CNN, o especialista em segurança pública Rafael Alcadipani - Fundação Getúlio Vargas (FGV) -  apontou para a hipótese de envolvimento da milícia no desaparecimento dos garotos. Ele afirma que a expansão destes grupos paramilitares na Baixada Fluminense deve ser considerada no âmbito das investigações. No contexto oficial , a polícia não se pronunciou sobre a possibilidade, mas, conforme já foi citado, considera todas as linhas, até porque o caso focado é atípico. Trata-se de um desaparecimento triplo envolvendo crianças,  que não deixou um indício sequer acerca de um provável paradeiro dos menores. Lucas Matheus da Silva, 8 anos, Alexandre da Silva, 10 anos,  e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11 anos, desapareceram em 27/12/2020.




    Outro caso que permanece sem solução é o desaparecimento de Luiz Guilherme da Silva Casagrande, 15 anos. O @ccdesap publicou postagem relacionada à ocorrência - CRIANÇA DESAPARECIDA NO RJ: LUIZ GUILHERME DA SILVA CASAGRANDE  - em 3/2/2021. A Fundação para Infância e Adolescência (FIA) divulgou o desaparecimento do menino nas redes sociais. Ele foi avistado pela última vez em Araruama / RJ, no dia 15 / 1/ 2021. Não há maiores informações sobre as investigações. O menor continua com o paradeiro ignorado. Informações sobre o caso estão no site SOS Crianças Desaparecidas.




    Os 2 casos são extremos em relação à divulgação. A ocorrência envolvendo os meninos de Belford Roxo vem ocupando grande espaço na mídia, mas não houve êxito em termos de localização, mesmo com o governador Cláudio Castro colocando as forças de segurança à disposição. Nem o acompanhamento da Ministra Damares Alves - Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos - alavancou as investigações. O desaparecimento das crianças é cercado de rumores. Há relatos de que os menores foram avistados no Espírito Santo, fato que não foi confirmado. Boatos de que as crianças estariam mortas vêm ganhando força, diante da falta de respostas com o passar do tempo. Sobre o desaparecimento de Luiz Guilherme, a divulgação está por conta da Fundação para a Infância e Adolescência(FIA). Informações básicas sobre o caso estão nas redes sociais da entidade e no site do SOS Crianças Desaparecidas, tendo um alcance significativo, porém muito menor, comparando-se à primeira ocorrência. O  sumiço do garoto Luiz Guilherme, ocorrido em Araruama/RJ, está às vésperas de completar 1 mês.   




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

PRESIDENTE JAIR BOLSONARO E A CRIAÇÃO DO CADASTRO NACIONAL DE PESSOAS DESAPARECIDAS

   



"O Presidente da República, Jair Bolsonaro, divulgou vídeo nas redes sociais, em 9/2/2021, assinando decreto 10622 para a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas". 







     O Presidente da República, Jair Bolsonaro, divulgou vídeo nas redes sociais, em 9/2/2021, assinando decreto 10.622 para a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. A publicação no Diário Oficial da União ocorreu hoje, 10/2/2021. Segundo a Ministra Damares Alves, trata-se de uma modificação em toda a política nacional referente a desaparecidos. A responsabilidade sobre o assunto passa a ser do Ministério da Mulher,  Família  e  Direitos Humanos e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

    

    A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada diretamente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública(MJSP), terá o relevante papel de coordenar as ações referentes ao  gerenciamento do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, à  cooperação operacional entre órgãos de segurança e autoridades estaduais, além da produção de relatórios estatísticos acerca de pessoas desaparecidas. O ministro da Justiça André Mendonça declarou: "As polícias serão notificadas através do cadastro e imediatamente começarão a procura. Não vamos mais esperar 24 horas."
   




    O Presidente Bolsonaro também chamou a atenção para as prováveis causas de desaparecimento infantil, deixando claro que haverá uma apuração acerca dos fatores que levam a este quadro preocupante. A Ministra Damares Alves respondeu, citando  tráfico humano, adoção ilegal, abuso sexual, pedofilia, tráfico de órgãos e até rituais, sendo este último foco de um processo de investigação do Ministério da Justiça para a confirmação dos fatos. 






    Sobre os rituais satânicos envolvendo crianças, vários casos de desaparecimento já foram associados à pratica macabra. Há rumores de que  Leandro Bossi, desaparecido no Paraná em fevereiro de 1992, aos 11 anos, pode ter sido vítima de satanistas. A possibilidade foi levantada na época. Outra ocorrência que teve esta mesma hipótese levantada aconteceu em dezembro de 2020. Trata-se do sequestro da menina Fabíola Tormes, em Santa Catarina . Ela foi localizada e resgatada do cativeiro pela polícia, mas brinquedos com aspecto macabro foram encontrados no local e chamaram a atenção dos policiais que participaram da operação. 




segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

LEI DA BUSCA IMEDIATA

     




" A Lei da Busca Imediata – Lei 11259/05 -  é mais uma medida que impulsiona os trabalhos de localização. Ela determina o início imediato das investigações em caso de desaparecimento de crianças e adolescentes. Não é preciso aguardar 24 horas para fazer o Registro de Ocorrência, como acontecia anteriormente".



     Erick Apolinário Vieira, 14 anos, desapareceu em 3/12/2020, quando vendia doces em Niterói  /RJ, próximo à rua Gavião Peixoto. Morador do Complexo do Alemão, ele trabalhava em um sinal de trânsito para no final do dia encontrar a mãe, Taiana Anastácia Vieira, e os 4 irmãos,  em um ponto de encontro. Neste dia o menino não apareceu. A mãe retornou para casa sem o menino, decidida a procurá-lo no dia seguinte. O caso foi publicação do Ccdesap em dezembro do ano passado, postagem CASO ERICK APOLINÁRIO VIEIRA  .




    Ricardo Luís Santana dos Santos, o Ricardinho, desapareceu na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, em  5/2/2021. A criança de 7 anos saiu de casa por volta da meia-noite. Foi brincar na rua do Canal, lugar no qual foi avistado pela última vez. A família e os vizinhos fizeram uma busca pelas proximidades, mas não encontraram o garoto.  A irmã de Ricardo, Paula Cristina declarou que o tempo entra a saída de casa  e o desaparecimento da criança foi muito curto. Tudo aconteceu rápido demais. 



    Ambos os casos têm em comum o final feliz. Os 2 meninos foram localizados e retornaram ao meio familiar. Mas, além disto, há um outro ponto comum, pela vertente negativa, que deve ser destacado nas ocorrências. No momento em que os familiares foram registrar o desaparecimento das crianças, receberam recomendação policial para  fazer uma varredura em hospitais. Após esta "peregrinação" poderiam retornar à delegacia para fazer o Registro de Ocorrência (R.O.) 24 horas depois do sumiço. Trata-se de uma atitude que vai de encontro à Lei da Busca Imediata. Diante destes procedimentos é fato que em determinados casos  esta lei é ignorada. Pelo menos nas 2 situações citadas, segundo depoimentos dos familiares das crianças desaparecidas, ocorreu isto. Vale destacar que no desaparecimento de Erick a busca, por parte da família, em hospitais durou um final de semana e o R.O. foi  feito somente 4 dias após o sumiço do menor.  





    A Lei da Busca Imediata – Lei 11259/05 -  é mais uma medida que impulsiona os trabalhos de localização. Ela determina o início imediato das investigações em caso de desaparecimento de crianças e adolescentes. Não é preciso aguardar 24 horas para fazer o Registro de Ocorrência, como acontecia anteriormente. Era uma verdadeira tortura, levando-se em conta as circunstâncias de forte abalo emocional e a urgência no que diz respeito ao tempo. Hoje, basta o responsável pela criança desaparecida notificar as autoridades competentes para as atitudes em relação ao caso serem tomadas. A comunicação com portos areoportos, Polícia Rodoviária e até empresas de transporte interestaduais e internacionais está entre as medidas de praxe para este tipo de situação. São trâmites básicos, componentes de uma linha de investigação geral, embora cada caso tenha a sua particularidade, que busca elucidar os fatos com rapidez. Vale lembrar que as primeiras horas depois do desaparecimento  são muito importantes, pois os rastros deixados ainda estão evidentes.





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

CRIANÇAS DESAPARECIDAS RJ: NÚMEROS

    





  "Segundo dados da Fundação para a Infância e adolescência(FIA) , no Rio de Janeiro, tendo como referência os anos de 2019 e 2020, 3.764 crianças desapareceram.  Destas, 3196 foram localizadas. Trata-se de 84,9% do total".





    Segundo dados da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), no Rio de Janeiro, tendo como referência os anos de 2019 e 2020, 3.764 crianças desapareceram.  Destas, 3196 foram localizadas. Trata-se de 84,9% do total. Um número bastante significativo de recuperação, que apresenta tendência a aumentar, diante da implantação de programas que viabilizem mais recursos dentro dos trabalhos de busca e localização, como o Alerta Amber Fluminense, por exemplo, que está prestes a ser colocado em prática. 







    Uma reportagem da Rede Record RJ, veiculada em março de 2020,  inclui em parte o período abordado pela postagem da FIA. Expõe que a cada 4 dias, desaparece uma criança ou adolescente no Rio. Considerando o intervalo de tempo referente ao primeiro trimestre de 2020, dados do SOS Crianças Desaparecidas registraram o desaparecimento de 44 crianças, sendo que 31 haviam sido recuperadas.  Os números expõem que os investimentos voltados para a busca e localização de pessoas, principalmente crianças e adolescentes, apresentam resultados.





















    A criação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) em 2007, os trabalhos de  divisões de desaparecidos de outras delegacias, as técnicas de progressão de idade digital, os canais de divulgação, todos estes elementos são ferramentas eficientes, têm capacidade de ajudar significativamente na resolução de grande quantidade de casos. Porém ainda existem muitas ocorrências em aberto, mesmo com uma investigação mais específica dos desaparecimentos. Isto traz à tona a necessidade de ampliar a estrutura já existente, visando reduzir os casos, até então, insolúveis dando uma resposta aos familiares dos menores desaparecidos.



















    As ações para diminuir as ocorrências de desaparecimento infantil não se restringem somente aos investimentos geradores de estruturas  que venham a sufocar os casos. A prevenção também é um trabalho fundamental dentro deste cenário.  As medidas incluem cuidados em relação a conversas dos menores com estranhos nas ruas e na internet, ressaltam a necessidade da companhia de um responsável e vão além dos limites dos recursos de segurança, chegando ao âmbito familiar. Isto ocorre, porque os conflitos familiares são a causa principal de desaparecimento infantil. Os raptos, sequestros, subtração e o tráfico humano, muito alardeados, vêm em seguida, conforme expõem as estatísticas.