"Começou hoje, dia 6 de setembro, a 2ª Conferência Internacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas. Trata-se de uma ação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha que tem o objetivo de conectar grupos de familiares de pessoas desaparecidas dos países participantes, gerando uma rede de apoio mundial".
Começou hoje, dia 6 de setembro, a 2ª Conferência Internacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas. Trata-se de uma ação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha que tem o objetivo de conectar grupos de familiares de pessoas desaparecidas dos países participantes, gerando uma rede de apoio mundial. As experiências vivenciadas pelos presentes diante do desaparecimento de um ente querido também serão abordadas no evento, levando-se em conta a reação de cada pessoa à situação adversa de conviver diariamente com a ausência imposta de um filho, pai, mãe,irmão, marido, esposa.
Outro ponto relevante do evento é a inspiração. O foco é a exposição de atitudes positivas, em meio ao cenário adverso, que sirvam como exemplo para os grupos de familiares dos países integrantes do encontro. Em termos de Brasil, Luciene Pimenta Torres é um nome que merece destaque. A filha, Luciane Torres da Silva, desapareceu aos 8 anos em Nova Iguaçu / RJ, no ano de 2009. A menina, até então, não foi encontrada. Apesar do panorama desfavorável, Luciene fez da dor um impulso. Tornou-se uma ativista da causa dos desaparecidos e fundou o Instituto Mães Virtuosas do Brasil. A ONG trabalha com ações de rua, campanhas de prevenção e atua na localização de pessoas desaparecidas, contribuindo significativamente para a causa.
Há uma programação específica da 2ª Conferência Internacional para familiares de Pessoas Desaparecidas do Brasil. Durante os 3 dias de evento - 6, 7 e 8 de setembro -, serão realizados debates, depoimentos e discussões sobre o tema "desaparecidos". As trocas de experiências no âmbito nacional e também no contexto internacional entre os familiares de pessoas desaparecidas de vários países mostrarão como cada uma das nações está lidando com o assunto. Isto inclui os processos preventivos e investigativos, como também o tratamento dedicado aos familiares de desaparecidos, principalmente em termos psicológicos.
A medida do CICV é muito significativa. Considerando a abordagem específica do sequestro de uma criança, por exemplo, é uma ocorrência com várias possibilidades. Envolve atos imprevisíveis. Um menor pode ser levado para outros países, a partir do momento em que a cada dia surgem novas ramificações ligadas ao tráfico de pessoas, não detectadas pela polícia, que podem demorar a ser descobertas. Considerando o tempo em que uma quadrilha atua, os estragos causados são significativos, causando danos irreparáveis nas famílias atingidas e nas vítimas, mesmo com estas sendo localizadas. O final de um sequestro, infelizmente, não apaga os traumas resultantes da experiência vivenciada.
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