"A imagem final não expõe a aparência exata da criança tempos depois de seu desaparecimento. Trata-se de uma projeção que busca chegar o mais próximo possível do real."
Os especialistas em investigações de
crianças desparecidas afirmam que as primeiras horas após o desaparecimento são
vitais para o êxito nas buscas. Os sites especializados também seguem esta
mesma linha de raciocínio e defendem que
as ocorrências mais recentes apresentam maiores chances de um final feliz.
Porém os casos mais antigos não são descartados. O empenho para localizar as
crianças é contínuo. A prova disto é a utilização dos programas de progressão
de idade digital. São uma tecnologia aliada dos investigadores, das famílias e
dos voluntários envolvidos com a causa das crianças desaparecidas e dos desaparecidos
em geral.
No Brasil, vários estados estão adotando
o recurso da progressão de idade digital. Brasília, Rio, São Paulo, Paraná e
Santa Catarina são alguns deles. Os parâmetros adotados em território
nacional para o início dos trabalhos ,
que são baseados em composições fotográficas, foram as técnicas de procedimento
do National Center for Missing and
Exploited Children, instituição referência mundial no combate ao
desaparecimento de crianças, localizada em Virginia, nos Estados Unidos.
Somados à ferramenta tecnológica
estrangeira, vieram o empenho e a habilidade dos profissionais brasileiros da
área, merecendo destaque os papiloscopistas.
Os papiloscopistas realizam, entre várias outra funções, a progressão
de idade digital com o objetivo de ajudar no trabalho das delegacias especializadas. Estes profissionais "envelhecem" as fotos de
crianças desaparecidas, baseados em informações colhidas junto às famílias.
Hábitos alimentares, perfil psicológico,
costumes em geral, inclusive os aspectos culturais, e a geografia da região da ocorrência são levados
em conta. Nenhum detalhe é descartado.
Fotos de parentes , quando tinham a mesma idade do desparecido e até
parâmetros científicos da face deste ajudam na conclusão satisfatória do trabalho. A imagem
final não expõe a aparência exata da criança tempos depois de seu
desaparecimento. Trata-se de uma projeção que busca chegar o
mais próximo possível do real.
Vale ressaltar que a progressão de idade
digital, devido às constantes transformações ocorridas na fisionomia dos
desaparecidos, principalmente crianças, deve ser atualizada. A delegada Ana
Cláudia Machado, chefe do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas da
Polícia Civil do Paraná - SICRIDE - em
2011, alertou que as
fotos devem passar pelo processo de progressão de idade a cada 8 anos. Segundo
ela, neste período ocorrem as modificações faciais mais significativas.
*Próxima atualização, terça-feira
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