quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O TRÁFICO DE PESSOAS E AS CRIANÇAS DESAPARECIDAS NO BRASIL

           
           




        As crianças eram negociadas para o exterior, por meio de um esquema comandado pelo advogado Carlos Cesário Pereira, segundo apontaram as investigações. O preço de um bebê recém-nascido variava de US$ 5 mil a US$10 mil. Uma criança chegou a   ser vendida por US$ 50 mil.







   O tráfico de pessoas é uma das principais causas do desaparecimento infantil no Brasil. Está atrelado ao tráfico de órgãos,  à exploração sexual de menores e às adoções ilegais. Os elementos citados são componentes de um mercado negro responsável por uma geração de renda calcada na infelicidade, no sofrimento e, acima de tudo, na morte. Várias famílias são vítimas deste processo desumano, principalmente no sul do país, região que registrou  alto índice de desaparecimento de crianças na década de 80.

          





     A adoção ilegal de crianças, aparentemente, foi a razão que impulsionou o sumiço de menores na região sul do Brasil, nos anos 80. Um indício disto é que grande parte  das crianças sequestradas na época foram levadas para o exterior, mais precisamente para Israel, país no qual várias  vítimas do tráfico infantil, hoje adultas, residem. Estas, atualmente, buscam contato com autoridades brasileiras em busca de suas famílias biológicas, após longo período de ausência, devido às negociações criminosas nas quais  foram incluídas como meros produtos.







              
         Shir Fridman, uma brasileira adotada por israelenses ainda bebê, na década de 80, protagonizou um momento emocionante em março deste ano. Ela, aos 29 anos, conseguiu localizar seus consanguíneos, através do SOS Desaparecidos, iniciativa da Polícia Militar de Santa Catarina. Shir foi levada à casa da família Elias, no bairro de Praia Brava, Itajaí, pelo  major Marcos Roberto Claudino, coordenador do programa. Os familiares de Shir estavam em festa. Mais de 20 pessoas, até membros da imprensa, participaram do encontro.








              As crianças eram negociadas para o exterior, por meio de um esquema comandado pelo advogado Carlos Cesário Pereira, segundo apontaram as investigações. O preço de um bebê recém-nascido variava de US$ 5 mil a US$10 mil. Uma criança chegou a   ser vendida por US$ 50 mil. O pretexto para a cobrança dos altos valores era o pagamento da documentação do processo, que não passava de US$ 500.  Às mães das crianças, mulheres pobres, sobravam alguns trocados e a falsa promessa de que teriam livre acesso a seus filhos após a adoção. Segundo o major Marcos Roberto Claudino, o aliciamento era feito por enfermeiras e assistentes sociais em maternidades. A única condenada pelos crimes foi Arlete Hilu. A pena de 4 anos e 8 meses foi cumprida pela metade.
              
               

         

             
         

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