segunda-feira, 16 de novembro de 2020

OS PAIS DAS CRIANÇAS DESAPARECIDAS: GOLPES, TROTES E JULGAMENTOS NAS REDES SOCIAIS

     



* As mães de crianças desaparecidas sofrem pressões externas, desde os "julgamentos" nas redes sociais, até golpes que visam subtrair dinheiro.




  "O período em que uma criança está desaparecida não tem apenas como foco a preocupação e a incerteza em relação ao real estado do filho que tem o paradeiro ignorado. Além deste problema, familiares precisam conviver com golpistas, que  buscam dinheiro, e com informações falsas que atrapalham o andamento das investigações, tornando o processo de busca ainda mais lento".



    O drama de ter um filho desaparecido acarreta traumas psicológicos profundos, intensos, ao ponto de determinadas feridas permanecerem, mesmo após um final feliz, considerando a resolução do caso e o consequente retorno da criança para casa. O assunto já foi abordado pelo @ccdesap em outubro de 2015, na postagem " A SOLUÇÃO DO DESAPARECIMENTO DE UMA CRIANÇA NÃO É O FINAL DA HISTÓRIA". A volta de uma criança para casa não significa o término dos problemas, pois tanto os pais e familiares quanto o próprio menor que passou pela situação de um afastamento forçado da família, estão afetados psicologicamente, devido à  experiência pela qual passaram. Daí a importância de uma assistência psicológica que direcione os envolvidos à melhor forma de lidarem com o novo cenário.








    

    O período em que uma criança está desaparecida não tem apenas como foco a preocupação e a incerteza em relação ao real estado do filho que tem o paradeiro ignorado. Além deste problema, familiares precisam conviver com golpistas, que  buscam dinheiro, e com informações falsas que atrapalham o andamento das investigações, tornando o processo de busca ainda mais lento. Vale lembrar que as primeiras 72 horas são fundamentais para agilizar a localização das crianças. Neste período também é possível colher pistas mais evidentes, que posteriormente acabam se perdendo. 

    



*Bandidos enviaram a foto de uma criança com a orelha mutilada para Anelice da Silva Gomes, mãe de Samuel Victor. Diziam que a pessoa da fotografia era o menino desaparecido. Exigiam dinheiro. A mensagem era uma farsa.


    No Mato Grosso, o desaparecimento de Samuel Victor da Silva Gomes Carvalho, aos 6 anos, em 21/10/2019, na cidade de Rondonópolis, gerou grande mobilização. Inclusive foi o assunto da postagem do @ccdesap CASO SAMUEL VICTOR DA SILVA GOMES CARVALHO. A cobertura da imprensa e atos populares pelo retorno do garoto, além da ampla divulgação nas redes sociais, fizeram com que a ocorrência tivesse destaque a nível nacional. A situação chamou a atenção de golpistas que fizeram tortura psicológica com a mãe da criança, enviando, via whatsapp, fotos de uma orelha mutilada, supostamente da criança. Exigiam  dinheiro como pagamento do resgate. 




*Em vídeo postado em seu perfil no Facebook  Camila   Alves faz um desabafo sobre o desaparecimento do filho, Wesley.                                            


    Em outubro de 2020, Camila Alves, mãe de Wesley Pires Alves Filho, desaparecido desde o dia 28/08/2020, fez um vídeo, publicado em seu perfil no Facebook e reproduzido no Portal GCN. Ela expôs o drama pelo qual está passando, consequência do desaparecimento do filho de 13 anos, ocorrido em Franca/SP. Relata o "julgamento" das redes sociais, apontando que ela não soube criar  Wesley. Camila queixou-se de ligações com informações falsas e trotes, que  segundo ela, ninguém gostaria de ouvir. Não bastasse a apreensão permanente em relação ao estado de seu filho, a mãe ainda sofre pressões externas em um momento de extremo desespero. A história do desaparecimento de Wesley é contadA pelo @ccdesap na postagem O DESAPARECIMENTO DE WESLEY PIRES ALVES FILHO.




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