Entre 2018 e 2019, o Brasil registrou oficialmente 157.182 mil desaparecimentos. Os dados foram publicados no 14º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Porém estes números são estimativas. Indícios apontam que a quantidade de desaparecimentos no país é maior. Muitas pessoas não fazem o Registro de Ocorrência (R.O.) quando um familiar some. Portanto os dados oficiais, referências para ações de combate ao desaparecimento de pessoas, não condizem com a realidade.
Estas informações oficiais expõem a realidade em parte e refletem diretamente nas medidas preventivas colocadas em prática. Elas são planejadas para atender um número menor de cidadãos, pois o problema é exposto em parte. Considerando que dentro do contexto conhecido deste universo já existem dificuldades significativas para corresponder às expectativas de localização de alguém desaparecido, em um cenário ampliado, mais próximo da situação verdadeira, a limitação ficará ainda maior.
Segundo Ivanise Esperidião da Silva - Mães da Sé - declarou à reportagem do UOL, estima-se que 200 mil pessoas desaparecem anualmente no Brasil. A informação é baseada em uma pesquisa da Universidade de Brasília, solicitada pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos, realizada no final da década de 90. O trabalho, que integra a Rede Virtual de Bibliotecas, tem quase 30 anos. É certo que estes números aumentaram, acompanhando o crescimento da população. Haja vista que entre 2007 e 2016, somente entre os casos contabilizados, foram registrados , em média, 69 mil desaparecimentos por ano. Acrescente a esta marca as ocorrências ignoradas.
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